ANT0NI0 JOSE COSTA SANT0S-um homem, digno filho da classe operária!




  0 Tó ZÉ como lhe chamam os amigos é um sindicalista que se inscreve na corrente da autonomia sindical e da autogestão!Viveu uma experiência histórica da Revolução dos Cravos a autogestão na Penteadora, uma fábrica no interior do país, numa região cheia de história nas lutas dos trabalhadores portugueses.É fundador e militante da BASE-FUT e um elemento ativo do associativismo cultural e desportivo!

  Natural de S. Romão, Seia, onde nasceu em 1941, de pai electricista e mãe doméstica. No início dos anos 40 é construída a conhecida “Barragem do Padre Alfredo” (nome do padre e principal empreendedor que alguns anos antes tinha já construído a Penteadora de Unhais da Serra) e o pai do Tó Zé é convidado para trabalhar no conjunto das centrais hidroeléctricas da fábrica, no vale glaciar do Alforfa. Com a mudança de residência dos pais, vai para Unhais da Serra (Covilhã), a partir de 1943.
            Com o sexto ano de escolaridade, entrou na Penteadora - Fábrica de Lanifícios de Unhais da Serra – onde aprendeu com o pai a ser Electricista, profissão que manteve durante 40 anos, até se reformar.

            Desde sempre, já como adolescente, se sentiu e actuou como militante cristão na JOC- Juventude Operária Católica e foi dirigente local. No dia em se casou recebeu o cartão da LOC e passou a fazer da Liga Operária Católica. -“Lembro-me do José Dias, dirigente livre da JOC, do João Gomes, secretário-geral do JOC, como dirigentes que me acompanharam”.

            Depois passou a pertencer ao Centro de Cultura Operária quando os movimentos operários da Acção Católica criaram o CCO, teve ligação aos cristãos progressistas, como o GEDOC e o “Tempo e o Modo”, e foi fundador da BASE-FUT, uma vez que participou no encontro nacional, em Novembro de 1974, na Costa da Caparica, quando a Organização se constituiu. Continua a participar na Base-Frente Unitária de Trabalhadores e no CFTL.Ver texto na integra

          

A MUDANÇA, A INOVAÇÃO E O TRABALHO NO FUTURO!


Estamos a assistir a inovadoras transformações no mundo, quando cada vez mais nos aproximamos da 4ª. Revolução Digital de consequências radicais que traz consigo um elevado preço para muitos milhões de trabalhadores e para o futuro do coletivo como o conhecemos até hoje.
O que está a mudar? A maioria do chamado mercado de trabalho que sofre a maior desestruturação e transformação dos últimos séculos. Muitos sinais desta mudança ainda não se conhece até onde irão, mas já se sentem muitos efeitos com o aproximar do fim de muitas antigas profissões, que vão mesmo  reduzir e desaparecer sectores inteiros de atividades.

Novas tecnologias e formas de gestão mais eficientes apoiadas em inovações reduzem as necessidades do trabalho humano substituindo-as por inovações tecnológicas que visam sempre uma maior rentabilidade e competitividade de difícil alcance para muitos trabalhadores.
Esta nova situação e realidade  coloca grandes desafios a que urge encontrar em tempo útil respostas eficazes ao desaparecimento dos empregos tradicionais. Estamos perante uma nova realidade que suscita muitas incertezas e preocupações, nomeadamente: - que novas profissões e como mudar reciclando trabalhadores já em fase de idade adiantada? Para um futuro melhor é urgente fazer opções nas áreas em que haverá mais possibilidades de emprego. Quais são elas? Como respeitar o direito ao trabalho digno para todos?

Abordar este tema impõe muitas outras interrogações que seguiremos com outros pequenos escritos. Estamos mesmo perante o maior desafio deste século que nos obriga a pensar e a participar, evoluindo para a verdadeira cidadania onde o trabalho  terá uma palavra. Haverá muitas possibilidades a que urge descobrir e inventar com novas forma de subsistência e aprendermos a sobreviver dignamente com as novas tecnologias e respeitar os direitos dos cidadãos a se realizarem enquanto profissionais e familiarmente.

João Lourenço  sindicalista



MANTER A ESPERANÇA E RECUPERAR DIREIT0S!



