XIIº CONGRESSO DA CGTP!

Decorre hoje e amanhã em Lisboa o XIIº Congresso da CGTP num momento particularmente difícil do Movimento Sindical Português e com apresença de quase um milhar de delegados!


As classes trabalhadoras portuguesas iniciaram a sua organização de classe nos últimos 30 anos do século XIX e, a partir de então, nunca deixaram de ser um dos principais protagonistas da nossa História.

Ao longo dos tempos, alguns bem difíceis, os trabalhadores portugueses apresentaram as suas reivindicações e propostas.

Com a Revolução de 1974, onde o Movimento Sindical foi determinante, os trabalhadores portugueses alcançaram um momento alto em termos organizativos e em influência na sociedade e na definição das políticas.

Hoje, com quase quatro décadas de democracia e um ataque sem precedentes ao Estado Social e em particular aos direitos laborais, as organizações de trabalhadores são mais do que nunca necessárias. A CGTP foi e continua a ser a componente essencial da resistência social ás políticas de austeridade. Daí que é essencial que deste Congresso saia uma CGTP mais forte e também mais autónoma, independente e plural!

NÂO É TOLERÁVEL!

«Não é tolerável que num Estado democrático, promotor da liberdade e da equidade social, os seus governantes deixem crescer vergonhosamente as desigualdades sociais e financeiras».- Diz em comunicado a Equipa Nacional da LIga Operária Católica/Movinento dos Trabalhadores Cristãos que reuniu recentemente em Aveiro para programar o ano de 2012.Mais adiante aquele movimento de trabalhadores refere ainda:
 «Que se preocupem mais em cortar direitos, salários e apoios sociais e não apresentem medidas para combater a fraude fiscal ou cortar nas despesas desnecessárias. Que fragilizem cada vez mais as condições de trabalho, desvalorizando a dignidade dos homens e mulheres que o executam. Que façam com que milhares de homens e mulheres que trabalharam uma vida inteira recebam hoje reformas tão baixas que fazem deles tão pobres que os obriga a mendigar nas instituições de solidariedade a sua sobrevivência. ...»VER COMUNICADO

ACORDO TRIPARTIDO:nem melhora economia nem promove a paz social!

1.       «Todo o documento está imbuído de uma ideologia que vê o trabalhador como um custo e as organizações de trabalhadores como obstáculos. Consideramos que não é por este caminho que se poderá alcançar uma melhor economia, mais coesão social, mais motivação dos trabalhadores e melhor produtividade.»-Diz um comunicado da BASE-FUT sobre o Acordo Tripartido assinado pelo Governo, Confederações patronais e UGT. O texto na integra:
1.1.No passado dia 18 de Janeiro foi assinado um Acordo Tripartido entre o Governo, as Confederações Patronais e a UGT intitulado «Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego». A CGTP não assinou este Acordo por não concordância com as medidas ali propostas, nomeadamente no que respeita às alterações na legislação laboral.

2. Uma parte substancial do documento é dedicada a um conjunto de medidas de apoio às empresas e à política económica em geral. Muitas das medidas são formulações vagas sustentadas na crença neo-liberal de que quanto mais liberalizado for o mercado e mais competitividade tivermos, mais riqueza e emprego se criará, sendo a mesma distribuída por todos. Poder-se-á criar mais riqueza mas haverá por certo mais desigualdade e menos emprego.

3. Nesta linha de pensamento foram acordadas medidas que irão piorar ainda mais os direitos dos trabalhadores e dos desempregados, com especial destaque para o período e montantes do subsídio de desemprego, horários de trabalho e facilitação dos despedimentos.

4. Todas as alterações propostas são gravosas, pois implicam mais tempo de trabalho por menor preço ou de graça, alargamento das facilidades de despedimento e aumento dos poderes da empresa sobre os trabalhadores. Em troca nada se recebe. Mesmo no campo da formação as propostas ficam aquém de outros acordos. Não se fala nas 32 horas de formação obrigatórias e o cheque-formação é uma figura que ficará para ser estudada. A possibilidade de algumas matérias serem obrigatoriamente negociadas na empresa tem igualmente como objectivo avançar com medidas sem negociar com os sindicatos.

5. Todo o documento está imbuído de uma ideologia que vê o trabalhador como um custo e as organizações de trabalhadores como obstáculos. Consideramos que não é por este caminho que se poderá alcançar uma melhor economia, mais coesão social, mais motivação dos trabalhadores e melhor produtividade.

6. Os trabalhadores e os seus direitos não são custos, são fundamentalmente um investimento estratégico. Sem eles não existem empresas. Os trabalhadores não são meros factores de produção, são pessoas com direito a uma vida digna que transcende os interesses das empresas.

7. Por fim não podemos deixar de lamentar profundamente a posição da UGT em ter assinado este documento, sabendo que irá ter consequências negativas para a paz social e na unidade de acção dos trabalhadores.

