A 4 DE JULHO-DIA INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS!

«A igualdade é um valor fundamental que garante a todos a possibilidade de beneficiar do desenvolvimento económico e social. No entanto, vivemos num mundo que continua
eivado de desigualdade. De acordo com dados recentes, 0,7% da população mundial
detém 44% da riqueza, enquanto 70% detém apenas 3%. Em todo o mundo, as pessoas ainda são vítimas de discriminação com base no seu sexo, idade, religião ou condição socioeconómica, entre outras.
Desde o início que a igualdade está no cerne do movimento cooperativo. Ao fundarem cooperativas, pessoas de todo o mundo escolheram um modelo económico democrático que promove a igualdade….»VER declaração

CGTP DEFENDEU TRABALHO DIGNO NA OIT

«....A contratação colectiva é uma fonte de direitos, um instrumento de harmonização social no progresso e um elemento gerador da distribuição do rendimento. Pôr em causa a contratação colectiva, como faz o governo português e a troika para promover a caducidade das convenções colectivas, para além de atentar contra os princípios do direito de trabalho e os direitos mais elementares dos trabalhadores, constitui um ataque sem precedentes aos sindicatos, à liberdade sindical e à democracia.

Não há democracia sem contratação colectiva, nem liberdade de intervenção dos trabalhadores e dos sindicatos sem o pleno exercício do direito à greve. O direito de greve é um direito inalienável dos trabalhadores, razão pela qual não é interpretável ou negociável, nem susceptível de ser subordinado aos interesses económicos e financeiros do patronato. A greve é uma conquista civilizacional e um instrumento de defesa dos trabalhadores na afirmação dos seus direitos e da sua dignidade, razão pela qual ao invés de ser questionada, tem de ser respeitada, efectivada e valorizada por toda a sociedade....»VER intervenção de Arménio Carlos na OIT

O DIREITO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL!

A formação profissional é um direito muito importante garantido pela Constituição Portuguesa e legislação do trabalho (1). Para fazer face às mudanças e exigências profissionais o trabalhador tem que adquirir competências ao longo da vida. Aliás, uma boa formação profissional é um elemento estratégico para a manutenção de altos níveis de emprego!
O trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de 35 horas de formação contínua, que podem ser antecipadas ou diferidas por quatro anos, de acordo com o plano plurianual de formação elaborado pelo empregador.
A formação frequentada pelo trabalhador dá ainda direito à emissão de certificado de formação e a registo na Caderneta Individual de Competências do Trabalhador, nos termos do regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações.
 Caso o empregador não assegure ao trabalhador, ao longo de dois anos, as 35 horas de formação anual, fica o trabalhador legitimado a utilizar o crédito de horas correspondente ao número mínimo de horas de formação anual que não recebeu, para frequência de ações de formação por sua iniciativa.
Neste caso, o trabalhador deve comunicar ao empregador a sua intenção com a antecedência mínima de 10 dias e a formação por si escolhida deve ter correspondência com a atividade prestada, respeitar a tecnologias de informação e comunicação, segurança e saúde no trabalho ou língua estrangeira.
As horas de formação não organizadas pelo empregador convertem-se, quanto aos trabalhadores não contemplados por essas horas, em créditos acumuláveis ao longo de três anos, findo os quais cessa.
O exercício do direito de utilização dos créditos de horas de formação acumuladas da escolha do trabalhador pode e devem ser utilizados durante o período normal de trabalho.
O exercício do crédito de horas vale como serviço efetivo e confere direito a retribuição, o que significa que não será descontado no vencimento do trabalhador.
Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem direito a receber a retribuição correspondente ao número mínimo anual de horas de formação que não lhe tenha sido proporcionado, ou ao crédito de horas para formação de que seja titular à data da cessação.
No caso de dúvidas o trabalhador deve consultar o seu delegado sindical/ sindicato ou a delegação regional da ACT.É muito importante que os trabalhadores exerçam este direito constitucional!
INFORMAÇÃO LABORAL



(1)    Artºs 130º a 134º do Código do Trabalho

A NOVA ECÍCLICA VISTA POR LEONARDO BOFF



«É a primeira vez que um Papa aborda o tema da ecologia no sentido de uma ecologia integral (portanto que vai além da ambiental) de forma tão completa. Grande surpresa: elabora o tema dentro do novo paradigma ecológico, coisa que nenhum documento oficial da ONU até hoje fez. Fundamental é seu discurso com os dados mais seguros das ciências da vida e da Terra. Lê os dados afetivamente (com a inteligência sensível ou cordial), pois discerne que por detrás deles se escondem dramas humanos e muito sofrimento também por parte da mãe Terra. A situação atual é grave mas o Papa Francisco sempre encontra razões para a esperança e para a confiança de que o ser humano pode encontrar soluções viáveis. Honra os Papas que o antecederam, João Paulo II e Bento XVI, citando-os com frequência. E algo absolutamente novo: seu texto se inscreve dentro da colegialidade, pois valoriza as contribuições de dezenas de conferências episcopais do mundo inteiro que vão dos USA, da Alemanha, do Brasil, da Patagonia-Camauhe até do Paraguai. Acolhe as contribuições de outros pensadores como os católicos Pierre Teilhard de Chardin, Romano Guardini, Dante Alighieri, de seu mestre argentino Juan Carlos Scannone, do protestante, Paul Ricoeur e do muçulmano sufi Ali Al-Khawwas. Por fim, os destinatários são todos os seres humanos, pois todos são habitantes da mesma casa comum (palavra muito usada pelo Papa) e padecem das mesmas ameaças.

