DIA D0 ASSCIAD0 D0 CFTL-Breve apontamento!

No fim-de-semana 19-20 de Outubro, 2013, com ameaças de chuva para todo o país e já com cheirinho a outono, algumas dezenas de militantes, oriundos do Porto, Espinho, Seia, Coimbra, Évora e Vale do Tejo, deslocaram-se até ao CFTL, implantado que está na Mata Nacional de Vale de Canas, para participar nas Ecotopias e no Dia do Associado do mesmo CFTL.
 O programa prometia ser aliciante, só que a crise suou mais alto, para além de haver em Lisboa uma grande manifestação nacional de revolta e de muita raiva, contra os poderes estabelecidos e contra as medidas preconizadas contra o povo português. Mas voltando ao evento, o amigo Ricardo de Seia trouxe-nos um excelente filme sobre ecologia onde se demonstram as vantagens em viver-se simplesmente numa ligação íntima com a natureza. 
Depois da sua visualização debateu-se o seu conteúdo. Num primeiro tempo do dia do Associado, centrado sobre a interacção dos participantes, as pessoas deram testemunho sobre o que o marcou no CFTL, desde que o descobriram. Depois reflectiu-se em grupos questões relativas à vida da associação, às suas dificuldades de dinamização, às diversas actividades, no horizonte e às esperanças que os mais jovens deixaram, com compromissos firmes, de estarem ao serviço de outras pessoas que aspiram um mundo mais justo, mais humano e fraterno.
 A partilha, a confraternização, a boa disposição, os sorrisos abertos e os demais gestos oferecidos gratuita e generosamente foram tónicas evidenciadas entre todos, quer nas sessões de formação, em sala, quer no bar a saborear o aperitivo “moscatel de Setúbal”, quer à beira da mesa, onde todas e todos apreciavam as delícias que nos apresentou o nosso cozinheiro Fred. 
Após o reconforto dos nossos corpos, cada um seguiu os seus caminhos em direcção às suas casas, mais conscientes, mais fortes, mais entusiasmados, mais comprometidos, mas também com mais responsabilidades na cooperação deste projecto colectivo que representa o CFTL. 

José Vieira,membro da equipa que organizou o Dia do Associado

PAGAMENT0 EM DU0DECIM0S NÃ0 É B0M PARA 0S TRABALHAD0RES!

Na reunião da concertação social, efectuada esta semana, o Ministro do Emprego e da Segurança Social comunicou que o Governo vai manter, em 2014, o regime que vigorou em 2013, relativo ao pagamento de metade dos subsídios de férias e de natal em duodécimos. A CGTP-IN manifestou-se contra o prolongamento desta medida porque: 

• O pagamento mensal de uma fracção dos referidos subsídios visa esconder os efeitos do brutal aumento da carga fiscal que se verificou em 2013, e se prolonga em 2014, de forma a minimizar o seu impacto sobre a redução dos salários e outros rendimentos do trabalho, com o objectivo de criar a ilusão que, mensalmente, as perdas salariais não são tão significativas;

 • Incentiva os patrões a recusarem o aumento dos salários, pondo em causa o princípio da sua actualização anual e, simultaneamente, procura levar os próprios trabalhadores a serem contidos nas suas reivindicações salariais; • A medida é, também, incentivadora da redução dos salários, nos casos de novas admissões de trabalhadores;

