AMÉRICO M0NTEIRO: os sindicatos são fundamentais para os trabalhadores!



Américo Monteiro nasceu  numa família operária minhota de cultura católica despertando cedo para a ação no Movimento JOC  e, mais tarde, nos movimentos operários católicos de adultos onde tem assumido diversas responsabilidades.É um verdadeiro autodidata e a sua principal escola, para além daqueles movimentos da Igreja Católica tem sido o movimento sindical, nomeadamente o Sindicato do Comércio e Serviços do Minho, CESMINHO, e a Comissão Executiva da CGTP.Nesta Central é o Responsável pelo Departamento para o Desenvolvimento Sustentável,Ambiente,Consumidores e Economia Social. 0s sindicalistas e técnicos deste Departamento têm produzido documentos inovadores nestas matérias com uma linguagem não apenas acessível, mas também rigorosa.
Sempre que pode, participa nas reuniões da Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-
FUT, contribuindo aí com a sua larga experiência para a reflexão desta Comissão.


Já escreveste sobre os principais problemas que hoje o sindicalismo enfrenta. Queres referir os dois ou três mais importantes?

Um dos assuntos que abordo frequentemente por escrito e em conversas é a importância de estar sindicalizado. As vantagens de ser parte de um coletivo de trabalhadores, que dá força aqueles que em determinados níveis da estrutura, negoceiam e defendem direitos e a contratação coletiva… É através do seu sindicato que os trabalhadores adquirem mais informação sobre os problemas laborais e tomam consciência da importância da solidariedade entre os trabalhadores ao nível local e global.
Nos tempos que correm, preocupa-me também que, o sindicalismo dê a ideia, de que cada sector de atividade, cada empresa ou região, estão mais preocupados em resolver o seu problema, em afirmar as suas reivindicações individuais, demonstrando egoísmos que não deviam existir. Entendo que devíamos estar a aproveitar estes tempos de grandes desafios que se vivem em Portugal, para repensar o Sindicalismo, a sua afirmação e representação. Os sindicatos foram, são e serão fundamentais para a vida dos trabalhadores, dos povos e da democracia por esse mundo fora.

Hoje a maioria dos problemas económicos e sociais são globais. O sindicalismo está a enfrentar esta situação com eficácia ou há que dar passos neste capítulo?

Quando entramos na União Europeia, o grande desígnio era a construção do Modelo Social Europeu no sentido de resolver as grandes carências/assimetrias que ainda pesavam sobre alguns povos da Europa e de outros que ainda se previa virem a aderir. Ora, nos tempos que correm, nada disto se perspetiva. Uma determinada elite capitalista, liberalista, tomou  o poder das estruturas europeias e o que protege é o capital, o lucro dos grandes grupos económicos.
O sindicalismo na Europa é de grande diversidade, as dificuldades são muitas, a realidade dos trabalhadores é muito diferente entre si e isso repercute-se nas diferentes respostas e nos diferentes conceitos de lutas a travar e de definição de objetivos.
Penso que se deveria estar a repensar soluções e encontrar respostas diferentes para problemas novos que surgem a cada dia e não sinto que isso esteja a acontecer.
Em Portugal e na Europa fomos confrontados com sucessivos planos de austeridade que representam um verdadeiro retrocesso social. A crise que vivemos e que vivem os sindicatos e o associativismo em geral, exige uma profunda reflexão para que ancorados na experiência sindical passada, consigamos encontrar novas estratégias e práticas que reforcem a capacidade das associações de trabalhadores, os sindicatos, de influenciar realmente os acontecimentos para que estes se tornem favoráveis aos trabalhadores e aos mais desfavorecidos da sociedade.

Para além de dirigente da CGTP também tens responsabilidades ao nível dos movimentos católicos de trabalhadores. Como consegues fazer essa articulação? Nessa dupla condição como vives os problemas dos trabalhadores?