8. A BASE-F.U.T. irá estudar todas as implicações sociais e políticas deste acordo para melhor esclarecer os seus militantes e os trabalhadores em geral, bem como tomar uma posição mais completa sobre o assunto.

Lisboa, 20 de Janeiro de 2012

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL






                                          




INTEGRAÇÃO DE JOVENS MULHERES IMIGRANTES!

A BASE-FUT vai  participar  , em parceria com outras organizações europeias, num projecto que visa recolher as melhores práticas de integração no trabalho de jovens mulheres imigrantes , bem como da segunda geração .

O projecto envolve a Alemanha, Polónia, Portugal e Itália e será para desenvolver em 2012 com vários seminários e duas conferencias com participantes destes países.No final deverá sair um manual capaz de ajudar outros neste trabalho.
Entre as mulheres imigrantes estão muitas que são empregadas domésticas e de limpeza. Estas têm problemas específicos que merecem um trabalho particular!

JOC DEBATE DIGNIDADE DOS JOVENS!!

No seguimento da última campanha europeia DIGNITY lançada pela Juventude Católica Internacional a JOC  portuguesa vai organizar um Worshop no proximo dia 4 de Fevereiro em Santa Maria da Feira.

A Campanha internacional visa sensibilizar para a dignidade dos jovens europeus ao nível social e profissional.
O Workshop tem assim como pprincipais objectivos:


1. Apresentar os resultados obtidos no inquérito europeu realizado sobre a dignidade;

2. Analisar esses resultados e consequências no horizonte das ameaças colocadas à dignidade dos jovens;

3. Descobrir pistas que permitam lidar e ultrapassar as dificuldades colocadas pela realidade analisada.

O objectivo geral será encontrar pistas de acção para o futuro através do debate que se espera muito participativo.

Uma campanha a todos os títulos louvável e de apoiar!Uma campanha na linha do pensamento do fundador da JOC.

Contactos:


E-mail : nelsonbastossantos@gmail.com

Telemóvel: 910288701

E-mail: diana.salgado.85@gmail.com

Telemóvel: 916945777

CANTATA AO MENINO JESUS EM UNHAIS! Tradições populares!

Foi no passado Domingo, dia oito de janeiro, pelas dezassete horas, que a igreja de Unhais da Serra recebeu mais uma festa ao Menino Jesus.
Um vintena de intervenções envolvendo muitas pessoas, entre as quais muita gente jovem e muitas crianças, fizeram daquela tarde uma tarde diferente, pois os sinos tocaram, cantaram-se lindas canções de Natal e não só.

Aconteceu também teatro alusivo ao nascimento de Cristo e belos momentos de poesia. A entrega foi total e apesar da fria tarde de janeiro, a igreja encheu e colaborou, cantando e aplaudindo, mantendo o ambiente quente e acolhedor.



Foi lembrada a família com base nas figuras da família no presépio, sublinhada a sua humildade e a necessidade de renovação nos corações dos homens, para que o próximo futuro seja mais promissor para as gentes de amanhã. O mar a terra e os céus também foram lembrados, pois com o avanço desmedido da ambição dos homens, é necessário com urgência parar para se refletir, pensar e agir, sob pena de em breve, como alguém me dizia num destes dias, esta bola azul implodir e ser o fim. No final todos os intervenientes se juntaram e dando as mãos cantaram “Os três reis do oriente”.

António Duarte

MOVIMENTOS QUEREM LEI CONTRA A PRECARIEDADE!

A Iniciativa Legislativa de Cidadãos por uma Lei Contra a Precariedade será entregue na Assembleia da República esta quinta-feira. A entrega das mais de 35 mil assinaturas vai ter lugar em audiência com a Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.

No comunicado enviado às redações, os organizadores explicam que se cumpre o primeiro grande objetivo da iniciativa após vários meses de mobilização em todo o país: "Uma enorme adesão em nome de uma proposta concreta, que é parte integrante da indignação que tem exigido nas ruas mais democracia e alternativas, desde 12 de março de 2011", altura em que saiu à rua a autointitulada "Geração À Rasca".

A organização - da qual fazem parte movimentos como o FERVE (Fartos Destes Recibos Verdes) ou os Precários Inflexíveis - afirmar ter uma "solução concreta" para a precariedade laboral, nomeadamente no que toca aos falsos recibos verdes, a contratação a prazo para funções permanentes e o recurso abusivo ao trabalho temporário. Uma das propostas é que os contratos a termo certo seja renovado até três vezes, não excedendo no total os 18 meses.

"Esta é apenas a segunda vez em que uma lei proposta por cidadãos é discutida e votada no parlamento. Inicia-se agora a batalha cidadã pela aprovação de uma lei que efectivamente combate a precariedade. Dentro e fora do parlamento, lutaremos por esta proposta e pela sua ampla discussão na sociedade", escrevem os organizadores no comunicado

A Lei Contra a Precariedade quer combater a precariedade em três das suas vertentes mais comuns e injustas: os falsos recibos verdes, a contratação a prazo e o trabalho temporário.Ver

PALAVRAS DA CRISE!