No passado dia 15 de Outubro reuniu a A CAT- Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-FUT em Coimbra, no Centro de Formação e Tempos Livres para debater a situação social e política e definir um programa de trabalho para 2017.
Muitos portugueses – e em particular aqueles que foram atingidos pelo desemprego, estão ainda a passar por grandes dificuldades nas suas vidas. Apesar disso, constatamos que valeu a pena a experiência inédita que os partidos de esquerda - PS,PCP, BE e Verdes- encetaram acerca de um ano através de acordos parlamentares para impedirem que a coligação PSD/CDS continuasse no poder.Ver documento na íntegra

ENC0NTR0 EM LISBOA PARA PREPARAR O AN0 de 2017

A BASE-FUT de Lisboa promove no próximo sábado,29 de outubro, na sede nacional um convívio com almoço comum para preparar o plano de ação para 2017. Preparar atividades dirigidas ás pessoas reformadas e aos militantes ativos é o grande desafio ,dado que os horários de trabalho e os transportes criam dificuldades acrescidas para as pessoas se deslocarem. Tertúlias, encontros de debate e passeios culturais são algumas das atividades previstas.0bjetivos políticos são a luta pelo trabalho digno com uma reforma digna, defesa dos serviços públicos, em particular do Serviço Nacional de Saúde e escola pública.Manuela Varela, Coordenadora Regional, irá auscultar os participantes no encontro para que estes possam expressar a sua vontade!

O JOGO DOS ESPELHOS OU A CORRUPÇÃO DOS CONCEITOS PELA CLASSE DOMINANTE!


Uma das mistificações da propaganda da classe dominante, porventura a mais poderosa, é a sua capacidade em corromper a força dos conceitos, subvertendo-os ou fazendo uma construção ideológica que lhe convém.
Está neste caso a utilização do conceito do “liberalismo” no actual movimento de globalização do mercado e a liberalização de circulação de capitais. A isto chamam de “neo-liberalismo”. E mesmo nós embarcamos na conversa.

Há uma enorme diferença entre o liberalismo e o neoliberalismo.
O liberalismo teve como objectivo “Demolir o sistema das comunidades de oficio e abolir todas as regulamentações proteccionistas que impedem a livre circulação dos trabalhadores e, pelo mesmo ato, assegurar a liberalização da economia…” (Castel,1995)

O neo-liberalismo foi o movimento político que conseguiu a liberalização de circulação do capital, libertando-o da regulação dos governos nacionais dos países onde sacam os seus lucros.
Com claridade podemos dizer que o liberalismo libertou os trabalhadores de um sistema ainda feudal, muito embora fosse uma política que favorecia a revolução industrial e o florescimento do capitalismo.
O neo-liberalismo libertou o capital das normas e regras dos governos nacionais, aproveitando a globalização e a revolução tecnológica.

Esta revolução permitiu a metamorfose do capitalismo para o “clonismo financeiro”. O capital já não precisa da economia para se reproduzir e acumular lucros. Reproduz-se a si próprio, com a invenção dos chamados produtos e veículos financeiros e outras artimanhas, camuflando-se nas redes virtuais a que chamaram “offshore”. Na actualidade mentêm-se os dois sistemas, mas é notório que quem domina é já o sistema emergente: “o clonismo financeiro”.

20/10/2016

José Ricardo

PRECARIEDADE E AÇÃO SINDICAL!