Não há aqui dupla condição, nenhuma. Fui militante e dirigente da Juventude Operária católica e depois mais adulto tornei-me militante da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos, de que sou neste momento também dirigente nacional. Foram os conhecimentos aqui adquiridos e a minha sensibilidade, que sempre me impeliram a este compromisso militante junto dos operários, das classes mais desfavorecidas, dos trabalhadores e que hoje engloba também uma imensidão de trabalhadores sem trabalho (desempregados) ou que apesar de trabalhar vivem na pobreza.
Nesta minha vocação de servir os trabalhadores, ocorreu entre muitas outras coisas, de agora ser dirigente de um sindicato local no Minho (CESMINHO) e ter sido desafiado por camaradas desta sensibilidade, para aceitar fazer parte da direção da CGTP-IN. Aqui estou com grande empenho, procurando ser fiel em especial aos trabalhadores do meio que faço parte, que são a minha raiz e aos valores da cidadania, profundamente empenhado na construção de um mundo onde impere a justiça, a solidariedade e a liberdade.

Como aprecias esta solução política saída das últimas eleições, governo PS com apoio parlamentar dos restantes partidos da esquerda?

A atual forma governativa tem todo um lastro anterior de lutas sociais em que muitos de nós estiveram empenhados e que levaram a que esta “saída” fosse possível. Podemos dizer que estavam as pessoas certas, nos lugares certos, no momento necessário e de grande exigência. Era ouvido com frequência por quase todo povo de esquerda a interrogação, mas porque é que esta gente não se entende? Como vemos, perante as adversidades, foi possível uma plataforma mínima de entendimento.
Sinto é que é necessário continuar a fazer todos os esforços, para clarificar aquilo que são denominadores comuns, entre os parceiros e outros atores sociais, no sentido de alargar o entendimento atual a outros aspetos que são necessários ao país e aos trabalhadores e assim aprofundar esse entendimento em proveito dos mais necessitados e do País em geral.

30 de Janeiro de 2017

O DEBATE SOBRE AS NOVAS TECNOLOGIAS E EMPREGO


Por João Lourenço*


Realizou-se no passado dia 28 de janeiro, na sede nacional da BASE-F.U.T. em Lisboa um encontro para debater a evolução das novas tecnologias e as implicações destas no futuro.
O tema do encontro foi apresentado pelo Engº. João Silva, formado e experiente nas áreas da engenharia informática e da eletromecânica.
Na sua exposição o João Silva informou como foi a evolução dos computadores desde os primeiros que eram enormes caixas e exigiam ser guardadas em salas fechadas pois guardavam os segredos industriais e de estado. Comparou aqueles com os modelos micro que hoje normalmente transportamos nos nossos bolsos e que embora pequenos têm uma maior capacidade. A evolução foi brutal e muito rápida conforme nos foi demonstrado e ficou claro para todos a importância que tem para a nossa vida pois é uma máquina que a maioria das pessoas já não dispensa nem abdica da mesma.
A Internet veio criar milhões de novos empregos, mas também substitui outros então existentes e deu-nos grandes facilidades em muitas e variadas funções e novas profissões. Noutras áreas dá-nos tempo de lazer e bem -estar e muitas mais facilidades como comprar sem sair de casa, criou redes que nos permitem relacionar com todo o mundo e realizar muitas mais funções como atuar em defesa “ciber-segurança” etc.
Na discussão foram encontradas muitas vantagens e desvantagens mas ainda se levantaram muitas interrogações e preocupações relativamente à construção do futuro. 
A robótica que está a transformar as empresas é revolucionária porque é altamente produtiva eliminando muitos postos de trabalho pois pode laborar 24 sobre 24 horas todos os dias do ano. A revolução tecnológica trouxe muitos ganhos para as empresas e para alguns trabalhos mais penosos. No entanto ficou-nos um alerta sobre a relação humana que se vai diminuindo quando utilizamos as máquinas dando espaço a serem os nossos interlocutores.
Deste debate ficou a necessidade de se continuar a aprofundar e a conhecer esta temática para um melhor acompanhamento e participação/intervenção perante a nova sociedade que vem aí.

*João Lourenço-sindicalista e dirigente da BASE-FUT




A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DEVE ESTAR AO SERVIÇO DO HOMEM!