A BASE-FUT de Lisboa/Setúbal vai apresentar no próximo dia 14 na sede nacional,em Lisboa, uma brochura intitulada «Glossário da Crise-as novas palavras do nosso dia a dia».A iniciativa ,a realizar no âmbito de um debate com início ás 15 horas animado pela economista Julieta Estevão, pretende contribuir para o esclarecimento de algumas palavras muito usadas nos últimos tempos pelos «media».

Na apresentação da brochura pode ler-se:«Com o aprofundar da crise financeira e social entrou no nosso dia a dia um conjunto de palavras novas ou pouco usadas até então.Alguns jornalistas, em particular os das agências financeiras,adoptaram um discurso quase sempre para especialistas e usando frequentemente termos de origem inglesa ou da gíria económica e bolsista.»Mais adiante afirma-se que« de forma consciente ou não,estes profissionais da informação contribuem assim para o processo de manipulação e de marginalização dos cidadãos do processo de compreensão da realidade e, portanto, da sua transformação.Por vezes as palavras não servem para esclarecer mas antes para ocultar».

UMA CGTP FORTE!

A Comissão Executiva Nacional da BASE-FUT, reunida hoje em Lisboa, considera fundamental para os trabalhadores portugueses que, do Congresso da CGTP a realizar a 27/28 deste mês, saia uma Central forte e coesa, capaz de ser a coluna vertebral do movimento de resistência ás políticas de austeridade que o Governo e o poder financeiro pretendem aplicar ainda nos próximos anos!

Neste sentido é necessário que nos próximos tempos as estratégias das diferentes correntes no seio da Inter coloquem a coesão e unidade dos trabalhadores como primeira prioridade!
Por outro, lado a autonomia,a pluralidade e abertura social a outros movimentos e sectores da sociedade portuguesa serão também de larga importância.O próximo Secretário Geral ,que substituirá o histórico Carvalho da Silva, vai ter que mostrar grande flexibilidade táctica e lucidez estratégica para manter e aumentar a capacidade e influencia da CGTP na sociedade portuguesa.

JOVENS ESTÃO DESVALORIZADOS NO TRABALHO CONCLUI ESTUDO DA CGTP!

Estudo da CGTP abrange trabalhadores inseridos em postos de trabalho com baixa qualificação e foi realizado por uma equipa do Observatório das Desigualdades/Centro de Investigação e Estdudos de Sociologia do ISCTE-IUL em articulação com o Instituto da Segurança Social.

«Apesar de o jovens não constituírem um grupo homogéneo, a conclusão é que, em geral, o estatuto laboral e social se tende a desvalorizar.

Primeiro, os jovens dependem até idades relativamente avançadas do apoio das famílias.Existem diversos motivos, como o alongamento do período de formação, mas as condições
materiais têm um forte peso. O mesmo acontece relativamente às dificuldades de inserção profissional em empregos estáveis.

Segundo, a análise indica uma relação de vulnerabilidade face ao emprego, sobretudo no caso dos jovens pouco qualificados: a transição entre a escola e a obtenção de um emprego estável é longa; o risco da precariedade de emprego é muito mais acentuado; há desajustamentos frequentes entre as habilitações e o nível de qualificação das profissões exercidas; a regulação do trabalho e do emprego tende a fixar normas menos favoráveis para os jovens.
 Esta vulnerabilidade contrasta com a sua maior capacidade intelectual (pelo facto de serem jovens), as habilitações mais altas que as das gerações precedentes e uma elevada familiaridade com as tecnologias de informação e de comunicação. Dir-se-ia que estes factores se sobreporiam a outros, como a falta de experiência, mas não é o que acontece.

Terceiro, o desemprego penaliza mais os jovens (o risco de desemprego é hoje mais do dobro) e são também atingidos pelo desemprego de longa duração. O grupo etário dos 25 aos 35 anos é aquele onde o regresso ao mercado de trabalho está a ser mais problemático.

Quarto, a crise económica expôs mais a fragilidade dos jovens no mercado de trabalho com o aumento do desemprego e da precariedade; a quebra do emprego; o aumento do desemprego de longa duração; a redução da cobertura pelas prestações de desemprego (ainda que esta resulte também de alterações no regime legal de proteção no desemprego).

Esta desvalorização do estatuto laboral e social dos jovens não ocorre apenas no nosso país,como a OIT vem alertando. Se a crise de emprego é global, o maior preço da crise está a ser pago pelos jovens nos países desenvolvidos. O que está na base de movimentos de protesto em diversos países europeus (ILO, 2011), incluindo em Portugal.»VER