O Papa Francisco não escreve na qualidade de Mestre e Doutor da fé mas como um Pastor zeloso que cuida da casa comum e de todos os seres, não só dos humanos, que habitam nela.

Um elemento merece ser ressaltado, pois revela a”forma mentis”(a maneira de organizar seu pensamento) do Papa Francisco. Este é tributário da experiência pastoral e  teológica das igrejas latino-americanas que à luz dos documentos do episcopado latinoamericano (CELAM) de Medellin (1968), de Puebla(1979) e de Aparecida (2007) fizeram uma opção pelos pobres contra a pobreza e em favor da libertação.

O texto e o tom da encíclica são típicos do Papa Francisco e da cultura ecológica que acumulou.  Mas me dou conta de que também  muitas expressões e modos de falar remetem ao que vem sendo pensado e escrito principalmente na América Latina. Os temas da “casa comum”, da “mãe Terra”, do“grito da Terra e do grito dos pobres”, do “cuidado”, da “interdependência entre todos os seres, “do valor intrínseco de cada ser”, dos “pobres e vulneráveis” da “mudança de paradigma” do “ser humano como Terra” que sente, pensa, ama e venera, da “ecologia integral” entre oturos, são recorrentes entre nós
A estrutura da encíclica obedece ao ritual metodológico usado por nossas igrejas e pela reflexão teológica ligada à prática de libertação, agora assumida e consagrada pelo Papa: ver, julgar, agir e celebrar.


Primeiramente, revela sua fonte de inspiração maior: São Francisco de Assis, chamado por ele de “exemplo por excelência de  cuidado e de uma ecologia integral e que mostrou uma atenção especial aos pobres e abandonados”(n.10; 66)....(.Extraído de um artigo do autor de 18 deste mês)

UM SINDICALISMO AUTÓNOMO? É POSSÍVEL?

O sindicalismo deve ser autónomo, não apenas independente! Alguns concordam mas acrescentam algo mais, ou seja, querem um sindicalismo independente e autónomo mas sob a direção do partido! Ora isto é contraditório! Ou é autónomo ou está sob a direção de um partido! Significa isto que o sindicalismo autónomo tem como principio ser contra os partidos? De modo algum! O sindicalismo autónomo está contra a ingerência de qualquer partido na vida sindical.
Mas então como poderemos definir o sindicalismo autónomo pela positiva? É um sindicalismo que age da base ao topo, dos locais de trabalho á direção confederal, com uma estratégia própria e com uma orientação política nascida no interior das organizações sindicais. É uma prática sindical reconhecida como autónoma, sendo visível e reconhecida pela opinião pública e pela sociedade como tal. A democracia direta é fundamental neste sindicalismo. Os trabalhadores e suas organizações têm interesses próprios e terão sempre, mesmo que esteja no poder um partido dito da classe, facto que a história já nos confirmou.

Influência de várias correntes

Mas então será possível um sindicalismo puro, em estado laboratorial, sem contaminação ideológica? Claro que não é possível! O movimento sindical como entidade social e política sofre constantemente diversas influências em especial dos seus quadros mais ativos. Por isso ao longo da História as organizações sindicais tiveram influência de várias doutrinas, correntes, igreja e partidos, em particular do sindicalismo revolucionário e anarquismo, do marxismo do socialismo em geral e do cristianismo. No século XX existiram inclusive três grandes confederações mundiais onde eram hegemónicas três correntes de pensamento. A FSM com uma orientação comunista, a CISL com uma orientação social democrática e a CMT de inspiração cristã. AS duas últimas criaram em 2006 a Confederação sindical Internacional (CSI).

Movimento sindical pode ser autónomo!

No entanto, e apesar das influências filosóficas e políticas dos seus ativistas o movimento sindical pode ser autónomo se tiver capacidade para produzir uma orientação clara de distância face às forças políticas em disputa neste regime partidário. Se for capaz de respeitar as diferenças políticas e ideológicas existentes no seu interior através de uma prática de unidade.
Em Portugal e por razões históricas o sindicalismo teve sempre e continua a ter uma forte influência partidária. Em alguns períodos, tanto na UGT como na CGTP, viveram-se momentos de fortalecimento da autonomia na direção confederal em particular.