 • Constitui um estímulo a que futuramente sejam postos em causa os subsídios de férias e de natal. A argumentação do Governo é farisaica, quando refere que a medida se destina a atenuar a redução mensal dos salários. Se o Governo estivesse realmente preocupado com os rendimentos das pessoas, mudava as políticas, dinamizava a contratação colectiva e aumentava o salário mínimo, para melhorar o poder de compra das famílias e desenvolver a economia". Recordamos que no ano passado o Governo afirmou, categoricamente, que o regime de pagamento parcial dos subsídios de férias e de natal era temporário, apenas para vigorar em 2013. Agora, diz novamente que o regime é temporário, apenas para 2014. O Governo PSD/CDS-PP já habitou os trabalhadores e os portugueses a fazer com que as medidas gravosas anunciadas como temporárias, ou provisórias, passem rapidamente a permanentes, ou definitivas. Foi assim com os cortes salariais e das pensões aos trabalhadores e aposentados da Administração Pública, com o roubo dos subsídios aos trabalhadores, reformados e pensionistas, com o aumento dos impostos (IRS), com a taxa contributiva de 3,5%. A tudo isto, junta-se ainda a perspectiva da redução permanente das pensões de reforma, quer da CGA quer do regime geral, em consequência das alterações para a convergência dos respectivos regimes, do aumento da idade legal para a reforma e da alteração da fórmula de cálculo das pensões, por via do “factor de sustentabilidade”.
Os trabalhadores têm consciência das implicações e perigos que decorrem do pagamento dos subsídios de férias e de natal em duodécimos, pois o próprio Governo reconhece que, em 2013, menos de 20 % aderiram a esse regime. Mais uma razão, afinal, para que o Governo se abstivesse de retomar a medida. Combater o regime de pagamento parcial dos subsídios de férias e de natal, é lutar para que este regime não se torne regra e, futuramente, seja posto em causa a sua existência. Declaração de não aceitação do regime de pagamento parcial em duodécimos
O regime de pagamento parcial dos subsídios de férias e de Natal em duodécimos durante o ano de 2014 pode ser afastado, no caso dos trabalhadores do sector privado, por declaração expressa do trabalhador nesse sentido, que deve ser emitida no prazo de 5 dias contados da data de entrada em vigor da Lei (data que ainda não conhecemos, visto que a lei ainda não está publicada; quando for publicada, entra em vigor no dia seguinte – estes 5 dias contar-se-ão a partir desse dia). No caso de o trabalhador declarar que não pretende que o regime lhe seja aplicado, aplicar-se-ão as cláusulas de instrumento de regulamentação colectiva ou de contrato de trabalho que disponham sobre a matéria ou, na sua falta, as pertinentes disposições do Código do Trabalho.
O regime de pagamento parcial dos subsídios de férias e de Natal em duodécimos não se aplica nas situações em que a antecipação do pagamento esteja prevista em acordo anterior à data da entrada em vigor desta Lei.

0E-2014-Empobrecimento coletivo!


0 Grupo Economia e Sociedade publicou no blogue «Areia dos dias» um documento muito interessante sobre o 0E-2014. Grupo constituído por diversas personalidades afetas aõs setores cristãos que colaboraram com a Comissão Nacional Justiça e Paz e que em determinado momento foram pressionados a distanciarem-se daquele õrgão da Igreja Católica.A dado momento podemos ler no documento:
«Assistimos com preocupação a que, com o OE 2014, o País venha a aprofundar, ainda mais, um processo de empobrecimento colectivo já oportunamente denunciado e que se entre num caminho de reforço da anomia social e/ou conflitualidade social declarada, de consequências imprevisíveis. Como já se referiu, a proposta de OE 2014 evidencia uma obsessão com uma única meta: a redução do défice das contas públicas, elegendo-o como objetivo único da política económica. Trata-se de uma desfocagem perigosa e cheia de consequências para a permanência da recessão económica ou diminuto crescimento económico, bem como para a previsível degradação das condições de vida das pessoas e das famílias, e para o enfraquecimento da coesão social. Cabe perguntar por que razão se insiste num erro que, de há muito, vem sendo denunciado por académicos e por instâncias internacionais e está comprovado pela própria experiência nacional em curso».VER

BASE-FUT REUNE C0M CGTP : situação social e política preocupante!

A BASE-FUT recebeu hoje , dia 23 de Outubro, na sua sede nacional em lisboa uma delegação da CGTP constituída por Arménio Carlos e Américo Monteiro.0 orçamento de Estado para 2014 ,as medidas de austeridade em portugal e na europa estiveram no centro do debate entre as duas organizações.
Foram analisados os últimos cortes nas pensões e salários propostos pelo governo, bem como todas as medidas que este propõe para 2014, num orçamento imoral e injusto onde são penalizados sempre os mesmos, ou seja os trabalhadores,os desempregados e os reformados. Perante a situação preocupante sob ponto de vista social e político ambas as organizações consideram ser necessário resisitir a esta destruição do Estado social e do tecido económico e social nacional,informar, esclarecer e chamar todos os portugueses para a participação cidadã e cívica, criar alternativas e apresentar propostas!

BASE-FUT DEBATE AÇÃO PARA 2014!