As tecnologias devem estar ao serviço do homem e não ao contrário.Esta foi uma das principais ideias
expressas por vários dos participantes do colóquio promovido pela BASE-FUT de Lisboa no passado dia 28 de janeiro!
Embora o dia não estivesse luminoso, quase três dezenas de participantes debateram com assinalável afinco o tema das novas tecnologias e o emprego , concluindo que a evolução tecnológica é boa se estiver ao nosso serviço, nomeadamente ao serviço da qualidade de vida e de trabalho!Nesse sentido é necessário garantir que, havendo destruição de emprego com a robotização, seja necessário criar emprego qualificado noutras áreas.
Por outro lado, é necessário criar fronteiras mínimas entre a vida de  trabalho e de descanso sendo necessário  aprofundar e efetivar na lei o direito a desligar-se ou desconexar-se do trabalho.Um debate que deve ser continuado e aprofundado sendo de apoiar todas as iniciativas que vão no sentido do direito dos trabalhadores a beneficiarem da evolução tecnológica, repartindo a riqueza e o poder que a mesma permite.

A BASE-FUT DEFENDE UM SINDICALISMO AUTÓNOMO!



O boletim «Amizade», órgão de comunicação de ex militantes da Juventude Operária Católica entrevistou Antonina Rodrigues, Coordenadora Nacional da BASE-FUT. Considerando o nosso património comum e a pertinência das questões colocadas por aquele Boletim achamos por bem publicar também a referida entrevista.
A Antonina é Licenciada em Ciências Sociais, com MBA em Gestão de PMS, e com Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos.
Trabalha no IEFP-Instituto de Emprego e Formação Profissional, na área do emprego e é membro efetivo da Sub-Comissão de Trabalhadores do IEFP e ex-dirigente sindical.



Quando comparamos a situação atual da BASE-FUT com a que foi a sua energia e dinâmica nos anos 70 e 80, interrogamo-nos sobre o porquê desta constatação. Pode dar-nos a sua opinião acerca de semelhante realidade?

As dinâmicas de todas as organizações de trabalhadores e de outras associações são hoje muito diferentes em comparação com há 30 ou 40 anos atrás. O mundo mudou muito e diversos fatores subjetivos e objetivos contribuíram para a diminuição das dinâmicas sociais, políticas e sindicais. BASE - FUT também mudou e foi afetada pelos problemas comuns a outras organizações.Um deles é sem dúvida a dificuldade que teve em alargar e se rejuvenescer. É uma organização sui generis, nem é partido nem sindicato e não oferece lugares nem carreiras políticas! Oferece espaços de debate e reflexão, de formação e informação! Exige muito a quem adere, pois não é uma organização de massas mas antes de militantes sendo uma organização política de caráter global.

E, no entanto, temos de reconhecer que a realidade portuguesa continua a necessitar e a exigir uma ação idêntica, ou ainda maior, do que a verificada naqueles dois decénios. Porque não desencadear agora essa atividade?

 Sem dúvida que é hoje muito necessária uma BASE-FUT tão ativa como nos anos 70 e 80, são no entanto necessárias mais pessoas que queiram agir sindical e politicamente, nomeadamente nos sindicatos, nas associações, no novos movimento sociais de causas. Qualquer organização vive de pessoas ativas, cidadãs e que querem mexer socialmente!


Não será efetivamente uma pena vermos uma casa como aquela que a BASE-F.U.T. possui na zona de Coimbra- o Centro de Férias e tempos Livres- quase semiparalisada quando tanto há a fazer no domínio da formação e animação operaria e, particularmente, de formação sindical e do analfabetismo, para citar apenas alguns domínios?

 É verdade! Também lamentamos a situação e queremos dar nova vida ao CFTL. Para isso é muito importante relançar a BASE-FUT em Coimbra e em toda a Região Centro, com gente que se queira organizar, em parceria com outros movimentos, eventualmente formação operária e sindical. Temos desenvolvido várias iniciativas e a nossa avaliação é que tudo isto mudou muito e a formação e informação de trabalhadores deve ser repensada. O CFTL está disponível para o movimento associativo e sindical e não apenas para a BASE-FUT.

