TRIBUTO A IVONE CHINITA!

Por iniciativa de Núcleo de Grândola da Associação Jose Afonso vai ter lugar no próximo dia 8 de Junho, naquela Vila simbólica do Alentejo um Tributo à poetisa e militante da BASE-FUT Ivone Chinita.
 Ivone Chinita nascida em 1943 em Grândola era agente de educação e economia familiar, escritora e poeta, açoriana de afeição, pois viveu e trabalhou em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, tendo regressado ao Continente oito anos antes da sua trágica morte por acidente de viação no sul de Espanha conjuntamente com o seu marido, o escritor J.H. Santos Barros. 
A Homenagem que agora lhe vão prestar, pelas 16 horas, no Cine Teatro Grandolense, inclui depoimentos de Cesário Borga, José Horta e António Chainho e um concerto com a participação de Vítor sarmento, Alexandre Dale e Grupo Coral Coop. 

S. MATEUS, POR EXEMPLO *

fica tranquila, direi o que quero daí neste natal,
tranquiliza-te, um saco de plástico purificado cheio de mar, um copo de vinho,
 um cesto de lapas, um pouco de tabaco, um postal ilustrado
neste natal, direi o que quero
 um chá quente em barro da lagoa um copo de vinho, dois copos de vinho de cheiro, umas favas de molho, uma vaca a abanar o rabo em pasto verde,
 o céu cinzento 38° de humidade relativa que me façam vomitar cinco anos de angústia fica tranquila, neste natalvais enviar-nos a ilha ou S. Mateus, por exemplo

 Ivone Chinita  em Outra versão da Casa, Edições BASE, Lisboa, 1980.

BASE DO NORTE DEBATE NATALIDADE E FUTURO!

BASE-FUT do Norte vai realizar no próximo dia 31 de maio pelas 15 horas, na sede regional, um debate sobre «Natalidade e sustentabilidade: dilemas e problemas contemporâneos».
O evento será animado por Laura Fonseca, Professora e investigadora da área da sociologia da educação. Os organizadores querem debater as causas e consequências desta situação que tem várias implicações, nomeadamente na segurança social, no trabalho digno e na economia.
A sede regional da Base fica na Rua Passos Manuel, 209-1º na cidade do Porto. A participação no debate é livre não sujeito a inscrição.

TRABALHADORES CRISTÃOS QUEREM UMA EUROPA MELHOR!

Extrato do Comunicado sobre as eleições europeias do Movimento dos Trabalhadores Cristãos Europeus«...A crise que vem reinando desde há vários anos, e que começou como uma crise financeira e continuou com a crise da dívida, levou-nos a uma notável perda de confiança na política europeia, o que afeta em grande parte o próprio projeto europeu. O desemprego, a precariedade laboral e os baixos salários representam um grande desafio. O desemprego jovem, sobretudo nos países mais afetados pela crise, alcançou proporções dramáticas.
Como efeito da crise nota-se um aumento da desintegração social. A desigualdade social entre os países membros, e no interior deles, está a crescer. É escandaloso que os ricos sejam os beneficiados da crise e se tornem ainda mais ricos, enquanto os pobres são cada vez mais numerosos. Daí que o MTCE veja a necessidade urgente de um agir mais orientado a criar uma Europa social justa, fiável, convincente e humanitária, a fim de assegurar, desta foma, os valores básicos da União Europeia e construir o futuro da Europa. Só uma Europa social justa conseguirá a aceitação e aprovação, assim como o sentido de pertença dos trabalhadores e trabalhadoras no seio da Europa.
No MTCE estamos convencidos de que se quisermos dar à globalização um rosto humano temos que fazer da Europa um modelo de justiça social. A Europa do futuro deve ser distinta, nova, uma outra Europa, uma Europa que implemente na prática um modelo social europeu. No processo de integração social na Europa, o MTCE mantém firmemente a prioridade do trabalho sobre o capital (Conf. Laborem Exercens nº 12 - João Paulo II). Na Europa encontramo-nos hoje numa encruzilhada. Devemos optar por uma mudança de paradigma. As eleições europeias devem ser instrumento de apoio para conseguir que o modelo social europeu faça caminho....»

