URGENTE 1º DE MAIO EM UNIDADE!

O 1º de Maio é uma data histórica para os Movimentos dos Trabalhadores! É o dia de Luta, de festa e de unidade! Ainda não é este ano que as diferentes organizações portuguesas comemoram o 1º de Maio em conjunto.
Terá que chegar o dia da unidade dos trabalhadores portugueses. Uma unidade forjada na ação de defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores portugueses. As centrais sindicais aproveitam a ocasião para mostrar a sua força na rua e na firmeza mobilizadora das suas palavras de ordem. São parcas, no entanto, nas justificações para continuarem separadas nas comemorações do Dia do Trabalhador! Na base destas divergências não estão apenas as diferenças filosóficas, religiosas e políticas dos trabalhadores.
Para a BASE FUT  a unidade dos trabalhadores portugueses é uma urgência, pese a história de lutas, divisões e divergências ideológicas e estratégicas! Adiar o reforço da unidade e convergência é dar trunfos ao adversário ou seja ao capitalismo ganancioso e predador que cativou a política, a democracia e o Estado, para além de direitos fundamentais dos trabalhadores.

ABRIL É MEMÓRIA E AÇÃO!

Abril é tempo de esperança renovada para muitas gerações! Não é fácil, hoje, manter essa
esperança
 na possibilidade de um País para todos e com alto grau de igualdade, liberdade, bem -estar social e económico quando temos um governo ultraliberal a destruir o Estado Social e algumas forças económicas e sociais a quererem a vingança, tendo como objetivo um Portugal de senhores escandalosamente ricos e subalternos empobrecidos!

Mas os ideais de liberdade e igualdade continuam, apesar de tudo, no horizonte das nossas lutas e dos nossos trabalhos diários. Não vamos desistir! Desistir de Abril seria desistir de um Portugal respirável, seria desistir de nós próprios, da nossa viabilidade como Povo! Abril é memória e é ação!

CONGRESSO DA UGT VAI ELEGER NOVO LÍDER!

Joao Lourenço, histórico militante da BASE-FUT, sindicalista e ex-trabalhador da Lisnave
representa esta Organização na Sessão de abertura do Congresso da União Geral de Trabalhadores que vai ter lugar este fim -de semana em Lisboa e onde será eleito um novo Secretário- Geral, bem como definida a linha sindical para os próximos anos.

 Em recentes entrevistas à comunicação social o candidato a novo líder, Carlos Silva, do setor bancário, focou a necessidade de melhorar as relações entre as centrais sindicais portuguesas. Defende também uma maior mobilização dos trabalhadores na defesa dos seus interesses. Nos documentos do Congresso, a UGT continua disponível e apostada num sindicalismo de compromisso e negociação.

PARTICIPAÇÃO E CIDADANIA ESTÁ A AUMENTAR?

O último debate no Porto, na sede de BASE-NORTE, realizou-se a 16 de Março de 2013. A
temática foi “Participação e Cidadania”.

Teve a presença de 22 pessoas, militantes, simpatizantes e amigos. Para uma tarde de Sábado realço o empenho e participação, correspondendo assim à necessidade que se sente de intervir ativamente nas questões e situações mais prementes do nosso quotidiano.

Três pessoas tiveram uma participação mais evidenciada. A da Laura Fonseca, de enquadramento histórico da evolução que houve desde o sec. XVIII, na conquista dos direitos, até à participação que se vive e se sente no séc. XXI, e outra um testemunho de participação hoje- o percurso de vida militante do Alexandre, da zona do Vale do Ave.

A Laura (Professora- doutorada em Ciências da Educação), falou-nos de diversas teorias que ao longo dos séculos foram evoluindo e dando consistência aos direitos de cidadania de hoje, nomeadamente as de Marshall e de outros.

• Direitos cívicos – seculo XVIII, direitos relacionados com a liberdade individual, de possuir propriedade, de liberdade da palavra, direito à justiça, direito de pensamento, direito de crença.

• Direitos políticos – seculo XIX, direitos relacionados com o sufrágio, o direito de voto, o direito de ser eleito e o direito de eleger.

• Direitos sociais – seculo XX, cidadania e direitos sociais- direito à segurança social, à saúde, direito a tudo o que é necessário para viver dignamente a vida humana, alargando esses direitos a todos os cidadãos.