Militantes da grande Lisboa e margem sul realizam Encontro/churrasco no próximo sábado, dia 26 de Outubro pelas 12 horas na sede nacional para debater exposição «Vidas ciganas», patente no Museu da Cidade, e ainda aprovar ação para o ano de 2014.Participa e traz ideias e outros amigos. A BASE-FUT a nível nacional definiu a luta pelo trabalho digno e a reforma digna como objetivos prioritários para 2014.Este tema será, aliás, objeto de debate na festa do seu 39º aniversário a ter lugar em Coimbra a 9/10 de Novembro.

A INSPEÇÃO DO TRABALHO VISTA PELOS INSPETORES!

Os inspetores do trabalho aderiram á greve geral da função pública do próximo dia 8 de
Novembro.No seu comunicado aos sócios descrevem as razões para a greve.O documento, do qual extraímos uns pedaços, é importante para se perceber como está a nossa inspeção do trabalho,a ACT!Revelador!

 «A nova redução salarial de entre 2,5 e 12% para salários a partir de 600 euros prevista no Orçamento de Estado atinge os inspetores de forma brutal e constitui um duro ataque aos Inspetores do Trabalho que têm por missão garantir a aplicação das normas laborais em todos os setores de atividade e em relação a todos os trabalhadores portugueses. Os Inspetores do Trabalho sofreram o anterior corte até 10%, já tiveram a perda de dois subsídios em 2012 e com mais esta medida o seu salário vê-se assim ainda mais maltratado, consubstanciando-se num corte de mais de ¼ do seu salário líquido. 

4. O Governo aprovou a Lei Orgânica da ACT tendo recusado a participação construtiva dos inspetores do trabalho, mesmo após insistências reiteradas formuladas por este Sindicato nesse sentido, optando por o ignorar. A Lei Orgânica aprovada dá abertura a uma alteração da estrutura organizacional da ACT, que privilegia a estrutura central em detrimento das abordagens de proximidade às empresas e aos locais de trabalho o que, a suceder, se traduz num rude golpe na sua capacidade de intervenção, na sua eficácia e com prejuízo sério para todos os trabalhadores portugueses.

 5. Acresce que, o sistema de avaliação de desempenho em vigor é completamente desajustado da realidade inspetiva penalizando os inspetores mais empenhados na procura de soluções para os trabalhadores e para as empresas e no combate às formas, cada vez mais complexas, de incumprimento da lei. 

6. O Governo tem vindo a criar constrangimentos aos inspetores do trabalho que se manifestam e projetam no seu quotidiano, com reflexo na sua autonomia e dificultando-lhes o desenvolvimento do seu trabalho. Este peso acrescido sobre o trabalho dos inspetores desvia-os do seu objetivo primordial. Sob a capa de uma aparente passividade, o Governo não cria as condições necessárias e adequadas para que se clarifique um projeto orientador e se definam as linhas estratégicas e estruturantes que permitam aos inspetores do trabalho desenvolver cabalmente a sua missão: controlar o cumprimento das normas em matéria laboral, promover políticas de prevenção de riscos profissionais, controlar o cumprimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho, informar os sujeitos das relações laborais e cooperar com outras entidades e instituições do mundo do trabalho. 

7. A ACT nunca organizou os serviços de Saúde e os serviços de segurança funcionam de forma extremamente deficiente. 

8. A tabela salarial em vigor data de 2001 e estes profissionais têm vindo a ser sistematicamente prejudicados em matéria de carreiras e estatuto profissional numa secundarização clara do relevo dos inspetores do trabalho e subalternização da sua missão. 

9. O orçamento da ACT tem vindo a ser objeto de “cortes” sucessivos originando um conjunto de dificuldades inadmissíveis tais como, falta de material de trabalho, falta de pagamento dos serviços de limpeza, limitação (em muitos casos eliminação) do pagamento das ajudas de custo e plafonamento na gasolina das viaturas de serviço. Estes constrangimentos financeiros têm implicações negativas gravíssimas na atividade inspetiva, não deixando, todavia, de se afirmar, com toda a razão, que os responsáveis políticos deverão tirar as devidas conclusões sobre uma eventual inatividade e paralisação dos serviços da inspeção. 

10. O Governo não tem dado seguimento ao projeto de Estatuto dos Inspetores de Trabalho e Carreiras – documento há muito consensualizado entre a Direção da ACT e a Direção deste Sindicato.

 11. A falta de pessoal (das várias carreiras) na ACT é gritante. 

12. A produção legislativa em matéria laboral é de tal forma pródiga e contraditória que se torna impossível a sua apreciação serena e justa aplicação. O Governo parece querer criar a confusão onde deve reinar a certeza jurídica. 