BASE-FUT QUER OUTRA EUROPA!

Após debate na Comissão para os Assuntos do Trabalho (CAT) a BASE-FUT divulga manifesto sobre a Europa do qual publicamos apenas uma parte dada a sua extensão.
 «Nós, trabalhadores e militantes da BASE queremos uma outra Europa. Uma Europa que seja um espaço de paz, democracia e de bem -estar como foi apregoado e de algum modo conseguido, durante décadas. Foi nessa Europa, de harmonização no progresso, democrática e de justiça social que os povos do continente europeu aderiram de forma expressiva e voluntária.
 Nos últimos anos, porém, a União Europeia acentuou a desigualdade social, a concentração da riqueza em poucas pessoas e o desemprego crónico, justificando estas duras realidades com teorias, estatísticas, números, ameaças e chantagens. Aproveitando a crise provocada pelo capital financeiro, a União Europeia impôs a austeridade como projeto europeu e um pesado jugo aos gregos, irlandeses e portugueses. 
O diálogo social, considerado durante décadas, um pilar do modelo social europeu, tornou-se numa triste caricatura na maioria dos países, perante os constantes protestos da Confederação Europeia de Sindicatos. Dando plenos poderes à Troika constituída por técnicos mandatados pelo FMI e, paradoxalmente, por instituições da União Europeia os nossos povos provaram o vinagre da austeridade em todo o seu esplendor com cortes duríssimos nos salários e pensões, desemprego histórico e desmantelamentos dos serviços públicos, atirando com milhões de pessoas para a pobreza e mendicidade! 
Nos últimos anos o projeto social europeu esfumou-se nestes países, a desigualdade entre ricos e pobres acentuou-se e a pobreza alastrou de forma dramática. Com a austeridade ocorreu de forma clara um empobrecimento dos mais pobres com transferência de riqueza para os mais ricos. Estamos a regredir na saúde e na educação, reforçou-se a rede assistencialista em contraponto com erosão do estado social e vemos os nossos filhos, formados com o nosso dinheiro, abandonar o país para procurar um futuro melhor e autónomo.
 No mundo do trabalho as alterações legais são constantes e arbitrárias tendo como grandes objetivos a desvalorização do trabalho, a precarização, a transferência de rendimento do trabalho para o capital, enfim, a sobre exploração dos trabalhadores em nome da competitividade das empresas....»
 Mais adiante o documento apela a uma posição sobre o próximo ato eleitoral ...«Perante este cenário não é de estranhar que a maioria dos cidadãos europeus esteja zangada com a Europa e exista a possibilidade, bem real, de uma larga abstenção no próximo ato eleitoral para o PE a realizar a 25 de maio! Todavia, nós apelamos ao voto empenhado nestas eleições tendo principalmente dois objetivos claros: mostrar um cartão vermelho às políticas deste governo e afirmar a importância de uma outra Europa de paz, democrática, de justiça social e de solidariedade...»

OFICINA DE ESCRITA CRIATIVA!

A OFICINA DE ESCRITA – Realização de Junho de 2014 • Realiza-se em duas tardes – dia 3 e 5 de Junho, das 15 às 18,30 h. • Os Participantes são livres de escrever no grupo, ao seu ritmo, em sessões interactivas, • Com temas intervalados com leituras sugestivas e leituras espontâneas. 
• A Oficina decorre na BASE -FUT, na Rua Maria, 15, em Lisboa (Metro do Intendente). • Participação sugerida: 5. € por participante; •
Participantes - Animadores sócio culturais, voluntários, sindicalistas, trabalhadores.
 • José Vieira - Animador de Oficinas de Escrita Criativa 

  “Não há escrita sem leitura, nem leitura sem escrita”. O prazer de escrever remete-nos para o campo das motivações de cada um de nós, para a criatividade e a imaginação, para ter um novo posicionamento na vida. O prazer de escrever acontece livremente e é facilitado pela dinâmica dos grupos, sempre acompanhada pela pedagogia de um animador. Escrever é algo de muito pessoal, íntimo, não traduzível por palavras ditas, mas escritas. A Oficina de Sensibilização à Escrita Criativa - aprendizagem de animação, visa: Sensibilizar os Participantes para o prazer de escrever, utilizando técnicas e instrumentos pedagógicos interactivos, adequados ao tempo presente.