Não haverá alguns sectores determinados da realidade dos trabalhadores Portugueses - Como os Lanifícios, o Calçado, os Bancários, os Seguros, os Metalúrgicos (para só citar alguns) - que estão a exigir o regresso, em força, de um movimento como a BASE-FUT?
 Se o exigiriam não o vemos na prática!O sindicalismo hoje resume-se em grande medida ao «aparelho» sindical, aos dirigentes que , muito deles, conhecem a BASE-FUT, a sua história e atividade.Vemos que essas organizações têm a sua atividade rotineira, de profissionais, cada vez com mais dificuldades e algumas umbilicalmente ligadas aos grandes partidos de poder. A BASE-FUT defende um sindicalismo autónomo, dirigido pelos próprios trabalhadores em que os locais de trabalho são o centro de toda a atividade sindical. Foi e é uma perspetiva minoritária em Portugal mas é, a nosso ver, aquela que pode dar uma nova dinâmica às organizações de trabalhadores do futuro.

O trabalho precário em Portugal atinge, especialmente depois da "troika", dimensões verdadeiramente escandalosas. Que comentário lhe merece?
 As alterações à lei laboral que o governo de direita implementou veio permitir este incremento à precarização do trabalho que infelizmente não para de aumentar, embora o governo atual esteja já a tentar implementar algumas restrições (veja-se a nova lei sobre a restrição aos contratos de trabalho temporário) não sendo de longe o suficiente, teremos de continuar a lutar pela reversão destas leis que levaram à precarização e a pobreza dos trabalhadores

A Direita do nosso país ganhou uma força que lhe permite fazer exigências inimagináveis. Não precisará que a Esquerda se organize e reúna as condições para lhe responder?

Neste momento temos uma esquerda de consensos, teremos de aguardar (nunca deixando de ouvir a nossa voz) os resultados.

Em 22 de Julho faleceu uma das fundadoras da BASE-FUT, Maria Vitória Pinheiro, mulher que pelo seu talento, carisma e experiência deve ser apontada como exemplo às gerações futuras de militantes operários. Quer dizer algumas palavras a esse respeito?

A Maria Vitória Pinheiro foi uma mulher extraordinária e uma militante admirável não apenas dos Movimentos Católicos mas também da BASE-FUT e dos sindicatos ligados aos correios e telefones, pois foi uma das suas fundadoras! Vamos agora no dia 22 de outubro juntamente com a LOC e a JOC fazer-lhe uma merecida homenagem na sede da BASE-FUT e com a participação do Padre Jardim Gonçalves.
As edições BASE publicaram recentemente um opúsculo sobre a Vitória e são muitos os militantes que ainda se lembram dela, da sua solidariedade, trabalho e competência!












VALORIZAÇÃO SALARIAL E RECUPERAR PODER DOS TRABALHADORES!

A Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-FUT reuniu no passado
dia 14 de Janeiro no Centro de Formação e Tempos Livres, em Coimbra, para avaliar a situação social e laboral, bem como perspectivar a acção para 2017.Do debate efetuado salientamos alguns aspectos mais relevantes e as decisões mais pertinentes.

1.Quadro geral político e social
A situação social e política na Europa e em Portugal continua complexa e com tendências preocupantes para a vida democrática e de bem-estar dos trabalhadores. Particularmente preocupante é a falta de solidariedade e coesão política e social na Europa com o crescimento de nacionalismos conservadores e xenófobos, com a fragmentação de correntes políticas progressistas e com o alheamento da vida cívica de largos sectores da população.
Infelizmente não se vislumbra uma mudança significativa nas políticas das instituições europeias, em particular nas políticas económicas e sociais que condicionam fortemente o desenvolvimento dos Estados membros mais periféricos como é o caso de Portugal. O nosso País vive assim um tempo difícil apesar de ter um governo apoiado pelos partidos de esquerda. Os constrangimentos europeus são de tal ordem que estão em causa os serviços públicos e a protecção de largos sectores da população mais pobre.
Apesar de alguma recuperação de rendimentos e de um melhor ambiente político esta situação, a manter-se, poderá conduzir a curto prazo a uma certa frustração de espectativas, em particular dos trabalhadores portugueses apesar do recente aumento do salário mínimo e da descida do desemprego.

 Efetivamente em 2017 vão continuar os elementos essenciais da crise que temos vivido. Há gente que continua em situação grave de desemprego e pobreza, nomeadamente uma larga percentagem de trabalhadores na precariedade ou com salários muito baixos.Ver documento completo

LUZIA LOPES: a JOC e o sindicalismo foram a sua escola!