Para a BASE-FUT o futuro do sindicalismo também depende da sua capacidade em se gerir e autonomizar relativamente às estratégias partidárias. É claro que são muitos os trabalhadores a dizerem que não querem um sindicato onde mandam os partidos.INFORMAÇÃO LABORAL

A NOVA ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO! TEXTO

«Depois procurarei chegar às raízes da situação actual, de modo a individuar não apenas os seus sintomas, mas também as causas mais profundas. Poderemos assim propor uma ecologia que, nas suas várias dimensões, integre o lugar específico que o ser humano ocupa neste mundo e as suas relações com a realidade que o rodeia. À luz desta reflexão, quereria dar mais um passo, verificando algumas das grandes linhas de diálogo e de acção que envolvem seja cada um de nós seja a política internacional. Finalmente, convencido – como estou – de que toda a mudança tem necessidade de motivações e dum caminho educativo, proporei algumas linhas de maturação humana inspiradas no tesouro da experiência espiritual cristã. ...»TEXTO

JOC DE LEIRIA CONTRA O DESEMPREGO!

No âmbito da Campanha Nacional 'Dá emprego aos teus sonhos, Dá trabalho à tua vida!', o grupo da JOC - Juventude Operária Católica dos Marrazes (Leiria) está a preparar um Debate sobre o Desemprego. Será dia 19 de Junho (sexta-feira), às 21h30, no Salão da Junta de Freguesia dos Marrazes (por cima da PSP, perto da igreja).
Estão todos convidados! Será um espaço para refletir sobre o desemprego, partilhar experiências e dar a conhecer projetos de combate ao desemprego.

Contaremos com a presença:

- Associação Fazer Avançar (de Leiria), que nos falará do projeto Faz-te à vida no qual se integra o grupo GEPE de Leiria (Grupos de Entreajuda na Procura de Emprego);
- Filomena Carvalho, como animadora do grupo GIAS (Grupo Interajuda Social) da Cáritas de Leiria;
- Um desempregado, que nos falará da sua experiência;
- Aguardamos ainda confirmação do IEFP de Leiria.

Rita Moreira


KOLA SAN JON NA COVA DA MOURA!

A Associação Cultural Moinho da Juventude tem o grato prazer de o convidar para o Colóquio Kola San Jon: Cultura Proibida, Património Estimado no dia 19 de junho de 2015 e para a Festa do Kola San Jon no Bairro da Cova da Moura no dia 20 de junho de 2015.
 O Colóquio Kola San Jon: Cultura Proibida, Património Estimado que terá lugar no dia 19 de junho 2015 no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, sito Avenida Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa.
 Solicitamos a confirmação da vossa presença no dia 19 junho para o seguinte email (dir-moinho@mail.telepac.pt), indicando o vosso nome e eventualmente a organização a que pertence, até ao dia 17 de junho de 2015.  A Festa do Kola San Jon - Expressão Cultural de Cabo Verde - inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (Diário da República, 16 outubro 2013) -, terá lugar no dia 20 de junho no Bairro da Cova da Moura na Amadora.

 Para o dia 20 de junho caso esteja interessado em participar no festival da Cachupa pedimos que se inscrevam através do seguintes email (dir-moinho@mail.telepac.pt), posteriormente será informado em que restaurante saboreará a cachupa, até ao dia 17 de junho de 2015. 

ESTE GOVERNO NÃO GOVERNA, PREPARA ELEIÇÕES E PRIVATIZA!

«O governo PSD/CDS deixou efectivamente de governar o País nos últimos meses, estando agora em permanente campanha eleitoral para as legislativas, utilizando para o efeito o aparelho do Estado e preocupado fundamentalmente em fechar os «dossiers» de privatização das empresas públicas»-Diz a Comissão Política Nacional da BASE-FUT no seu comunicado saído da sua reunião do passado fim de semana em Coimbra.

O documento da Direção da Base continua:«Escudado pela Troika, pelo Presidente da República e, em grande medida, pela Comissão Europeia o governo continua uma política de degradação da vida política e social, apesar dos números apresentados sobre o deficit, o desemprego e as exportações.
A política de medo e de manipulação, juntamente com o desemprego, a corrupção e erosão das instituições levaram a um preocupante sentimento de impotência e anemia em largos sectores da população portuguesa. As próprias forças de esquerda têm dificuldade em gerar novas alternativas que sejam capazes de mobilizar cidadãos, afastados do voto e da actividade política, constatando-se, no entanto, uma clara pulverização de candidaturas em vez de convergências reais.
Efectivamente a situação social e real das pessoas não melhorou. Continuamos um país de cantinas sociais, de bancos alimentares, de pobreza visível e envergonhada, de degradação progressiva da saúde e do ensino e de precariedade no trabalho. As empresas, em particular as pequenas e médias, continuam a ter dificuldades em aceder ao crédito bancário.