ECONOMIA COOPERATIVA EM DEBATE!


Quarta-feira, 28 de maio, 
21:15 DO COOPERATIVISMO À ECONOMIA ALTERNATIVA E ECOLÓGICA | ANTÓNIO SÉRGIO E O COOPERATIVISMO 

Tertúlia/debate organizado conjuntamente pela Campo Aberto - associação de defesa do ambiente e pela Cooperativa dos Pedreiros Inscrição livre e gratuita até sexta 22 de maio para: tertuliasca@gmail.com, indicando nome, email e telefone de cada pessoa a inscrever Local: Cooperativa dos Pedreiros, Rua D. João IV, n.º 1000, Porto (entrando, procure a Biblioteca da Escola Profissional de Economia Social Academia José Moreira da Silva)
 António Sérgio e o Cooperativismo Apresentação pelo Prof. Joâo Miguel Gonçalves seguida de debate sobre economia cooperativa, alternativa, ecológica, social, solidária, sustentável .
Hoje a economia é apresentada e exaltada quase sempre como uma luta de todos contra todos eufemisticamente por vezes designada como «competitividade». Nesta tertúlia, que parte da apresentação do tema «António Sérgio e o Cooperativismo», procura-se propor e debater alternativas com base numa diferente perspetiva da economia.
 A tertúlia será aberta pelo Gestor da Cooperativa dos Pedreiros, Diretor Pedagógico da Escola Profissional de Economia Social Academia José Moreira da Silva e Presidente da Uninorte - União Cooperativa Polivalente do Norte, Dr. Fernando Martinho.
 A seguir à apresentação pelo Professor José Miguel Gonçalves, serão feitas algumas curtas intervenções, após o que o debate se generalizará aos presentes:
- Fernando Martinho: as relações de trabalho nas cooperativas - Sara Silva e Cristiana Pires: o movimento ecosol no Porto, económico, alternativo e solidário
 - Rita Nóbrega e Calu, do projeto ComUnidade: uma economia da dádiva e da cooperação
- José Ferraz Alves (economista): para um Banco Social - Pedro Jorge Pereira: do movimento Trocal à economia alternativa

EMPREGO JOVEM-Campanha da JOC!

As estatísticas que nos vão sendo apresentadas não deixam margens para dúvidas: o cenário é negro. A taxa de desemprego em Portugal alcançou um máximo histórico em 2013.
Segundo os últimos dados divulgados pelo Eurostat, esta taxa situava-se em dezembro de 2013 nos 15,4%. Já a taxa de desemprego jovem, apesar de ter diminuído um pouco, atinge ainda os inacreditáveis 36,3%. É por tudo isto que a JOC (Juventude Operária Católica), enquanto movimento educativo e de ação não pode ficar de braços cruzados.
Assim, inquietos com esta realidade e preocupados com o elevadíssimo número de jovens desempregados, decidimos não ficar como simples espectadores. Estamos empenhados em conhecer a fundo a realidade e em intervir e transformar de forma organizada.ver

SINDICATOS EM CONGRESSO MUNDIAL!