Por José Manuel Duarte

Aos 14 anos de idade começa aprender a “urdir” na fábrica onde a mãe era operária. Esteve então aí 9 meses gratuitamente como aprendiz, pois ser “urdideira” já era uma profissão mais elevada! Começou mais tarde a trabalhar na fábrica “Fernando Antunes” onde trabalhou até se reformar por invalidez com 34 anos de contribuições para a Segurança Social.  Curiosamente, e sem deixar de reconhecer o valor da estabilidade no emprego, Luzia Mendes diz por outro lado que o permanecer sempre no mesmo local de trabalho não permitiu viver outras experiências profissionais...

Ainda muito jovem começa a participar nas actividades da JOC- Juventude Operária Católica que Luzia define como uma escola de formação, escola de vida e a “sua universidade”. É na JOC que começa a tomar consciência e a reflectir a sua condição de operária numa empresa, moradora num bairro humilde da cidade, como mulher e pessoa de fé. - “Foi na JOC e mais tarde também na LOC- Movimento de Trabalhadores Cristãos que nos ajudaram a ver a razão do trabalhador e a sua dignidade o que nos levou a comprometer com as organizações de trabalhadores... Era através dos sindicatos que podíamos, em conjunto, defender os nossos direitos e lutar por melhores condições de trabalho e melhores salários”.Ver mais

O 18 DE JANEIRO FOI UM DURO GOLPE!

«A denúncia espontânea ou casual avisou a polícia dos locais onde deveriam realizar-se atos de sabotagem,
necessários, visto que a agitação prévia, apesar de centenas de milhar de manifestos e proclamações editadas, não era suficiente para um movimento de larga envergadura.Esses locais ou serviços onde a sabotagem deveria ser exercida estavam na hora própria policiados.
Em Lisboa e arredores o movimento, em relação aos preparativos feitos,mal foi esboçado, o mesmo sucedendo noutras terras do país, com desligações de vias férreas, o descarrilamento de comboios, cortes de fios elétricos, explosão de bombas, etc.
Apenas na Marinha Grande, o maior centro vidreiro do país, o movimento foi total.Ali os operários tomaram de assalto o posto da Guarda Republicana, o Posto dos Correios, a Central Elétrica, etc só sendo vencidos pelas numerosas forças da polícia,de infantaria, de cavalaria e artilharia, idas de Leiria, que os cercaram e prenderam, depois de algum tiroteio.
Seguiu-se-lhe a repressão, as prisões em massa, os espancamentos e toda a série de torturas e maus tratos sobre os presos, trazidos de Almada, Barreiro, Silves,Évora, Guimarães,Coimbra, Leiria e Marinha Grande para Lisboa.Além dos maus tratos sobre os desta cidade, alguns dos quais já se encontravam presos antes da eclosão do movimento.....o governo ordenou que aos presos fossem aplicadas as máximas penalidades considerando aquele movimento como de rebelião armada contra a segurança do Estado.E assim o fatídico Tribunal Militar Especial ditou aos presos sentenças que variaram entre dois a vinte anos de prisão, no lugar de desterro, escolhendo o governo para este o Tarrafal, um dos lugares mais mortíferos da doentia Cabo Verde.... do livro do sindicalista Manuel Joaquim de Sousa  «Últimos Tempos de Ação Sindical Livre e do Anarquismo Militante»,Edi. Antígona.

N0VAS TENCNOL0GIAS E O EMPREGO!

Não interessa enterrarmos a cabeça na areia… nos últimos anos, as novas tecnologias alteraram tudo!
Desde o uso do telefone, as pequenas coisas nas nossas casas, ao trabalho – as consequências da aplicação das novas tecnologias na vida profissional, trouxeram uma realidade de emprego e desemprego totalmente nova.
Precisamos de reflectir sobre tudo isto – olhar a realidade, pensá-la e vermos como devemos agir. O mundo está em constante mudança e nós temos que acompanhar essas mudanças como seres activos, seres VIVOS.
Assim, convidamos-te para vires à Sede da BASE-F.U.T. – Rua Maria, nº15 – Lisboa, no próximo sábado, dia 28 de Janeiro de 2017, pelas 15 horas, para em conjunto pensarmos nas “Novas Tecnologias – Emprego e Desemprego” . Connosco estará João Silva, engenheiro informático e membro da Comissão para os Assuntos do Trabalho-CAT.
Ao terminar o Debate teremos como é nosso hábito, um tempo de convívio à volta de uma chávena de chá e de uma fatia de bolo.
Espero encontrar-te no dia 28 – é importante conversarmos.
Um abraço
Maria Manuela
Coordenadora Regional










CONGRESSO SOBRE HISTÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO!

