A ECONOMIA SOLIDÁRIA E AUTOGESTÃO!


Um texto de Claudio Nascimento, investigador brasileiro e formador da CUT que aborda a questão da autogestão e do novo cooperativismo.O Claudio participou em actividades da Base-FUT e desenvolve há muitos anos um trabalho de investigação sobre as experiencias de autogestão.

«....Nesse contexto, ressurgiu com força cada vez maior a economia solidária na
maioria dos países. Na verdade, ela foi reinventada. O que distingue esse “NOVO COOPERATIVISMO” é a volta aos princípios, o grande valor atribuído à democracia e à igualdade dentro dos empreendimentos, a insistência na AUTOGESTÃO e o repúdio ao assalariamento.A estratégia da economia solidária autogestionária se fundamenta na tese de que as contradições do capitalismo criam oportunidades de desenvolvimento de organizações econômicas cuja lógica é oposta à do modo de produção capitalista.»(do texto)

AS EDIÇÕES BASE-Um contributo para a luta dos trabalhadores portugueses!

As Edições Base ainda antes de iniciarem as suas publicações em 1973, tinham já editado os primeiros Cadernos de Cultura Operária do CCO (1967) bem como pequenos opúsculos, brochuras, cadernos sobre diversas temáticas,e panfletos desde 1963.

As publicações com a chancela das Edições Base foram lançadas entre 1973 e 1999 totalizando trinta e sete títulos, distribuídos por uma vasta gama de temas, quase todos ligados às problemáticas quotidianas dos trabalhadores desse tempo ou seja sindicalismo, política, educação e ensino, alfabetização,socialismo, autogestão, novas formas de pensar a sociedade e a vida e uma outra maneira de ser cristão comprometido na fé, a partir do testemunho....

Percorrendo as publicações ano por ano sobressaíram os anos de 1974-77:quatro livros editados em cada ano.No início dos anos 1980 as Edições produziram três livros mas a partir de 1984 houve um declínio real: apenas uma obra/ano nos anos 84,85 e 86.E depois um longo iterregno voltou a publicar-se uma obra em 1999....

Refira-se num outro ângulo de leitura que dezasseis obras foram traduzidas pelas Edições Base de vários autores ou de instituições estrangeiras, nomeadamente brasileiras e da Confederação Mundial do Trabalho (CMT), Confederação dos Sindicatos Cristãos (CSC-Bélgica) e CFDT-francesa...

Sublinha-se que estas publicações só foram possíveis porque a Base-FUT possuía um conjunto de máquinas de imprimir( um ofsete, uma gravadora, uma fotocopiadora lazer, uma aparadora) que embora não tivessem a perfeição de empresas profissionais do ramo, possibilitava um trabalho com alguma qualidade....

As Edições Base representaram uma abertura de horizontes no quadro do conservadorismo vivido no País, uma afirmação inovadora de pensar a sociedade e a vida....

José Vieira (sociólogo) no livro 30 anos da Base-FUT

Foto: Fernado Abreu, actual Presidente da Base-FUT e grande animador das Edições Base

35º ANIVERSÁRIO DA BASE-FUT


No fim de semana de 7/8 de Novembro a Base -FUT vai festejar em Coimbra o seu 35ºAniversário!Foi em Novembro de 1974 que mais de uma centena de militantes de várias origens ,mas predominando os militantes católicos, criaram a Base-Frente Unitária de Trabalhadores nas instalações do Inatel da Costa de Caparica.O sector operário do catolicismo progressista, na sua maioria quadros sindicais, geravam uma corrente organizada e autónoma no nascente movimento sindical livre português.

Com o tempo a Base-FUT transformou-se numa associação/movimento sem a força sindical incicial mas com outras experiencias sociais, nomeadamente no terreno associativo, formativo e cultural.Conseguiu resistir, adaptando-se, à crise das décadas de 80/90 e procura agora até ao seu Congresso de 2011 uma redefinição e actualização do seu projecto político não abandonando a sua inicial inspiração de transformar a sociedade a partir da base, com os que têm pouco ou nenhum poder, trabalhando pela emancipação e autonomia das pessoas e pela vida no nosso Planeta.