De 18 a 23 deste mês de maio, e sob o lema do reforço do poder dos trabalhadores, vai ter lugar em Berlim o 3º Congresso da Confederação Sindical Internacional (CSI) com a participação de mais de 1500 sindicalistas de todo o mundo. 
A CSI é a maior organização social do globo, congregando mais de 300 centrais sindicais de todos os continentes. As centrais portuguesas também participarão embora com estatutos diferentes já que apenas a UGT aderiu a esta central mundial. A CGTP, também convidada, estará com uma pequena delegação de quatro sindicalistas. Como foi público na altura, após um intenso debate por altura da constituição da CSI, a CGTP decidiu não aderir por enquanto a esta confederação internacional mantendo a sua filiação apenas na Confederação Europeia de Sindicatos. A corrente comunista na CGTP é a grande opositora a uma possível adesão da central portuguesa. Os sindicalistas da BASE-FUT sempre defenderam a adesão da CGTP à CSI desde a fundação desta, dado que consideram essencial a unidade dos trabalhadores desde a base ao topo mundial numa altura em que a relação de forças é desfavorável aos trabalhadores e suas organizações. A CSI , nascida a partir de duas centrais mundiais a CISL e a CMT, tem mantido uma dinâmica muito reduzida a nível mundial sofrendo, ainda mais do que a CES, das contradições ideológicas, culturais e políticas que atravessam as centrais sindicais aderentes. A CSI está presente nas grandes organizações mundiais como a OIT e ONU e é ouvida frequentemente nas cimeiras económicas mundiais.

COMO VÃO AS LUTAS SOCIAIS?

A Comissão para os Assuntos do Trabalho (CAT) da BASE-FUT reúne no próximo dia 17, em Coimbra, para avaliação da situação social e sindical nacional e internacional. A situação nos locais de trabalho e a formação sindical dos trabalhadores são os principais pontos da agenda de trabalhos.
 Entre as várias preocupações nas lutas sociais contam-se as posições da UGT e CGTP face a este governo e ao seu programa de continuação das políticas laborais e sociais que resultam em flexibilização e empobrecimento da maioria do povo português, em especial dos trabalhadores no ativo e dos trabalhadores reformados. A CAT é composta por trabalhadores do setor privado e público , no ativo e reformados, oriundos de diversas regiões do país.

RESISTÊNCIA À DITADURA (II)

«Faltava cerca de mês e meio para o 25 de Abril de 1974. O último acto da presença ameaçadora da PIDE havia de acontecer a pouca distância deste local (GER Campos Melo) onde hoje evocamos os 40 Anos do 25 de Abril e lembramos testemunhos de resistência à ditadura do regime de Salazar e Marcelo Caetano.
 Foi ali ao cimo da Avenida de Santarém, na conhecida oficina do “Zé Gouveia”, onde trabalhava como carpinteiro e foi testemunha desse dia o colega de trabalho António Pombo que por sinal morava aqui bem perto (e acabou por ser companheiro nas primeiras eleições livre do Sindicato da Construção Civil). Quando menos esperava entra na oficina um polícia, pergunta por mim e vai de fazer interrogatório: o que é que eu fazia, o que deixava de fazer, onde residia...e até o nome dos pais e dos avós... Não é que me metesse medo. Eu que já tinha feito a guerra colonial, não era isso que me ameaçava... Mas revela como os cidadãos mais activos eram controlados e ameaçados. A PIDE há muito tempo sabia quem era o militante cristão que, na Covilhã, estava próximo do Padre Fernando Brito e tinha sido dirigente nacional da JOC – Juventude Operária Católica. Saberia com certeza que participava em acções de formação sindical, cívica e política organizadas pelo Centro de Cultura Operária e na distribuição clandestina de livros e outras publicações das “Edições Base”.
A PIDE sabia que eu tinha estado algum tempo a trabalhar no jornal “República” e no “Jornal do Fundão”. Em 1974 tinha passado uma década desde o meu primeiro “embate” com a chamada Polícia Política Defesa do Estado. Era eu então um jovem com 17 anos de idade mas ia já tendo alguma consciência política graças à “escola” da JOC. Foi em Gouveia (concelho de onde sou natural) nas obras de ampliação da fábrica têxtil “OS BELINOS”. Eu e a maior parte dos operários da obra protestávamos por nos obrigarem a comer com a marmita nos joelhos à beira da estrada. Exigíamos explicações antes de retomar o trabalho à 1h hora da tarde. E então o que é que aconteceu? Foi que, em vez de explicações, vieram os tipos da PIDE e foi um longo interrogatório – um por um... E no fim a sentença ameaçadora do chefe dos Pides: -”As coisas iam ficar assim porque não consideravam uma greve... se fosse uma greve iam todos presos porque Salazar não quer greves”!
 Fui daqueles que foi tendo sorte por não ter sido preso. O facto de ser militante católico parece que tinha alguma “atenuante”... E talvez por isso, não chegaram a levar-me para a prisão em Seia, no mês de Maio de 1972. Era então dirigente nacional da JOC. Aconteceu em Seia à porta da FISEL. Eram 3 horas da tarde e eu distribuía informações e vendia o jornal “Juventude Operária” aos trabalhadores de lanifícios que entravam e saíam no turno da tarde. Aparece a GNR e leva-me para o Posto onde me detêm duas horas. Interrogatórios, ameaças veladas... e por fim a confirmação do que já suspeitava. Eram ordens da PIDE da Guarda que controlava quase tudo e até as minhas viagens de lambreta entre a Beira Alta e a Beira Baixa. E ficamos por aqui.
Que todos os nossos testemunhos, hoje aqui presentes, possam contribuir para que a memória não se perca e também possam inspirar alertas para o futuro. »