Tendo em vista o aprofundamento do estudo, debate e divulgação da história do trabalho, do movimento
operário e dos movimentos e conflitos sociais do Portugal Contemporâneo, irá realizar-se o III Congresso de História do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal, organizado pelo Grupo de Investigação de História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Este congresso pretende abranger o estudo do trabalho e dos movimentos sociais em Portugal num sentido amplo, pretendendo-se destacar, nesta terceira edição do Congresso, o papel das organizações sindicais e operárias na evolução das sociedades contemporânea, uma vez que a sua realização coincide com o 40.º aniversário do Congresso de Todos os Sindicatos, realizado em janeiro de 1977, segundo congresso da Intersindical e que dará forma ao movimento sindical português dos nossos dias.Ver mais 

BASE-FUT AVALIA MOMENT0 LABORAL E SINDICAL!

A CAT-Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-FUT reúne no dia 14 de janeiro em
Coimbra.Na agenda de trabalho está a avaliação social e política do país e as  atividades a realizar em 2017.A ação do movimento sindical português e europeu e o papel da BASE-FUT, o acordo sobre o salário mínimo , as alterações ao Código do Trabalho e a precariedade laboral são as temáticas em destaque na reunião da CAT constituída por sindicalistas e outros ativistas sociais,militantes da BASE-FUT ou em colaboração com a mesma, oriundos de várias regiões de Portugal continental.

FRANÇA RECONHECE O DIREIT0 DE ESTAR DESCONETADO DA EMPRESA!

O direito à desconexão do trabalho foi reconhecido na mais recente e polémica alteração ao código laboral
em França!Na lei fica apenas um principio ainda muito tímido deste direito essencial nos dia de hoje para concretizar o direito fundamental ao descanso!!As empresas e os trabalhadores deverão encetar negociações para prevenir que os trabalhadores fiquem sempre conetados através das suas tecnologias à empresa ou serviço, sem qualquer fronteira entre a vida profissional e familiar!
Segundo o EL PAIS em França 37% dos trabalhadores ativos levam tarefas para casa, e usam as ferramentas de trabalho diário fora do horário de trabalho, percentagem, que sobe para 44% nos executivos.
Segundo aquele jornal espanhol a lei não exige encerrar o telemóvel profissional ao chegar a casa nem a empresa a desligar os servidores às seis da tarde dado que teria consequências nos casos de empresas com trabalhos internacionais...Cada empresa deverá encontrar soluções concretas.A lei fixa apenas o direito em geral o que pode ou não ser cumprido.Por outro lado a lei também não prevê coimas específicas para o caso de incumprimento!
Este direito pode ser também utilizado para provar práticas de assédio moral pelas empresas!

TERTÚLIA LITERÁRIA!

 0 próximo que seja um ANO de concretização de projectos e de sonhos – um ano de PAZ e de
FELICIDADE!
Assim aqui estamos para te convidar para a próxima « C0NVERSA COM LIVROS» no dia 23 de Janeiro de 2017, segunda-feira, às 15,30 h na Sede da Base –F.U.T. Como vem sendo hábito, no final do nosso encontro, teremos um pequeno lanche.
E o livro escolhido desta vez é “LABIRINTO DA SAUDADE”, de Eduardo Lourenço.
Vamos descobrir mais um escritor – continuamos com escritores portugueses.
Continuamos a lembrar, que estes Encontros com Livros são abertos. Não é só para os participantes dos encontros anteriores; por isso, vem e trás um amigo. E trás também sugestões de livros que gostasses que fossem tema dos nossos Encontros. Quantas mais ideias…melhor!
Aconselhamos, a quem não tiver o livro proposto, para as nossas leituras, que pode procurar numa Biblioteca Pública, aquela que lhe ficar mais acessível.
Aparece! Conviver…ler, faz bem à mente e dá Alegria à VIDA!
Um abraço
Amália e Manuela