13. O Governo tem descurado a atividade desenvolvida pelos Inspetores do Trabalho numa aparente tentativa de menorizar o seu estatuto e a sua atividade junto dos trabalhadores portugueses. Nesta senda, tem-lhes vindo a atribuir tarefas meramente acessórias da atividade inspetiva ou sem qualquer conexão com a sua missão, desviando-os do seu trabalho primordial (desde trabalho administrativo ao de operadores de call center, por exemplo). Tal postura não é inocente só se compreendendo no quadro de uma opção política assumida por este Governo que visa diminuir a sua função reguladora na sociedade. Estas são as motivações que nos movem a convocar greve!»

DEBATE S0BRE 0 FUTUR0 DA DEMCRACIA- A AUTOGESTAO!

Existe uma concepção desviante da auto-gestão que se prende apenas com a forma organizativa
do trabalho, através da qual se pretende tão só equacionar a forma como o trabalhador encara a sua relação com a actividade laboral, sem colocar em causa a essência da exploração e do domínio desta organização social, ou seja, a hierarquia e o trabalho assalariado. Através deste processo, os trabalhadores, mantém as diferanças e a hierarquia laboral mas, participando nos processos produtivos e organizativos, são estimulados para um maior empenhamento na sua actvidade, preocupados com os resultados e os lucros, numa visão empresarial, o que tem como resultado explorarem-se a si mesmos.

 Esta metodologia tem sido utilizada em varias situações e países, sem por mínimamente em causa a organização da exploração laboral, o domínio do capital e o seu paradigma de topo, isto é, a obtenção do máximo lucro. É o que se passa nalguns sectores e em certos países de capitalismo maduro, como a Suécia. Ora, na verdade, a autogestão de facto, tem de constituir muito mais do que a gestão das formas técnicas existentes e só existe quando um trabalho se transforma numa actividade livre e criativa. Um processo autogestionário tem necessariamente de apontar para esse objectivo.
 Na auto-gestão existe coordenação de actividade mas não autoridade, e a organização é algo muito diferente da hierarquia, que tem de ser banida neste processo. E, quanto aos métodos de organização, essenciais nesta sociedade, sempre baseados no domínio de uns, a maioria, pelos outros, a minoria, serão substituídos pelo acordo livremente determinado. 
Tem de se considerar que as unidades de produção e de serviços, tal como existem, constituem escolas de hierarquia, de autoridade e de submissão e não de emancipação. Reproduzem constantemente a submissão dos trabalhadores e a incapacidade deles mesmos em superarem o estreito domínio da necessidade a que se encontram sujeitos. É a necessidade do trabalho, do salário, de onde resulta a sua manutenção, que os conduz à aceitação da opressão.
 É indispensável ter em consideração que a técnica, que inclui as técnicas organizativas e administrativas, não é neutra, é um mecanismo altamente maleável ao serviço dos interesses dominantes. Tem  de se considerar igualmente que essa mesma técnica, seja qual for a forma sob que se apresente, se encontra mergulhada num universo social e condiciona o conjunto das intenções, das necessidades, dos desejos e das interacções. Não é de mais lembrar que a autonomia e a auto-gestão não podem ser consideradas apenas como como componentes da lógica industrial, do produtivismo e do económico. Uma fábrica, uma grande exploração agrícola, ou outras, não se tornam espaços de liberdade e de criatividade apenas por serem nacionalizadas ou terem controlo operário. Um processo de auto-gestão de facto tem de se articular com outras unidades nas mesmas condições. A colaboração entre unidades em auto-gestão é absolutamente indispensável para que a auto-gestão resulte. 
O caminho para a auto-gestão generalizada constituirá uma saída deste modelo de organização social em que (sobre)vivemos e apontará para um novo rumo, para uma nova organização social. Numa perspectiva autogestionária, todas as hieraquias terão de ser eliminadas e é indispensável ter em consideração que, seja qual a forma sob a qual se apresente, a hierarquia tem um âmbito muito mais amplo do que o domínio de classe. Como são os casos, por exemplo, da hierarquia do género, da etnia e do conhecimento. Num processo de auto-gestão todas as hierarquias terão de ser erradicadas. É absolutamente necessária uma mudança social profunda, que terá de incluir a auto-gestão generalizada e a democracia directa, e que será o resultado de um processo social e não de vanguardas que definem as “mais revolucionárias tácticas e estratégias” Só através de uma transformação social completa poderemos caminhar para uma sociedade livre e realmente autogerida. 