José Manuel Figueiredo Duarte, 67 anos de idade Militante e dirigente da LOC/ Movimento de Trabalhadores Cristãos e da Base – Frente Unitária de Trabalhadores Covilhã, Abril de 2014

UMA VIDA DEDICADA À EMANCIPAÇÃO DOS TRABALHADORES!

A acção militante e comprometida da Mila Reis começou cedo, aos 14 anos. Nascida em 1940, em Santo Tirso, em tempo da guerra, viveu numa família em que não lhe era estranha a fome e a repressão. Entrou para a JOCF em 1954, e logo na década de 60 assistiu ao reforço do sector têxtil, a única indústria que se implantou na Zona. Muito cedo, em conjunto com a JOC feminina, aprendeu a fazer RVO - revisão de vida operária - e a assumir compromissos de acção.
 A ida para a fábrica, em 1964, já foi um compromisso que fez com o grupo de base, da JOCF. Reuniam às 6,30h da manhã, para dar tempo de entrar na Fábrica às 8h da manhã. Foi nessa altura que descobriu o que era se explorado. o que era ser humilhado, e o que era ser mandado sem ter direito a opinião. Por compromisso na acção, o seu grande trabalho foi formar grupos que depois se deslocavam ao sindicato para saber dos seus direitos. Nunca mais deixou de ser militante e foi tomando consciência cada vez mais alargada de que para além da exploração havia a repressão, o fascismo. 
Participou em várias reuniões clandestinas e acompanhou a luta dos estudantes em Coimbra, a luta das Bancários, a campanha de Humberto Delgado, fazendo parte da multidão que o esperava na estação de S. Bento, no Porto. Desde sempre ligada á BASE-FUT Maria Emília representou esta Organização a nível nacional e internacional e pode ser considerada como uma das líderes sindicais que mais simboliza um sindicalismo de base, autónomo e de classe! 
O seu forte não eram as teorias mas sim as práticas e a ligação permanente aos trabalhadores.Estas suas carateristicas tornaram-na respeitada e admirada na CGTP. A sua análise partia sempre do real, das lutas concretas, procurando soluções para os problemas que a classe enfrentava. Autodidata e combativa, recordava os militantes do sindicalismo revolucionário da 1ª República. 
Agora, na passagem para o outro lado, recordamos a sua vida cheia de luta e de compromisso pela causa da libertação dos trabalhadores, em que a esperança foi sempre uma luz e fonte de energia que perdura. 

(texto elaborado por Avelino Pinto com base num depoimento de Mila Reis para o livro a publicar dos 40 anos da BASE-FUT)