Do Programa do Aniversário consta uma Sessão no dia 07 de Novembro sobre um filme-«HOME-A terra é o nosso mundo» e debate sobre o mesmo e uma noite cultural com jantar e música.

No Domingo haverá o almoço de aniversário, com parabéns e intervenções.


Inscreve-te.Participa!Em breve será publicado o Programa.

IºCURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA SOCIAL


O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade Técnica de Lisboa, vai levar a efeito o I Curso de Pós-Graduação em GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL.


Esta pós-graduação responde à articulação entre duas necessidades: a primeira é a de qualificar os agentes que dirigem as organizações da economia social e que conduzem o terceiro sector em vários domínios da economia e da gestão; a segunda necessidade é a de manter o debate intelectual que procura entender e analisar as realidades sociais, económicas e ambientais com base no estudo das organizações da economia social e das suas estratégias para o desenvolvimento.
O prazo para a apresentação de candidaturas decorre até 16 de Novembro de 2009. O curso tem início em 20 de Novembro de 2009.
Conteúdos Programáticos

JOVENS DEBATEM O SEU PAPEL NA EUROPA!

Sob o lema «Nada sobre a juventude sem os jovens. O papel chave dos jovens na Europa moderna» vai ter lugar em Esposende ,de 22 a 24 do corrente mês, uma Conferencia Europeia promovida pelo Centro de Formação e Tempos Livres da Base-FUT, com o apoio do Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores (EZA) e a Comissão Europeia.

O objectivo do evento é analisar as políticas europeias e pôr os jovens de vários países a debater os problemas e as medidas de política que mais impacto estão a ter nas suas vidas e na vida da União Europeia.

Entre os especialistas que vão intervir na Conferencia e animar os wokshops dos jovens marcam presença Fabri Jean Paul, economista da Universidade de Malta e assessor do Primeiro Ministro daquele país, Urbano Carvelli Professor de Ciências Jurídicas da Universidade de Colónia e António Fazendeiro investigador do CEP da Universidade Católica.

Da Conferencia, que encerrará no sábado dia 24, com a leitura das conclusões, poderá sair as bases de uma Plataforma Europeia para a Juventude no âmbito da rede EZA, que é constituída por mais de 60 centros de formação de trabalhadores implantados em todos os países da UE.

130º ANIVERSÁRIO DE A VOZ DO OPERÁRIO!


A VOZ DO OPERÁRIO vai comemorar o seu 130º Aniversário amanhã, dia 16 de Outubro, com um jantar e uma conferencia sobre a liberdade de expressão com o jornalista José Rebelo.No dia 21 de Novembro será realizada uma Conferencia sobre imprensa operária, sindical e associativa.

Em ambas as inciativas a Base-FUT vai participar e desde já se congratula com as comemorações de uma instituição ímpar do movimento operário e associativo de Portugal!ver

SAÚDE E DESENVOLVIMENTO DO PAÍS!


O FORUM ABEL VARZIM vai realizar no dia 24 de Outubro ,no Auditório Agostinho da Silva da Universidade Lusófona, um colóquio subordinado ao tema«A Saúde como factor de desenvolvimento do Páis».Saúde e cidadania e questões de ética na saúde são os temas que vão estar em cima da mesa nesse dia com intervenções do Dr. António Cardoso Ferreira, médico e animador cultural Doutora Luísa Lima do ISCTE e o médico Gentil Martins para além do p.e Victor Feytor Pinto.Ver

A entrada é livre!



ASSOCIATIVISMO E PARTICIPAÇÃO: Novo movimento social?

Grupo de associações quer avançar com Movimento Social que promova e autonomize a Democracia Participativa e o Associativismo.Já tem Congresso marcado e reuniões regionais.Ver

"2. Promover a Democracia passa, na verdade, por viabilizar as condições de exercício da Democracia Participativa, isto é, passa por proporcionar a sustentabilidade material das iniciativas e estruturas que promovem a participação de entre as quais se destacam as formas organizadas de DP que são as Associações. Não é, no entanto, isso que acontece: longe de serem encaradas como focos de promoção e produção de participação as Associações são tratadas enquanto meras empresas prestadoras de Serviços: apenas pelo que fazem e não pelo que são.