• Direitos culturais - seculo XXI – cidadania ampla e de todos e todas – a grupos e minorias, sexual, íntima, crianças, jovens, idosos e incapacitados, animais e da natureza

O Alexandre, um jovem trabalhador, falou-nos da sua experiência militante cristão, na Joc onde foi dirigente Livre nacional, e de militante no trabalho. Só se sente bem trabalhando em grupo, ajudar a que outros sejam protagonistas, a que haja consciência dos direitos e deveres. Ser um operário competente. Tem consciência de que não pode mudar o mundo mas que a mudança se pode fazer, partindo por mudar pequenas coisas. Estar atento, ser responsável, ser militante em acção. Saber ver, saber posicionar-se, ser autocrítico. Sente-se um militante em construção. Já herdou esta militância do pai que também foi Jocista e sindicalista, e habituou-se a falar à mesa sobre todas as questões laborais. Crescer com os outros, saber dizer não quando é preciso, ajudar a crescer, saber escolher, e escutar, aqui está a sabedoria. Caminhar “ao lado de”. Ser dirigente livre na Joc foi o maior desafio, porque não se sente militante na linha da frente. Hoje é novamente operário e activo.

Seguiu-se debate bem participado onde se partilhou:

• Alguns condicionalismos à participação, com o individualismo, e o medo de perder o trabalho,

• Ser sindicalista deve ser com espírito de solidariedade e disponibilidade.

• O primeiro dever do trabalhador é lutar pelos seus direitos

• Ter um pensamento livre

• Ver, julgar e agir, é uma questão de atitude

• Hoje há gente nova a mexer-se, mas com métodos diferentes- o importante é que vão à luta,

• Participa hoje gente que nunca tinha participado antes.

• Querem ser cidadãos á sua vontade, e faz-nos lembrar nos nossos tempos de juventude em que também eramos irreverentes.

• Lutar pela cidadania é uma luta de sempre, e há várias formas de construir cidadania

• Poucas organizações têm esta capacidade de participar livremente

• Criam-se instituições para resolver os problemas.

• Há organizações criadas dentro do capitalismo organizado, e hoje o capitalismo está desorganizado

• Os movimentos de hoje são movimentos de excluídos, são movimentos plurais e a pluralidade é um valor. A participação é um valor, não a representação

• Estão em processo de mais respeito, mais participativos, mais intergeracionais, mais plurais

Há que combinar a luta passada com a luta presente - democracia participativa

Devemos estar lá, perceber e sentir o que lá fervilha, e o desafio é saber acolher para em conjunto se mudar algum a coisa. Manter a esperança e não a perder. Aí está a força.

Abril de 2013

Carolina Fonseca
Coordenadora da BASE-FUT NORTE

PROJETO EUROPEU, PROJETO DE ESPERANÇA?

Comissão Política Nacional da Base-FUT reúne no próximo fim -de semana em Coimbra, nas instalações do Centro de Formação e Tempos livres (CFTL).

Na agenda de trabalhos estão várias questões da atualidade com destaque para o momento político e social. A reflexão da s equipas e órgãos da Base vai no sentido da necessidade de se criarem as condições para um alternativa social e política a esta política de austeridade e de destruição do modelo social em Portugal e na Europa.
Neste momento as saídas para a crise devem ser mais debatidas, sem tabus, e colocando na mesa as possíveis alternativas, inclusive a saída organizada e negociada do euro! Temos que debater tudo sobre o nosso futuro! A União Europeia era um projeto de esperança, de paz e de solidariedade. Ainda é?

TÉCNICOS SOCIAIS VÃO TER SINDICATO NACIONAL!

No próximo dia 20 de Abril, pelas onze horas da manhã, realiza-se na rua Maria, nº 15 (Metro do
Intendente), em lisboa, a Assembleia Constituinte do Sindicato Nacional de Assistentes Sociais. Considerando o interesse da iniciativa e a natureza deste novo sindicato sugerimos que façam circular a notícia pelas pessoas conhecidas e que eventualmente pertencem a esta profissão.


Este setor de atividade será no futuro de uma grande importancia na medida em que estes técnicos estão presentes de modo especial nas instituições do Estado e na economia social, com particular destaque nas IPSS e em grande força no apoio á terceira idade.Nos últimos tempos tem aumentado a violencia sobres estes profissionais que dão a cara pelas instituições sociais.Neste momento estão dispersos por vários sindicatos , nomeadamente da função pública e da segurança Social!



DE ESPANHA, UM OLHAR SOBRE O MARCELISMO!

Numa recente visita ao Centro de Arte Moderna da F C Gulbenkian em Lisboa, apanhei do
expositor a NEWSLETTER de Março de 2013, da mesma Fundação.