Novo rumo para o País

Temos que manifestar a nossa preocupação por esta situação e em particular pela crescente submissão da vida política e democrática aos interesses económicos privados, nacionais e internacionais. Esta realidade vai corroendo a própria democracia e a coesão social, sendo fonte de individualismo estéril. A política democrática deve comandar a governação para que esta não se transforme numa agência de negócios!
Esta governação da direita centra quase toda a sua acção na privatização das empresas públicas, algumas das quais vendidas ao preço da chuva. O caso da TAP é paradigmático. A pressa e a obscuridade no negócio em causa levantam uma quantidade de interrogações e suspeitas aos portugueses.
Perante esta situação é fundamental que os portugueses se mobilizem para votar e exercer todos os seus direitos constitucionais, nomeadamente de contestação às políticas deste governo. Apelamos assim à participação política e cívica de todos para que possamos dar um novo rumo ao País. Um rumo que valorize o trabalho e os trabalhadores, o Serviço Nacional de Saúde, a segurança social, a escola pública e a distribuição da riqueza, aumentando nomeadamente o salário mínimo e os salários mais baixos.

Mobilização e participação politica

Esta mobilização e participação políticas serão também fundamentais no quadro da União Europeia onde as políticas de austeridade ainda não foram derrotadas. Efectivamente os povos que foram alvo de resgates e intervencionados pela Troika, nomeadamente Portugal e Grécia, continuam vigiados e menorizados, aprofundando-se assim a sua situação periférica, chantageados pelos mercados e pelas instituições internacionais dos credores.
Torna-se assim necessário um novo sobressalto cívico e político do povo português com reflexos já nas próximas eleições legislativas e presidenciais no sentido de mudar o governo e estas políticas económicas e sociais, contribuindo também para um novo rumo nas políticas da União Europeia. A abstenção será entregar o «ouro ao bandido» e corrermos o risco de um novo mandato deste governo que acertará contas definitivamente com os valores do 25 de ABRIL.»

Coimbra, 14 de Junho de 2015


Comissão Política Nacional

ESCUTAR A CIDADE NA ÚLTIMA SESSÃO!

Queridas Amigas

Queridos Amigos,
A última sessão do Escutar a Cidade realiza-se já na quinta-feira, dia 18 de junho. Termina assim um percurso de preparação para o Sínodo Diocesano em que nos dispusemos a escutar o que de nós – cristãos e comunidades cristãs – esperam as mulheres e os homens com quem habitamos o território da Diocese de Lisboa.
Estamos certos de que esta escuta fortalece a urgência de respostas a desafios que, tendo sido ora direta ora indiretamente colocados, reconhecemos como oportunos e mesmo incontornáveis. Esperamos que essa urgência de mudança continue a marcar a caminhada de cada um(a) de nós e de cada comunidade até à assembleia sinodal de 2016.
Gostaríamos muito que esta última sessão fosse um acontecimento com a mesma qualidade de escuta das anteriores, mas ainda mais participado, transmitindo, assim, a toda a cidade a importância decisiva que os católicos atribuem ao ouvir os desafios que os não crentes lhes colocam.
Pedimos que venham, de modo a sermos muitos no dia 18 de junho no Fórum Lisboa, às 19h00. Sabemos que está convocada uma greve do Metro para esse dia, mas pensamos que, com vontade, haverá forma de contornar essa dificuldade, até porque este será também o momento de nos despedirmos desta dinâmica que nos fez encontrar durante seis meses.
Não faltes e traz alguém contigo!
Sobre “Linguagens, espiritualidades, sexualidades e convicções”, vamos ouvir Ana Luísa Amaral, Telmo Baptista, Margarida Cardoso e Madalena Victorino. E nós prometemos dizer-vos o que pensamos fazer a seguir,
Até dia 18 de junho!
Pelo Grupo Organizador,
Helena Topa Valentim
António Marujo

UM SINDICALISMO DE CLASSE!


O sindicalismo de classe é uma conceção da ação e filosofia sindical que visa a defesa dos interesses próprios e autónomos das classes trabalhadoras. Opõe-se ao sindicalismo colaboracionista, que considera que patrões e trabalhadores têm os mesmos interesses e que o trabalho é um mero fator económico e o trabalhador um instrumento.
O sindicalismo de classe considera que os trabalhadores podem produzir uma ideologia própria, ou seja, uma visão do mundo autónoma! Hoje há quem sustente que já não existe uma classe operária com capacidade de produzir essa cultura e que comporte valores e alternativas sociais e políticas próprias!
Todavia, enquanto existir uma economia capitalista e o trabalho assalariado for dominante existe uma classe trabalhadora que tem interesses comuns e pode ter uma consciência de si, uma identidade própria e formas de organização laboral e política.

Formas de luta autónomas!