j.Luis Félix-Tertúlia Liberdade

«ESTE GOVERNO NÂO SERVE»-diz BASE-FUT

A Comissão Politica Nacional da BASE-FUT reuniu nos passados dias 12 e 13 em Coimbra para avaliação da sua actividade e análise da situação social e politica.Entre as várias conclusões do documento final pode ler-se que :«Os resultados das últimas eleições autárquicas merecem uma especial atenção em particular dos partidos políticos. A forte abstenção, os votos brancos e nulos e a existência vitoriosa de candidaturas independentes podem ser lidas como uma forte crítica ao sistema democrático monopolizado por partidos que não se renovaram. As candidaturas independentes enquanto expressões de movimentos de cidadãos intervenientes socialmente são de apoiar e de incentivar no quadro da nossa Constituição. Mais adiante diz a BASE-FUT:«As eleições foram também uma importante vitória das esquerdas e uma forte penalização do governo que mais parece um conselho de administração de uma empresa governando para obter lucros e desprezando as pessoas e o seu bem-estar. Um governo que visa claramente a subversão da nossa Constituição, subvertendo valores morais e políticos, nomeadamente quando estabelece cortes nas pensões de sobrevivência e taxa o subsídio dos desempregados. Um governo que na sua política está a minar a confiança dos cidadãos no Estado e nos contratos feitos entre este e aqueles. Com esta política o Estado deixa de ser uma pessoa de bem.»

CONGRESSO INTERNACIONAL DE TRABALHADORAS DOMESTICAS

No próximo mês de outubro, de 26 a 28, ocorrerá em Montevidéu o Primeiro Congresso da Rede Internacional de Trabalhadoras Domésticas (IDWN, na sua sigla em inglês).
Elizabeth Tang, coordenadora da IDWN, esteve em Montevidéu para organizar, junto com a Secretaria Regional, esta atividade e dialogou com A Rel sobre tão importante quanto difícil tarefa, que é organizar as e os trabalhadores do setor.Ver

ECOTOPIAS/DIA DO ASSOCIADO DO CFTL

O Centro de Formação e Tempos Livres (CFTL) organiza no fim de semana de 19/20 de outubro um conjunto de atividades culturais e de sensibilização ambiental. No Sábado, dia 19, estão previstas diversas atividades ambientais, nomeadamente com cinema e uma conferência. A Ação envolve associados do CFTL, amigos, familiares e população local. No dia 20, Domingo, estão a ser preparadas diversas atividades para comemorar o Dia do Associado do CFTL com jogos e debates sobre o associativismo e sobre as perspetivas futuras daquele Centro de Formação. O CFTL tem como principal atividade a formação cívica, profissional e a prestação de serviços no domínio dos tempos livres do movimento associativo. Para te inscreveres no fim de semana: Preço 35€ tel.218120720 Cftl-net@mail.telepac.pt



REDE DE FORMAÇÃO EUROPEIA REUNIU EM LISBOA!

O EZA (Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores) reuniu o seu Conselho de Administração este fim de semana ,em lisboa, no âmbito de um seminário internacional sobre o mercado de trabalho europeu. 
As eleições na Alemanha e as consequências da política de austeridade impostas pela Troika nos países como Portugal foram temas da reunião do conselho de administração para além dos assuntos internos desta rede europeia de formação de trabalhadores que tem a sua sede naquele País e tem mais de 60 centros associados. O Centro de Formação e Tempos Livres da BASE-FUT está representado naquele órgão de gestão do EZA. No próximo mês de fevereiro o CFTL organizará um seminário internacional sobre a precariedade no trabalho na União Europeia.

TRABALHADORES LUTAM!

