COMEMORAR MAIO! TRABALHO DIGNO!

Comemoramos mais um 1º de Maio- Dia do Trabalhador! É um dia histórico do Movimento Operário e Sindical! É um dia para comemorar e fazer a festa mobilizadora numa época em que se procura destruir a memória do movimento dos trabalhadores, confundir as novas gerações dizendo-lhes que a perda de direitos é devida ao facto dos mais velhos terem direitos! É um tempo de, pese as dificuldades, renovar a esperança em melhores dias através da nossa participação ativa nos locais de trabalho, nas organizações políticas e sociais!

O desemprego está a criar imensas dificuldades aos trabalhadores, em particular aos que estão desempregados! O desemprego, que para as grandes empresas e interesses financeiros, é frequentemente um ato de gestão lucrativo, é para os trabalhadores e para o futuro das sociedades o maior problema! Daí que a luta pelo trabalho com direitos (trabalho digno) seja neste momento uma das mais importantes exigências dos movimentos de trabalhadores! A alternativa não é desemprego ou trabalho escravo, mas sim trabalho digno! Para os mais velhos e para os mais novos. O Movimento Operário e Sindical não faz discriminações! A sua luta é para defender os direitos e interesses de todos os trabalhadores, incluindo os desempregados e reformados!



TRABALHO É FONTE DE DIGNIDADE!

«.....Acreditamos que o trabalho é fonte de dignidade, de valor e de reconhecimento social. Permite exercer a cidadania, é um fator de inclusão e de compromisso social e é condição integradora numa sociedade solidária e organizada, em que cada um faz parte de um todo.
É com o trabalho (agricultura, indústria transformadora, e dos diversos serviços) que em qualquer parte do planeta, o homem e a mulher garantem a sua qualidade de vida e a das suas famílias. -afirma o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristão a propósito do 1º de Maio- que acrescenta


«Por isso, os movimentos de trabalhadores cristãos que integram o MMTC, baseados no Evangelho e no Ensino Social da Igreja, reafirmam que o homem e a mulher são seres criados por Deus. Maltratá-los, subjugá-los à lei do mais forte e impedi-los de viver uma vida digna é atentar contra a Obra da criação.
Não valorizar o rendimento dos trabalhadores através duma justa remuneração, obrigá-los a migrar para fora da sua região ou do seu país para poder sobreviver, a ter mais de um trabalho para poder completar o salário que não chega para viver, ter que aceitar que tudo lhe seja imposto com medo de perder o trabalho é uma perversão à dignidade do ser humano. ..»Ver na integra

A CRISE ATUAL E OS VENTOS DE MUDANÇA!

A atual crise e os ventos de mudança em Portugal e na Europa é o tema da Conferencia que a BASE-FUT, o Grupo Aprender em Festa (Gouveia) e a LOC/MTC vão realizar em Tortosendo, no seminário local, (Covilhã) no dia 19 do próximo mês de Maio.A iniciativa é muito importante na medida em que se procura o debate conjunto para uma ação em comum, no respeito pela diversidade de práticas e ideias.


Animadores convidados:

• António Cardoso Ferreira – médico e dirigente associativo

• António Assunção Rodrigues – professor e historiador

• João Lourenço – operário metalúrgico, sindicalista e dirigente associativo


1º Painel – 10,30 horas

- Modelo dominante da sociedade amigo das pessoas e do Planeta?

- Mundo laboral: Para onde caminha o direito ao trabalho e à dignidade do trabalhador

- Um sistema que aumenta desigualdades e favorece privilégios pode matar a esperança?


2º Painel – 14,00 horas

- Ventos de mudança na Europa e em Portugal

- Movimento Democracia Participativa e Auditoria Cidadã à Dívida


3º Painel – 16,15 horas

- Desafios ao sindicalismo português e europeu

- O papel da cidadania, dos movimentos e organizações de cidadãos


Inscrições:
Pede-se o favor de confirmar a participação



Se pretende almoçar no Seminário: custo 8 euros


Contactos: 962 645 998 – jmfd@sapo.pt








CONTRATAÇÃO COLETIVA: governo e patrões pouco interessados!

Documento da União Geral de Trabalhadores revela claramente o pouco interesse do Governo e dos patrões portugueses na dinamização da contratação coletiva.Ora a contratação coletiva fomenta a distribuição de riqueza e o equilibrio de poderes entre o capital e o trabalho.

A UGT espera que o recente acordo assinado por ela, os patrões e o Governo melhore a situação.Será? A ver vamos.A tendencia atual do patronato e dos governos liberais não vai nesse sentido.As recentes observações de Joao Proença sobre o Acordo é que o Governo não cumpre e não dialoga verdadeiramente.Surpresa?Não.É visivel que que o diálogo social para este governo é apenas para ingles ver!Documento

BASE-FUT COMEMORA ABRIL!

A BASE-FUT do Porto vai comemorar o 38º aniversário da Revolução de Abril de 1974.É urgente fazer acontecer Abril -diz o convite aos militantes e amigos, pedindo para se reunirem na noite de 24 na sede e celebrarem com poesia e lanche comum , terminando na Avenida dos Aliados, com o outro povo da cidade que tradicionalmente se junta naquel local emblemático do Porto para comemorar a Revolução!
A BASE-FUT nasceu em Novembro de 1974 na Costa de Caparica tendo a sua origem  na ação dos militantes operários cristãos, uma facção dos quais já estava há muito tempo em ruptura com a ditadura!
Entre o seu ideário a BASE caracterizou-se por defender o sindicalismo de base e autónomo e uma sociedade autogestionária!