O sindicalismo de classe desenvolve formas de luta autónomas, negociando sempre que necessário e avançando para formas de luta, incluindo a greve, quando estão em causa direitos e interesses dos trabalhadores. Este sindicalismo defende que a nível nacional e internacional o poder dos trabalhadores deve ser decisivo na definição dos modelos de sociedade. Não deve ser o capital e os sistemas financeiros a definirem o coração das sociedades como acontece na atualidade. Ou seja, este sindicalismo não se contenta com as migalhas do sistema mas quer ser o ator principal das transformações sociais, económicas e políticas! Daí que o sindicalismo de classe defende a organização dos trabalhadores desde o nível local até ao nível mundial, bem como a globalização dos direitos e interesses dos trabalhadores que são a maioria da população. Em Portugal a CGTP defende o sindicalismo de classe, embora com diferenças substanciais no seu interior! A BASE-FUT defende o sindicalismo de classe sem subordinação estratégica a qualquer partido!INFORMAÇÃO LABORAL!

«CONVERSAS COM LIVROS» CONTINUAM!

E já vão dois Encontros das “Conversas com Livros”… Correram muito bem, com muito interesse e com participação activa dos presentes.
Assim decidimos continuar – Dia 30 de Junho, terça-feira, às 15h30 vamos voltar a encontrarmo-nos na Sede da BASE-F.U.T.
Depois de dois autores portugueses, do século XIX, início do século XX, decidimos por uma escritora, da mesma época, ANA DE CASTRO OSÓRIO. O livro desta vez escolhido foi “Histórias Maravilhosas da Tradição Portuguesa. Esta obra tem 2 volumes – não te preocupes – tenta ler um dos volumes. Depois a nossa conversa à volta da escritora e da sua obra, vai decerto enriquecer-nos muito.
Continuamos a dizer que isto é um Encontro aberto. Não é só para os participantes dos outros Encontros. Gostavas de participar? Tens interesse em conversar sobre este livro? Estás livre? Então aparece! És bem-vindo e vais gostar.
Outro conselho: quem não tiver o livro, procure numa Biblioteca Pública, aquela que lhe ficar mais acessível.
Aparece! Conviver…ler, faz bem à mente e dá 

SINDICALISMO DE MASSAS -Como é?


No último post fizemos algumas considerações sobre o sindicalismo de base, contrapondo-o ao sindicalismo de cúpula e dirigista, sem a participação dos trabalhadores, e ao basismo inoperante e sectário!
Podemos agora abordar o significado de um sindicalismo de massas. Todo o sindicalismo deve ser de massas, isto é, está aberto à participação de todos os trabalhadores e deve organizar, pelo menos, dois terços da classe. O sindicalismo de massas investe na informação, formação e mobilização dos trabalhadores como elementos essenciais, verdadeiramente estratégicos para a ação sindical! Este sindicalismo é democrático e, ao contrário do que a palavra pode dar a entender, não é massificado. No sindicato de massas o poder não está nos «chefes» mas sim nos trabalhadores. São distribuídas responsabilidades, grupos de trabalho e tarefas para todos. É anti corporativo pois não se fecha na sua classe profissional, estando solidário com o conjunto dos trabalhadores. O sindicalismo de massas é constituído por trabalhadores conscientes do seu poder. O sindicalismo de massas contrapõe-se ao sindicalismo de gabinete, onde os dirigentes ou os assessores sindicais são protagonistas e fazem acordos que os associados por vezes desconhecem!
Como é evidente no atual momento o sindicalismo sofre uma grande erosão e progressivamente deixa de ser um sindicalismo de massas e passa quase a ser um sindicalismo de sindicalistas, de quadros! O sindicalismo de massas em Portugal é fundamentalmente defendido pela CGTP embora numa perspetiva de subordinação estratégica ao partido. No entanto, mesmo numa situação destas é importante manter a filosofia do sindicalismo de massas.A BASE-FUT defende um sindicalismo de massas!
INFORMAÇÃO LABORAL!



JUSTA HOMENAGEM A UM HOMEM DO POVO!

A Associação Cultural Moinho da Juventude irá participar uma vez mais no Torneio Cidade da Amadora em Atletismo, com o apoio da Câmara Municipal da Amadora e Junta de Freguesia Aguas Livres. No dia 28 de Junho, pelas 9:30, pretendemos nessa prova uma justa homenagem a uma figura que foi marcante na comunidade deste Concelho, falamos de Eduardo Pontes. Procuramos através deste evento evocar a memória do homem do povo.
Eduardo Pontes, que costumava deleitar os amigos com citações da literatura de todas as culturas, fazia suas as palavras de Jorge Luís Borges: “Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.” Neste mundo da imaginação e dos sonhos, continuamos a falar, sonhar com o Eduardo para agir num “djunta mo” (juntar as nossas mãos).