Comissão para os Assuntos do Trabalho (CAT) da BASE-FUT reuniu ontem, em Coimbra, para análise da situação social e laboral em Portugal.Da reflexão valerá a pena salientar as seguintes ideias:
1ºOs portugueses e em particular os trabalhadores não estão resignados perante a situação social de empobrecimento veloz e perante a crise do regime com um governo a subverter a Constituição. A maioria dos portugueses estão revoltados com a situação e manifestaram essa revolta nas última eleições autárquicas!
2ºO desemprego histórico em Portugal e as ameaças de despedimento da Função Pública explicam em grande medida um certo afrouxamento das lutas sociais. O medo que o desemprego provoca está a ser gerido pelo poder político para destruir os serviços públicos e, através dos cortes e desvalorização do trabalho, a enriquecer uma minoria. Não é verdade que todos os portugueses estejam a sofrer com a crise. Existe uma minoria que está a ganhar com esta situação de empobrecimento dos reformados e trabalhadores e de transferência de riqueza para os mais ricos.
3ºPara se mudar a situação no país e na União Europeia será necessário mudar as políticas de austeridade que estão afundando o País. Será necessário um novo impulso do movimento sindical e social europeu e nacional para impor um novo pacto social ao capital, de modo a evitar esta regressão social generalizada em nome da competitividade e da acumulação capitalista.
4.Estamos convictos que os portugueses, reformados, trabalhadores e os jovens vão animar as lutas sociais nos locais de trabalho e na rua, combatendo a destruição da escola e da saúde públicas, defendendo o emprego e a economia, combatendo as gritantes desigualdades sociais.

MUDANÇAS NO TRABALHO (II)

 Continuamos o texto sobre algumas das mudanças no trabalho exigidas pelo capitalismo atual no quadro da ideologia neo-liberal.Mudanças que globalmente visam uma maior exploração do trabalhador.

4. Mudança das características das organizações 

 A percentagem das pequenas e médias empresas aumentou na Europa. Os problemas de segurança e saúde no trabalho são particularmente graves neste tipo de empresas. Mas também a participação dos trabalhadores e a sindicalização tende a diminuir nas pequenas empresas. São necessários esforços suplementares e novas ideias para enfrentar estas questões. É necessário nomeadamente um reforço inspetivo e uma estratégia e organização sindical especificamente viradas para esta questão. Produziu-se, entretanto, a fragmentação das grandes empresas tradicionais.
 Algumas das suas divisões funcionam em unidades semi - autónomas, utilizando frequentemente o sistema de franchise, reduzindo os quadros e flexibilizando a gestão. Esta situação cria certos problemas à tradicional organização sindical bem como aos serviços e estruturas de gestão da segurança e saúde no trabalho. 
As empresas tendem a diminuir ou acabar com os órgãos de trabalhadores e aligeirar outros serviços de apoio social. Seria necessário desenvolver órgãos dos trabalhadores abrangentes, preocupados não apenas com as questões salariais, mas também com a qualidade de vida e bem- estar dos trabalhadores, nomeadamente com a emergência de riscos psicossociais com destaque para o assédio moral e sexualtendência é a externalização das tarefas tais como a manutenção e algumas partes da actividade principal. Trabalhadores de diversas origens, alguns deles imigrantes, encontram-se numa dada empresa. A questão complica-se ao nível das responsabilidades dos diferentes actores, nomeadamente na questão da segurança e saúde. 
A Organização dos trabalhadores terá também que se adaptar a esta situação. A formação e informação de todos os trabalhadores e os aspectos de coordenação são vitais. A preparação e formação sindical ao nível de línguas e de gestão é indispensável. O crescimento do sector dos serviços é outra tendência reconhecida. Um número cada vez maior de serviços implica um contacto com o público o que acarreta um crescimento do risco de stresse e de violência. Estudos recentes têm demonstrado que a altas taxas de sindicalização correspondem a locais de trabalho mais seguros. A falta de sindicato nas empresas que atravessam estas grandes transformações resulta em menor qualidade no trabalho e de vida. 

