BASE-FUT APELA AO VOTO NA ESQUERDA!

A Base – Frente Unitária de Trabalhadores apela à participação de todos os cidadãos nas próximas eleições legislativas a realizar no dia 27 de Setembro votando nos partidos da esquerda para garantir questões essenciais ao povo português tais como um Serviço Nacional de Saúde, uma Escola Pública de qualidade e uma Segurança Social solidária e sustentável.

A BASE-FUT constata e lamenta que na última legislatura de maioria PS a esquerda esteve profundamente dividida quanto a questões importantes do domínio económico e social e do papel do Estado nas sociedades modernas. Uma parte da esquerda social democrata europeia deixou-se enredar por um capitalismo neo-liberal que gerou a grande crise que temos estado a atravessar e que, em apenas um ano, destruiu cerca de um milhão e meio de postos de trabalho na UE e cerca de 150.000 em Portugal!

O Governo do Partido Socialista esteve nesse barco em várias das suas políticas com destaque para as relações com as organizações de trabalhadores, administração pública e domínio económico. A restante esquerda, porém, mantém uma estratégia sectária de crítica e combate não selectivo ao PS e ao seu Governo, não lhe reconhecendo qualquer mérito, juntando-se, assim, objectivamente à oposição de direita no anseio de lhe retirar a maioria absoluta. É de facto um objectivo pequeno e perigoso.

Estamos, porém, num contexto de crise económica que ainda se pode agravar nomeadamente quanto ao desemprego! Mais do que nunca é necessária uma política social, de direitos e deveres e não meramente assistencialista e paternalista das correntes conservadoras.
A situação actual é assim de grande responsabilidade para todos os cidadãos e em particular para os partidos de esquerda. Estão em jogo importantes questões que vão ter consequências nas nossas vidas a curto prazo. O entendimento das esquerdas no futuro Parlamento é assim fundamental para viabilizar políticas sociais e de aprofundamento da democracia.

Neste contexto as eleições de 27 de Setembro são especialmente importantes e exigem a nossa participação. Os políticos não são todos iguais e os partidos não são todos a mesma coisa! Não deixemos de cumprir com o nosso dever como cidadãos, não abdiquemos dos nossos direitos e da nossa intervenção política nas empresas, nos locais onde vivemos, nas associações e partidos e nas eleições!

Lisboa, 21 de Setembro de 2009

A Comissão Executiva Nacional