Eduardo José Azeredo PONTES, nasceu em Ponta Delgada nos Açores a 10 de Março de 1936. Em Abril de 1961, foi detido pela PIDE juntamente com o seu irmão António. Foi encarcerado em Ponta Delgada, seguindo depois sob prisão para o Aljube, em Lisboa. Comentava o Eduardo: “a adaptação ao Aljube será fácil depois do estágio na prisão em Ponta Delgada. Eduardo Pontes foi julgado na Boa Hora e condenado a mais 1 ano de prisão.
Na luta contra o fascismo, juntamente com Jorge Lopes e Manuel Barbosa Fundaram nos finais de 1970, a Cooperativa Sextante, na rua central de Ponte Delgada – Açores.

Eduardo participou ativamente nas diversas campanhas oposicionistas. Fez parte das campanhas de 1958 de Humberto Delgado e de 1969 e 1973 para as eleições da Assembleia Nacional. Foi um dos fundadores do Movimento de Esquerda Socialista (MES).
Foi um dos fundadores da Associação Cultural Moinho da Juventude em 1984, no bairro da Cova da Moura, na Amadora, foi o 1º Presidente da Associação Cultural Moinho da Juventude, projeto comunitário nascido em 1984.
Desta forma está agendada uma importante jornada para o referido dia, onde gostaríamos de poder contar com a vossa prestigiada presença e disponibilidade para partilharem connosco este digno momento.

As inscrições deverão ser enviadas para o seguinte email: desporto.moinho@gmail.com

Certos que poderemos contar com a vossa presença.

A Direção


ECONOMIA SOLIDÁRIA: mensagem de Ribamar!


«Num encontro singular, promovido pelos AMIGOS DE APRENDER e pela FUNDAÇÃO JOÃO XXIII, reunidos na Casa do Oeste, em Ribamar, no dia 30 de Maio de 2015, no Encontro de Desenvolvimento Local, Associativismo, Economia Solidária e Mudança Social, cujos participantes vieram de diversas localidades portuguesas, partilharam-se saberes, cultura, experiências e práticas, programas e projetos, alegrias e anseios.
Refletimos sobre as forças e fraquezas, valores e insuficiências das nossas comunidades, aspirações e necessidades, com vista a abrir mais espaços de desenvolvimento humano e desenvolvimento do território, com programas e projetos comuns, com pessoas, grupos, associações, em rede solidária.
Torna-se oportuno e necessário dar conta, aos que não participaram neste Encontro, dos caminhos percorridos e das conclusões a que chegámos, enviando esta Mensagem de Ribamar como afirmação daquilo em que estamos comprometidos e partilhamos com amigos, conhecidos e desconhecidos:
- Participar ativamente no desenvolvimento de todos os homens e mulheres:
   - promovendo a dignidade do homem e da mulher e  formas colaborativas de operar em sociedade - produzir, consumir, trocar, dar, receber - como forma genuína de realização humana e de plena cidadania;
   - criando ambientes favoráveis à educação e inovação social, à formação cívica, à participação democrática, à cooperação fraterna, ao dom gratuito, à alegria do encontro desencadeador da justiça, da paz e da solidariedade entre todos os homens.
- Promover o desenvolvimento local das comunidades e a economia social solidária:
   -fazendo da globalização um incentivo à fraternidade entre homens, povos e culturas, mais do que apenas uma forma de vizinhança;
   -incentivando o associativismo, com relações humanas fundadas na liberdade, na igualdade e na fraternidade, atuando nas áreas ambiental, social e económica; 
   -criando empresas de economia social e solidária fortemente ligadas à comunidade e ao território, que qualifiquem as pessoas, dignifiquem o trabalho, melhorem a qualidade de vida;
   -promovendo entre as organizações - associações, cooperativas, mutualidades - e as comunidades, a dinâmica do trabalho em rede, um desenvolvimento local mais intensivo e mais profundo, e com maior sustentabilidade.
Fundados nos valores e nos projetos dos homens, mulheres, jovens aqui representamos, ancorados nas nossas comunidades, queremos, como elementos ativos na mudança social, construir um futuro melhor, um mundo mais fraterno, justo, pacífico e solidário, centrado no bem comum e numa vida feliz para todos.»

Ribamar, 30 de Maio de 2015


SINDICALISMO DE BASE. O QUE É?


O movimento sindical nacional e internacional tem uma longa e rica história! Os trabalhadores têm desenvolvido diversas formas de organização ao longo dos últimos dois séculos! Hoje colocam-se novamente grandes desafios ao sindicalismo. A precarização das relações laborais nas suas diversas formas, a diminuição da sindicalização, a fragmentação das classes trabalhadoras, a deslocalização de empresas e as formas de gestão predadoras do capitalismo neo- liberal estão provocando uma erosão profunda nos sindicatos e na ação sindical!
Neste contexto os trabalhadores, e em particular os ativistas sindicais, sentem necessidade de debater estas questões tendo como horizonte a necessária transformação desta sociedade para a qual o sindicalismo deve contribuir.
A renovação do sindicalismo passa hoje por uma reflexão sobre as práticas sindicais e por aprofundar ideias que se repetem, por vezes como ladainhas, sem já sabermos o que queremos dizer quando as dizemos.
Que significado tem hoje dizer que queremos um sindicalismo de base, de massas, de classe e autónomo»? Afinal o que é um sindicalismo reivindicativo ou reformista? E um sindicalismo «amarelo»? E um sindicalismo revolucionário?
É necessário então abordar estas questões e dar-lhes um novo sentido ou, pelo menos, encontrar uma explicação razoável para a sua existência!
Vamos começar pelo sindicalismo de base, de massas, de classe e autónomo. De facto, o que estamos a dizer quando apregoamos este sindicalismo?