5. Mudanças do tempo de trabalho e dos contratos de trabalho 

 Hoje observa-se uma tendência geral de flexibilização dos horários, bem como o aumento do trabalho a tempo parcial, a prazo e independente. Muitas empresas submetem os trabalhadores a horários prolongados e diversos, bem como a “picos” intensivos para satisfazer os seus clientes. Os trabalhadores mais idosos sentem, por vezes, sérias dificuldades para enfrentar esta situação. Os mais jovens têm um desgaste rápido e tanto uns como outros estão expostos a problemas de saúde e segurança e a incompatibilidades com as suas responsabilidades sociais e familiares.
 Constata-se um aumento da intensidade do trabalho em todos os países da Europa com horários prolongados, trabalho ao fim de semana ou a trabalho a tempo parcial não voluntário. Todavia, este aumento de intensidade e de flexibilidade do trabalho não comporta um aumento de autonomia dos trabalhadores em relação ao trabalho O trabalho a prazo e temporário aumentou em quase todos os países da Europa nos últimos anos no quadro do aumento da flexibilidade laboral. Alguns estudos revelam que esta flexibilidade comporta consequências negativas para a saúde dos trabalhadores. Em geral as condições dos trabalhadores precários são piores que as dos permanentes, em particular no que respeita aos movimentos repetitivos, fadiga, stresse Estes trabalhadores precisam de uma atenção especial por parte dos sindicatos. Devem ser encontradas formas de organização sindical apropriadas para ultrapassar as limitações da precaridade. 
A estabilidade do emprego na Função Pública, longe de ser um privilégio é uma condição de dignidade do serviço público e de independência do funcionário face às conjunturas políticas. A amplitude deste fenómeno é tal que, inclusive, se coloca aos trabalhadores da Função Pública, que já sofrem na pele a estratégia de individualizar e precarizar os contratos.
AB
Continua....

JULIO RIBEIRO -Um sindicalista na nossa memória e coração!


«Exactamente no mesmo dia em que se celebra o 43º aniversário da criação da CGTP, lembramos
nós Base-Fut, a partida do nosso companheiro Júlio Ribeiro, Dirigente e sindicalista. São já 12 anos. Pessoalmente, com ele partilhei muitos momentos importantes na vida da nossa organização.
 Conheci-o em 1972, ainda no CCO- Centro de Cultura Operária, movimento que veio a integrar a BASE FUT na sua criação em 1974. Desde essa altura , como amigo e como militante sempre estivemos juntos na militância política, cultural e associativa da Base, bem como nas lutas sindicais no Sindicato dos Bancários do Norte, onde ele foi Presidente da Direcção e dirigente, e eu membro do Congresso.

 Partilhamos juntos a direcção da Base no Norte, durante vários anos, tendo deixado uma marca jamais esquecida na nossa organização, de companheirismo, lutador, amigo de verdade , duma doação extrema à causa dos oprimidos , das lutas laborais e também da confraternização, que fazia parte do seu quotidiano. A ele devo também o que ainda hoje sou, pelo seu exemplo de fidelidade e força, nunca se deixando quebrar pelo desânimo. A ele, sempre presente, o meu obrigada, 

Nota: Contribuiu doando também para a história da CGTP com o seu cuidado arquivo- veja-se documentação do” Centro de Arquivo e Documentação da CGTP- pags. 7,8 de Filipe Caldeira)”-colecção Júlio Ribeiro»
 Carolina Fonseca-Coordenadora da BASE-FUT do Norte

 «Neste dia, também não posso deixar de lembrar o desaparecimento, precisamente há 12 anos, de uma figura que tanto contribuiu para as lutas enquadradas pela CGTP (e não só): o Júlio Ribeiro! Para além disso, nunca mais esquecerei que o Júlio Ribeiro foi um dos grandes responsáveis pela minha militância na BASE, organização esta que foi um dos grandes amores da minha vida!... Um grande abraço para ti.»

Aristides Silva

 «Peço que dês um abraço muito especial à Julieta... Porque lembrando o Júlio, o lembro também com a mesma saudade e admiração, mesmo antes de ter conhecido a BASE, quando ainda jovem.»

 Manuela Guimarães 

«Associo-me a quantos se lembram do Júlio e lhe prestam a mais justa homenagem pela sua entrega a todos os ideais que nos nortearam na vida. Lembro particularmente a Julieta que continua a tornar presente o empenhamento do seu marido ao serviço dum mundo mais justo e solidário.»

P.Jardim

CICLO DE CINEMA LIBERTÁRIO!

Na Biblioteca/Museu da República e Resistência – Grandela Parceria com a TERTÚLIA LIBERDADE tertulialiberdade.blogspot.com Estrada de Benfica, 419 (metro Alto dos Moínhos) ÀS 6ª FEIRAS, A PARTIR DAS 18 H. 

4 de Outubro – Doc. “A Tomada”, Filme “O Pão Nosso” A Tomada, doc. de 87m, de Avi
Lewis&Naomi Klein, aborda a luta de 30 trabalhadores de uma fábrica de peças falida, nos arredores de Buenos Aires, que a ocupam e através da democracia directa entram em autogestão, enfrentando patrões, banqueiros e todo um sistema.
O Pão Nosso, de 1934, um filme de King Vidor, de 80m, conta-nos como um casal norte-americano, vítima da crise do capitalismo, se envolve numa extraordinária empreitada: a criação de uma herdade comunitária com outras vítimas do sistema.