Ao folheá-la deparei-me com um artigo interessante sobre um trabalho académico – tese de doutoramento – de Adolfo Cueto Rodriguez, jovem espanhol das Astúrias, subordinado ao tema “A Política colonial do Marcelismo (1968-1974) a entregar ainda este ano na Universidad Nacional de Education a Distancia.

O investigador, que conta com o acolhimento do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e da F C Gulbenkian, tenta analisar como foi encarado e gerido o problema das colónias, na última fase do Estado Novo, ou seja, como foi gerido o jogo de forças exteriores e interiores – a favor e contra – “as soluções” para o Ultramar.

Segundo o autor, as opções estavam muito associadas à natureza antidemocrática do regime, cuja resolução do problema só veio com o 25 de Abril.

Torna-se interessante salientar o facto de mais um jovem espanhol se interessar pela situação portuguesa e pela especificidade em relação às ex-colónias ultramarinas.

José Vieira -sociólogo

O QUE SE PASSA COM A ECONOMIA?

BASE-FUT de Lisboa/Setúbal organiza, no próximo dia 13, sábado, pelas 15 horas ,um debate na sede nacional, em Lisboa, sobre a situação económica e social do país, o euro, a dívida pública e outros temas que são atualidade!

Eduarda Ribeiro, economista e especialista em matérias do emprego,será a principal animadora do debate que termina com um lanche ao final da tarde.
Para a BASE-FUT as políticas de austeriadade têm como grandes objetivos a destruição das relações laborais e do Estado Social construídos com a Revolução de Abril!

GANHEM VERGONHA!

Uma plataforma de denúncia de patrões/empresas que implementam práticas laborais ilegais e
esclavagistas!Está atento/a a esta plataforma e contribui também para a denuncia de casos de opressão e exploração laboral!
É nosso dever não calar e denunciar este tipo de práticas!VER

A ÁGUA É NOSSA!

Debater o problema “água é nossa”, não é somente falar da sua quantidade, qualidade ou da real
necessidade de fazer poupança, é muito mais do que isso o que a nós diz respeito. Efetivamente estão em causa antigos e imemoriais direitos.
 
Dizem que há direitos legítimos e por isso adquiridos que não nos querem reconhecer como nossos, mas estes são inalienáveis e pertencem-nos desde que nascemos, já são longos os milénios e que devemos às populações nossas antecedentes que construíram muitos reservatórios, fontes, poços, aquedutos.
A água de que se querem apropriar sem o nosso consentimento, não é coisa de ninguém, pertence em primeira mão a todos os cidadãos, é tão nossa como é natural, porque é um bem único e essencial para a existência de todo o ser vivo.

A água é como um fruto selvagem que nasce da natureza, ela é propriedade de todos os seres vivos que dela dependem para todos os usos e fins, não pode ser permitido tornar-se numa mera matéria-prima para o enriquecimento privado de alguns, nem sujeita á pura especulação económica e financeira. Defender a água pública é cada vez mais imperioso e urgente, sobretudo porque provocará o desencadear de conflitos e gerará mau estar.

A demonstração está patente na animosidade trazida para lugares onde antes viviam pacíficos cidadãos, quando foram confrontados perante informações de futuros desvios de água para dar lugar á escala de grandeza necessária, á exploração privada e aos novos preços no sentido de promover os interesses das privatizações. Apostar neste modelo nada resolve, porque ainda se exige, em muitas situações, pagarem-se rendas e subsídios às futuras concessionárias. Este fato é grave porque aumenta o corte dos laços e possibilidades de participação dos cidadãos nas decisões, que devem ser tomadas em coletivo, desmobilizando-os da responsabilidade do uso consciente em proteger a água que deixa estatutariamente de ser pública e verdadeiramente de todos.

Para cada cidadão a água não é só boa para a sua vida doméstica, também dá vida ao seu próprio corpo, por isso entre toda a economia ela está sempre presente. Hoje em dia a água é, cada vez mais, a chave para reduzir e eliminar a pobreza.

É cada vez mais claro que a resolução sustentada de alguns dos maiores problemas ligados á pobreza e ao desemprego está condicionada pelo uso da água.

A água é pois a chave para um desenvolvimento sustentável e equitativo. Mas só haverá este beneficio quando esta se mantiver como matéria-prima de baixo custo, única forma para dar resposta á competitividade em muitos sectores socioprofissionais, especialmente no negócio do lazer na produtividade da agricultura e ainda outras áreas como na produção piscícola ou mesmo na energia. Esta realidade ajudará Portugal a sair do seu atual estado amorfo e desenvolver-se melhor com o aproveitamento desta enorme riqueza que temos.

João Lourenço sindicalista  e dirigente associativo