Um sindicalismo de base

O sindicato é antes de mais nada a organização dos trabalhadores nos locais de trabalho. É aqui que está a força do sindicato. Quando os trabalhadores fazem as suas assembleias de empresa ou serviço, debatem e decidem. É aqui que o sindicato ganha força pois tem o poder de todos ou quase todos os trabalhadores. É aqui que os delegados sindicais e as comissões sindicais eleitos pelos seus camaradas ganham força e se podem, tornar porta-vozes do coletivo de trabalhadores. É aqui que se decidem as formas de luta, de pressão e até a greve. Esta dinâmica de base opõe-se a uma dinâmica sindical cupulista e dirigista, infelizmente tão frequente, onde os sindicalistas agem e decidem por sua conta. Os cupulistas e dirigistas negoceiam frequentemente sem consultar os trabalhadores. Por vezes reúnem com os trabalhadores para estes aprovarem as propostas que já levam na manga.

O sindicalismo de base não basista!

Porém, o sindicalismo de base não é um sindicalismo «basista», ou seja, que se esgota nos locais de trabalho, sem articulação com o todo da classe e a sua organização regional ou nacional. O sindicalismo de base procura a ligação e solidariedade entre os locais de trabalho e procura lutar pelos interesses e direitos da classe trabalhadora de forma autónoma. Defende as diferentes formas de organização e direção, quer seja local, regional, nacional ou internacional. Não confunde, porém o papel de cada instância organizativa e não permite que as cúpulas dirigentes respetivas decidam pelos trabalhadores.

O sindicalismo de base é também uma metodologia de fazer sindicalismo. É o caminho do futuro do sindicalismo. O mundo moderno exige um sindicalismo de base, que una os trabalhadores nos locais de trabalho e exprima os interesses destes independentemente das suas orientações políticas e religiosas. A democracia direta á a alma do sindicalismo de base. Todos decidem por igual. Os eleitos podem ser destituídos a qualquer momento pelo coletivo de trabalhadores!A BASE/FUT defende um sindicalismo de base!
INFORMAÇÃO LABORAL


ATELIER DE ESCRITA CRIATIVA NA MADEIRA!

Vai decorrer durante a semana de 08 a 12 de Junho 2015, um Atelier de Escrita Criativa - Intercâmbio Internacional, na Casa do Povo de Boaventura,(R. A. da Madeira) promovido por esta instituição, com o apoio da Câmara Municipal de S. Vicente e da Paróquia de Boaventura.

Este é o terceiro evento formativo naquela terra de um dos animadores deste evento, o sociólogo e militante da BASE-FUT, José Manuel Vieira. Christian Lefeuvre, do Culture et Liberté e António Ludovino, da Fundação João XXIII, são igualmente animadores do atelier que tem participantes do Continente e de França. Para além desta atividade, terá lugar a Feira das Sopas no fim de semana 13 e 14 de Junho, evento que é considerado um extraordinário cartaz gastronómico para a Madeira.

Christian Lefeuvre e José Manuel Vieira são os principais organizadores dos «Ateliers de escrita criativa» em Portugal como forma de animação e de expressão cultural. Os destinatários destes ateliers são fundamentalmente pessoas das classes trabalhadoras e populares que foram arredados da escrita muito cedo e pensam que não têm «jeito» para esta forma de expressão! 

PORTUGUESES EXPLORADOS!

Aliciados para ir para o burgo com promessas de altos salários, muitos trabalhadores da construção civil portugueses deparam-se no local com uma realidade bem diferente. Vencimentos de 7,5 euros à hora, apesar de trabalharem numa obra do Estado, quartos improvisados em garagens ou casas de banho que têm de servir para 22 operários. Com vergonha ou por falta de alternativas, vão ficando por lá até arranjar melhor. Mas não arranjam.  
 
Ontem, a aflição vivida pelos emigrantes voltou a ganhar fôlego, com a transmissão de uma reportagem televisiva por um canal luxemburguês sobre escravatura moderna dos portugueses, em que foram relatados muitos casos de trabalhadores explorados.  
 