11 Outubro: Doc. “Viver a Utopia”, Filme “Patagónia Rebelde” Viver a Utopia, 1993, de Juan Gamero, com 95m., mostra-nos as realizações anarquistas da Revolução Espanhola de 1936, contadas pelos próprios, que envolveram milhões de pessoas num ideal igualitário. A Patagónia Rebelde, um filme com 107m, de Hector Olivera, de 1974, basea-se na luta dos trabalhadores argentinos, filiados na central anarco-sindicalista FORA que, no seu combate com o patronato, se revoltaram contra os patões e as instituições estatais.

18 de Outubro: Doc: “Terra sem Pão”, Filme “Sacco e Vanzetti” Terra sem Pão, doc 27m,. de Buñuel, de 1932, relata a miséria atroz da comarca espanhola de Las Hurdas, onde grassava a pobreza absoluta. Sacco e Vanzetti, com 120m, de 1971, de Giuliano Montalvo, mostra-nos o processo político de 2 emigrantes italianos italianos, anarquistas, submetidos a um julgamento injusto e condenados à morte apesar de inocentes, apenas devido aos seus idiais.

25 Outubro: Doc.“Fas sin Pat”, Filme “Terra e Liberdade” Fas sin Pat, Fábrica sem Patrões, é um doc. de 63m., de Daniele Incaltern, de 2004, que relata a luta dos operários e piqueteiros da Argentina, na fábrica de cerâmica ZANON, ocupada e gerida pelos operários em auto-gestão. O filme Terra e Liberdade, de Ken Loach, de 1994, mostra-nos como em meados de 1930, um jovem inglês, vai para Espanha lutar pelos seus ideiais na Guerra Civil e descobre quem luta de facto pela solidariedade e liberdade e aqueles que camufladamente anseiam outra tirânia

 6 de Novembro: Doc. “A Tornallon”, Filme “La Cecillia” A Tornallon, com 40m., realizado por Eric Peris, em 2006, mostra-nos a luta de uma comunidade rural dos arredores de uma grande cidade espanhola, Valência, que luta contra a especulação imobiliária estabelecendo uma aliança com jovens da cidade. La Cecillia, com 113 m., realizado por Jean-Louis Camolli em 1975, fala-nos da obra do anarquista italiano Giovanni Rosssi, que em 1890, obteve do imperador D.Pedro II, do Brasil, uma enorme propriedade no estado do Paraná, onde estabelece uma comunidade em que todos os habitantes procuram viver livres, sem leis e sem patrões.

CGTP FAZ ANOS!

A CGTP faz hoje 43 anos de uma existência rica e atribulada! Tempos de resistência á ditadura, tempos de protagonismo revolucionário e tempos de resistência democrática. O País de Abril Democrático não seria o mesmo sem uma Central Sindical como a CGTP. Os capitães de Abril usaram as armas, mas foi o povo na rua e, em particular a CGTP, que nos locais de trabalho fez alterar a situação, criando novas situações, exprimindo a voz silenciada de milhões de trabalhadores que, durante décadas, tinha sido esmagada com a conivência e participação da maioria dos patrões do país! Nem tudo foi bonito e justo, é verdade! Num primeiro tempo a CGTP deixou-se cegar em demasia pela onda revolucionária eivada de um sectarismo que afastou muitos trabalhadores do processo. As contradições da revolução foram dividindo os trabalhadores nos locais de trabalho é certo. Em 1978 a CGTP procurou retificar o caminho embora já não fosse a tempo de impedir a grande cisão que daria lugar á UGT! Os estragos estavam feitos e foram bem aproveitados por quem estava interessado a nível nacional e internacional na divisão sindical. As relações das duas centrais nunca seriam pacíficas, o que trouxe grandes prejuízos ao movimento sindical português e aos trabalhadores que, embora em democracia, foram vendo e sentindo na pele a exploração do seu trabalho e a perda de direitos importantes. Sem a CGTP, hoje aniversariante, os trabalhadores portugueses nunca teriam alcançado os direitos e a proteção social que tivemos e que ainda temos e que teremos que defender e alargar. A todos os ativistas sindicais da CGTP e em particular aos que se referenciam do sindicalismo autónomo da BASE-FUT as nossas saudações fraternais!