Segundo alguns dados vindos a público cerca de oitenta por cento dos novos contratos de trabalho
são precários em Portugal! Num recente «post» aqui neste blogue o Pedro Estevão, investigador do ISCTE, escreveu num excelente artigo que as relações de trabalho permanentes não existiram sempre mas apenas num período de 40 a 50 anos do século passado. Ou seja, o capitalismo no seu desenvolvimento teve um período que, por razões próprias e de geopolítica (guerra fria)estabeleceu relações de trabalho mais ou menos estáveis em algumas regiões do globo!
A partir da década de oitenta do século XX as relações de trabalho começaram a mudar e a tornarem-se mais flexíveis graças às facilidades das novas tecnologias de informação e robotização, às novas formas de gestão e de produção e ao triunfo do capitalismo global com a queda do muro de Berlim. Alguns autores defendem que a flexibilidade total de vínculos no trabalho, de funções e horários será o ideal deste novo (velho) capitalismo. Neste quadro colocam-se vários problemas para o sindicalismo que cresceu e amadureceu num tempo de relações laborais estáveis! O sindicalismo organiza-se a partir dos locais de trabalho, com eleição de delegados sindicais, num dado quadro legal, com direitos e deveres para os trabalhadores e para as entidades patronais. O delegado sindical está protegido pela lei nomeadamente quanto ao seu despedimento!
Todavia, em locais de trabalho onde a precariedade é dominante a atividade sindical é muito difícil na prática pois a cultura das empresas, nomeadamente dos recursos humanos, é altamente anti sindical. A cultura anti sindical está inclusive a crescer nos serviços públicos portugueses. A relação de forças é mais desfavorável aos trabalhadores!Os trabalhadores precários que exercerem atividade sindical estão, em geral, mais a prazo do que os outros.Isto já acontece de modo particular nos call centers, a nova indústria onde trabalham já centenas de milhares de trabalhadores em situações semelhantes aos antigos proletários! Mas também na hotelaria e restauração, agricultura, nas grandes superfícies na investigação e ciência! Na área do turismo é a selva, em particular nas empresas de autocarros turísticos e tuks tuks! Nem contratos existem! É a «praça da jorna»!
Ora, a precariedade, ao tornar-se a situação normal nas relações laborais, exige que a organização sindical encontre soluções novas para situações novas.O sindicalismo deve ir para além dos locais de trabalho e ser também territorial, com atividades sindicais exteriores de denuncia, informação dos trabalhadores e eleição exterior e clandestina de delegados, se necessário. As uniões sindicais teriam aqui um papel particularmente estratégico!Seria importante que as maiores centrais sindicais , a CGTP e UGT, criassem listas públicas de empresas onde existem práticas anti sindicais, nomeadamente o despedimento de trabalhadores por exercerem ação sindical. Tais empresas não poderiam aceder aos subsídios estatais e fundos comunitários. O consumidor tem que ser agregado á luta sindical. Deve saber que ao querer a baixa constante de preços está a contribuir para a baixa constante dos seus salários também! A aliança dos sindicato com as outras organizações profissionais e plataformas com os mesmos objetivos deve ser consolidada. O sindicato não se deve sentir autossuficiente, deve promover alianças. A proteção do delegado sindical que fosse trabalhador precário deveria ser reforçada, nomeadamente contra o despedimento.
A Comissão para os Assuntos do Trabalho -CAT da BASE da Grande Lisboa definiu como prioridades de trabalho o estudo das consequências  da precariedade, a luta contra a mesma e a ação sindical neste quadro. Tal objetivo foi recentemente assumido pela CAT de outras regiões nomeadamente no Porto e Marinha Grande. Vamos assim debater estas questões entre nós e com outras pessoas que estejam na mesma luta.Sabemos que está na forja legislação sobre esta matéria! É urgente reforçar a nossa ação!

António Brandão Guedes

HOMENAGEM A VITÓRIA PINHEIRO! SEMPRE NOS NOSSOS CORAÇÕES!

Os Coordenadores Nacionais da BASE-FUT, LOC/MTC e JOC, respetivamente Antonina Rodrigues , José Paixão e Lisandra Rodrigues assinaram uma convocatória para a realização no sábado , 22 de outubro, em Lisboa, de uma HOMENAGEM à conhecida militante social, falecida no passado verão, Vitória Pinheiro.
A Homenagem está a ser preparada pelas três organizações num ato inédito de cooperação e está aberta á participação de todos os que conheceram e trabalharam com esta mulher extraordinária, bem como a outros amigos que queiram estar presentes.
Como a Vitória foi uma militante dos movimentos católicos, chegando a ser Presidente da JOC e da LOC, no centro desta homenagem vai estar a celebração de uma eucaristia presidida pelo Padre Jardim Gonçalves, amigo da homenageada e assessor daqueles movimentos na década de setenta do seculo XX.
A Vitória Pinheiro, depois de estar a trabalhar em Bruxelas nos movimentos internacionais de trabalhadores cristãos, foi durante vários anos dirigente da BASE-FUT continuando a ser uma referencia especial de empenhamento, seriedade e de solidariedade para todos os novos militantes .
Ao nível sindical foi das primeiras mulheres que, ainda na ditadura, animou a organização do sindicatos das telefonistas e correios. Coragem não lhe faltou! A classe considera-a fundadora das sua organização .Bem hajas Vitória e até sempre!

BASE PARTICIPA EM DEBATE INTERNACIONAL SOBRE A FAMÍLIA!

A BASE-F.U.T participou no Seminário internacional organizado pela Liga Operária Católica / Movimento dos Trabalhadores Cristãos de 6 a 9 de outubro em Pombal. O encontro tinha por tema a “Familía e instabilidade social” e permitiu refletir sobre as dificuldades que enfrentam as familias com a falta de condições económicas, o desemprego, a falta de oportunidade de jovens e as migrações. O Seminário juntou várias organizações nacionais – LOC/MTC, Juventude Operária Católica, Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças, Pastoral Operária, Comissão Nacional Justiça e Paz, FIDESTRA, BASE-F.U.T. – e internacionais – Fundación Humanismo y Democracia e Acion Catolica Obrera de Espanha; Katholische Arbeitnehmer-Bewegung de Alemanha e Movimento dos Trabalhadores Cristãos da Europa.
 