É PRECISO DINAMIZAR O SINDICALISMO!(II)




No inicio da era industrial uma nova economia nasceu e abriu de forma revolucionária uma nova necessidade a de os trabalhadores se organizarem colectiva e reivindicativa ao darem em seu nome poder de representação aos Sindicatos e participarem com direito á greve e á regulação das leis laborais. Foi através de formas pacificas e participadas mas também com lutas que foram conquistados quase todos os principais direitos que hoje estão em causa, destacando-se o tempo do trabalho como a principal medida de referência para pagamento do salário e para o direito ao lazer. O tempo é a própria vida do trabalhador que dedica o seu esforço aquilo que produz e é normalmente por isso que é pago.

Os Sindicatos precisam de ser eficazes, proponentes e exigir o trabalho digno em matérias laborais e quando confrontados com situações de aumentos brutais dos impostos sobre o trabalho e o consumo, despedimentos, cortes nas pensões e subsídios de Natal e Férias, na redução dos salários e nos subsídios, por todas as formas directas e indirectas, como são os casos de aumentos salariais congelados e os horários injustos não remunerados.

Sindicatos devem ser autónomos!
Os Sindicatos devem ser autónomos e depender só dos trabalhadores seus associados e para isso precisa de representação forte, grande capacidade de negociação e de organização dentro dos locais de trabalho, nas empresas, no local geográfico, nacional e internacional.

O Sindicato deve ser próximo. É por tudo isto que os Sindicatos são organizações imprescindíveis e a crise que os afecta precisa de respostas que não devem ser de simples critica ás suas dificuldades. De há muito que se sabe que tudo tem de passar pelo cooperação entre movimentos Sindicais e outros da Sociedade Civil como hoje se diz. É fundamental estabelecer os princípios da solidariedade e da unidade entre todos os trabalhadores, sem esquecer os imigrantes que devem ser enquadrados com os restantes trabalhadores.

O Sindicato deve ser democrático e participativo com mecanismos que fomentem a participação e as mudanças de práticas dando lugar aos mais jovens sindicalistas e proporcionar uma boa formação, serem atractivos na comunicação e transparentes na acção e na unidade.

O Sindicato tem de ser lutador e mobilizador e isso impõe a grande participação dos trabalhadores nas decisões das lutas para isso devem ser sempre ouvidos em primeira mão.

O Sindicato deve fazer alianças e parcerias para isso deve ter uma ligação estreita com outros movimentos e organizações da sociedade, como sejam o movimento de trabalhadores precários, desempregados, organizações de âmbito local, cooperativas, organizações da área da economia social, associações, movimentos de defesa dos consumidores, do meio ambiente e dos utentes

Sindicatos existem para defender os interesses dos trabalhadores

Neste momento em que vivemos há quem afirme e pense que os Sindicatos são um factor de conflitos mas esquecem que ainda vivemos numa sociedade de classes. Para esses os sindicatos deveriam ser organizações enquadradas para servir os superiores interesses das empresas esquecendo o dos trabalhadores.

Os sindicatos não são agentes de irresponsáveis, eles fazem falta á democracia e ao equilíbrio da sociedade de forma justa, protegendo os mais fracos e apoiando o desenvolvimento sustentado, apesar de poder haver lutas e contradições entre várias correntes e sensibilidades sindicais. Todos, á sua maneira, estão a contribuir positivamente para se encontrarem as melhores soluções. É preciso acreditar nos Sindicatos o futuro. Estes, devem de apostar mais na informação e formação dos próprios trabalhadores e dos seus dirigentes. Os sindicatos nunca devem esquecer a procura de uma sociedade nova com melhor distribuição da riqueza criada de forma justa e para todos. É preciso combater as assimetrias, regalias e direitos injustos, a exclusão social e todas as descriminações.

Fomentar o enquadramento democrático da economia de forma sustentável, que aproxime as pessoas e melhore as relações de trabalho. Sucintamente, lutar por Sindicatos activos, democráticos, unitários e por empregos dignos com direitos para todos e com uma maior participação activa e democrática .



João Lourenço, sindicalista





PORTO: BASE-FUT DEBATE CONGRESSO!

A BASE-FUT do Porto vai realizar uma reunião geral no próximo dia 14 para  preprar o Congresso da Organização que terá lugar a 16 / 17 do prximo mês de Junho em Coimbra!

No convite pode ler-se: «Somos neste momento convidados a fazer uma reflexão mais aprofundada sobre a sociedade actual, o país em que vivemos, a organização que somos e a encontrar caminhos para o futuro.

Numa época em que nos apontam apenas o caminho do abismo e da inevitabilidade,temos que ser capazes de encarar a realidade e tecermos nós os nossos próprios destinos.
Para os basistas do Porto há que encontrar novos rumos para a nossa sociedade e criar novas dinamicas para a própria BASE-FUT.
A reunião vai ter lugar na sede regional, Rua Passos Manuel, 209, no Porto.