José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, confirmou ao JN ter recebido queixas de trabalhadores com salários abaixo dos valores locais legais, mas afirmou desconhecer o caso concreto de portugueses explorados numa obra do Estado luxemburguês, denunciado na reportagem da RTL.  
 
Sindicatos denunciam!

O Sindicato da Construção já denunciou escravatura no Luxemburgo e na Bélgica. "Há situações catastróficas. Às pessoas vêm com contratos negociados em Portugal que não respeitam a legislação luxemburguesa, e quando pedimos informação dizem que descontam o alojamento, o material, tudo", alertou Albano Ribeiro que denunciou ainda haver trabalhadores "abandonados no Luxemburgo, porque os salários não são pagos, e as pessoas ficam sem dinheiro para voltar".  
 
O sindicato luxemburguês LCGB denunciou, também, situações de exploração de portugueses recrutados por empresas de construção em Portugal para trabalhar no Luxemburgo. Casos em que os expatriados trabalham sete dias por semana e com salários muito abaixo do mínimo luxemburguês  
 
A estação de televisão Luxemburguesa RTL emitiu, ontem à noite, uma grande reportagem sobre portugueses a trabalhar numa obra do Estado, nos caminhos de ferro, e onde recebem apenas 7,5 euros por hora. "Trata-se de escravatura moderna porque esses operários ganham apenas metade do que deveriam receber. São encaminhados para cá (Luxemburgo) para simplesmente serem explorados", adiantou ao JN, Deborah Ceccacci, uma das autoras da reportagem emitida pela RTL Télé Luxembourg. A mesma jornalista garantiu ter ficado surpreendida com o facto dos trabalhadores portugueses serem explorados precisamente por patrões portugueses. "Verificamos o caso de uma pequena empresa de construção que alojava os operários numa pequena divisão da própria casa com camas sobrepostas", explicou a jornalista. (Jornal de Notícias de Hoje)

BASE DO PORTO REÚNE MILITANTES!

No próximo dia 11 de junho, pelas 18,30 horas, a BASE-FUT do Porto reúne militantes, na sede regional, para debater situação social e política e preparar congresso nacional a ter lugar em maio de 2016.
O rumo a dar à BASE-FUT é a principal preocupação da Comissão Executiva Regional tendo em conta as dificuldades sentidas e os desafios que se apresentam para as organizações que são autónomas e independentes. 

ASSÉDIO NO TRABALHO EM PORTUGAL!


Mais de 850 mil pessoas já foram assediadas moralmente no emprego e cerca de 650 mil foram vítimas de assédio sexual, revela um estudo que mostra que as mulheres são as principais vítimas e os chefes os principais abusadores. 
Os dados resultam do projeto de pesquisa desenvolvido no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP). De acordo com os dados preliminares, resultado de 1.801 entrevistas, 16,5% da população activa em Portugal já sofreu, pelo menos uma vez, uma forma de assédio moral e 12,6% já terá sofrido assédio sexual. (Jornal de Negócios) .

UMA SINGULAR SINDICALISTA DE BASE!



Por Fernando Abreu

Ó povo dos pobres, povo discriminado,
que fazes aí, com ar tão parado,
O mundo dos homens tem que ser mudado,
levanta-te povo não fique parado.
(cântico da “Pirâmide” das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil)



MARIA DAS DORES LOPES, uma das mais extraordinárias militantes sindicais de base que me foi dado conhecer, faleceu a 21 de Abril de 2015.
Associada do Sindicato da Portaria e Vigilância do qual foi dirigente nacional após o derrube do fascismo, distinguiu-se, fundamentalmente, pelo seu empenhamento na ação sindical de base: consciencializando, mobilizando e organizando os trabalhadores do seu sector de atividade profissional nos seus locais de trabalho, o que lhe mereceu o reconhecimento expresso das suas companheira e companheiros de trabalho, bem como de muitos dirigentes do Movimento Sindical que, pela sua ação militante, valorizou e dignificou.
 Sob o fascismo, integrou a ação sindical do Movimento BASE, participou, após a libertação do país, no Plenário Nacional fundador da BASE-FRENTE UNITÁRIA DE TRABALHADORES e, conjuntamente com outros elementos e dirigentes, do seu sindicato, fez parte do Setor de Intervenção Sindical.
Não é, porém, essa sua ligação, que me dita a exaltação de tão singular sindicalista que, atreve-mo a afirmá-lo, merece ser recordada como figura notável do sindicalismo português.

O falecimento da Maria das Dores ocorreu numa fase histórica de crise do sindicalismo nacional e internacional, propícia a que a maioria dos investigadores, analistas e comentadores, sem, nunca ou só muito raramente, referirem as razões externas que condicionam o exercício da atividade sindical nas empresas e a nível nacional e internacional, se empenhem em dar especial destaque, por vezes com mal disfarçado regozijo, à crescente diminuição da taxa de sindicalização e à significativa perda de influência dos sindicatos.Ver texto completo no blogue «Memórias para o futuro»