Este seminário juntou cerca de 50 participantes e teve comunicações de Lisandra Rodrigues (JOC), do Padre Felipe García Mateos (Espanha) e de Manuel Carvalho da Silva (CES). Uma mesa redonda permitiou partilhar informações sobre a situação das familías em Portugal, Espanha e Alemanha, no atual contexto de crise. O seminário foi um espaço importante de intercâmbio e de reflexão sobre as potencialidades e as dificuldades que afetam as familías na Europa. As conclusões do seminário apontam para a centralidade das familías como celúla de base da solidariedade e para a necessidade de políticas públicas para as apoiar. 
 O seminário teve o apoio da Comissão Europeia e da rede  EZA-Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores representado nesta iniciativa por João Paulo Branco, Presidente da BASE-FUT e membro da Administração daquela rede europeia de formação de trabalhadores.
Pierre Marie

SITUAÇÃO LABORAL SOCIAL E SINDICAL! NÃO PODEMOS PARAR!

A CAT- Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-FUT vai reunir no próximo sábado ,dia
15 de outubro, em Coimbra .Refletir sobre a situação social e sindical do nosso País e da Europa é um dos principais pontos da ordem de trabalhos.
Outro ponto será pensar as principais prioridades de ação para 2017, dado que a mobilização dos trabalhadores contra as políticas de austeridade, pelo emprego estável e os direitos sociais é a grande causa de momento tanto em Portugal como na União Europeia!
Os elementos da CAT informarão sobre as diversas ações em curso, nomeadamente o desenvolvimento da ação sindical  nos locais de trabalho e as ações de formação e informação a desenvolver nas regiões, se possível em parceria com outras associações e entidades do mundo do trabalho.
Na CAT participam militantes da BASE-FUT e outros trabalhadores que não estão filiados nesta Organização mas são ativistas na defesa dos direitos dos trabalhadores!
Se pretendes trabalhar nesta Comissão liga para o telm 933 241 539 (António Brandão Guedes) ou nacional@basefut.pt

APR0FUNDAR PARA AGIR E PREPARAR 0 FUTUR0!



 Por João Lourenço
Em Maio 2016 no XVI Congresso da Base-F.U.T. Iniciou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo o aprofundamento do tema «Olhar Para o Futuro: Uma Nova Sociedade Sustentada» que nos preocupa porque temos a plena consciência da transformação e das mudanças que esta nos traz. Certamente que nós e os nossos descendentes seremos atingidos no resto das nossas vidas.
Refletir, desenvolver e aprofundar o que vem aí, passa pela informação e pelo conhecimento, assim como o acompanhar das situações de toda a evolução e inovação. O desenvolvimento e o poder da tecnologia como a internet, está a impulsionar grandes transformações sociais, culturais, politicas e económicas e a trazer potencialidades humanas nunca antes existentes. Muitos cidadãos têm esperança e outros compreensivelmente têm medo deste futuro. Estamos perante uma revolução tecnológica trazida pelo conhecimento e saberes que ainda não chegou a todos. O desenvolvimento das energias elétricas renováveis, da robótica e dos automatismos como da “inteligência artificial ” dará qualidade de vida mas amedronta com a libertação do ser humano perante o trabalho.    
Esta nova realidade mostra-se inevitável, podemos mesmo compará-la com o início da era industrial do século XIX. A sua inovação é revolucionária, procurar ignorá-la ou mesmo tentar escondê-la como se não existisse significa que não haverá outro futuro a não ser aquele em que vivemos, mas isso já não é possível. Pelo contrário estar atento no que está a acontecer e a mudar profundamente vai dar-nos novas oportunidades e um desenvolvimento mais sustentado e humanizado.
Este post inicia o aprofundamento e a discussão deste tema de uma forma regular, contamos para isso com o vosso contributo criticando e contribuindo com ideias e noticias.

João Lourenço é sindicalista e militante da BASE-FUT

O «J0»,UM JORNAL HISTÓRIC0 DOS J0VENS TRABALHADORES CRISTÃOS!

Por Catarina Mendes
            “A JOC – Juventude Operária Católica - é um Movimento de jovens, pelos jovens e para os jovens.” É esta a frase que melhor sintetiza o movimento jocista.
            A nossa missão, enquanto JOC, centra-se na vontade de chegar a cada vez mais jovens e de transmitir esta esperança e vontade de construção de um mundo melhor, dando continuidade ao trabalho e serviço de Jesus Cristo. A necessidade de tornar os jovens protagonistas, que crescem em compromisso e responsabilidade, conduz à vontade de oferecer um caminho de preparação para o mundo do trabalho, através do conhecimento dos direitos e deveres enquanto trabalhadores, lutando por melhores condições de trabalho e identificando as necessidades de ação (Comunicado da Equipa Nacional da Juventude Operária Católica, 2015). Mas então, como podemos chegar a mais jovens? É neste processo que o papel da revista do nosso movimento, a JO, é tão importante. É através dela que fazemos chegar a nossa mensagem a outros jovens, que não fazem parte do movimento.VER