Em boa verdade acabam por ser tratadas pior que as empresas pois, ao contrário do que sucede com estas, o valor dos bens produzidas pelas associações não incorpora as despesas de funcionamento nem tão pouco, com frequência, de trabalho (o calculo do valor da hora do mecânico que nos arranja o automóvel inclui as amortizações e as despesas de logística da oficina; o funcionamento dos projectos desenvolvidos pelas associações não só não as inclui, na maioria das vezes, como exige, quase sempre, uma comparticipação nos gastos)."

BASE-FUT: É URGENTE UMA PLATAFORMA DE ESQUERDA!


A Comissão Política Nacional da BASE – FRENTE UNITÁRIA DE TRABALHADORES, reunida em Ferragudo (Portimão) a 3 e 4 de Outubro, analisou as recentes eleições legislativas e as consequências na evolução política e social do nosso País.

Em primeiro lugar queremos congratularmo-nos com o debate público de problemas e soluções que proporcionaram uma maior consciência de voto, sem deixar, no entanto, de lamentar a enorme abstenção de cidadãos que não acreditam que o seu voto seja necessário.

Por outro lado, sentimos que as campanhas eleitorais ainda são muito centradas nas propostas dos vários partidos e poucos são os momentos em que os partidos procuram saber quais os problemas sentidos pelas pessoas.

Os resultados eleitorais demonstraram, todavia, que as cidadãs e cidadãos votaram tendo presente algumas realidades, nomeadamente o medo da crise financeira e económica mundial e a valorização positiva de algumas reformas que o governo socialista desenvolveu, ainda que inacabadas algumas, ou merecedoras de rectificação outras.

Entendemos assim que do quadro político saído destas eleições se pode criar um ambiente de esperança, optimismo, confiança e responsabilidade, necessário à criação de políticas novas que beneficiem as classes trabalhadoras e os cidadãos em geral e aproveitem as oportunidades de mudança que a actual crise mundial proporciona.

Neste sentido sentimos como necessária e urgente uma plataforma política apoiada pelos partidos e forças sociais de esquerda que:

1. Efectuem uma valoração crítica do realizado pelo anterior governo reconhecendo o que este efectuou de bom e de menos bom, com realce para os aspectos inovadores e sociais, nomeadamente nos domínios das energias renováveis; investigação; plano hidrológico nacional; apoios sociais a idosos; salário mínimo; sustentabilidade da segurança social. E também aspectos polémicos e contraditórios com o ideário do PS como algumas das alterações ao Código do Trabalho, alguns aspectos da reforma da administração pública e da educação, bem como a forma de relacionamento com as organizações de trabalhadores.

2. Negoceiem o núcleo essencial de uma política económica que valorize o emprego, a coesão social e as energias renováveis criando menor dependência do petróleo. Será necessário uma política económica que premeie quem investe e cria emprego e promova a democracia no trabalho, isto é, a participação dos trabalhadores na gestão e na distribuição equitativa da riqueza gerada.

3. Estabeleçam uma política penalizadora de quem especule e usa a propriedade do capital apenas para o lucro fácil e rápido. Tal objectivo apenas será possível com a transparência das transacções e com o fim dos off-shores.

4. Valorizem o diálogo social estabelecendo um novo relacionamento com as organizações, sindicais, apostem num forte protagonismo do Conselho Económico e Social e promovam uma verdadeira participação dos parceiros sociais nas diferentes instituições tripartidas.
No âmbito laboral promovam o trabalho com direitos e as políticas activas de emprego e combatam a precariedade.

5. Apoiem de forma clara a economia social e solidária. O crescimento da economia social, em particular das IPSS, proporcionado pelo investimento iniciado no anterior governo tem que ser acompanhado por uma revolução social nas instituições que permita a sua democratização e uma participação determinante dos respectivos trabalhadores na gestão e autonomia técnica.

6. Iniciem o processo de regionalização política do País permitindo um desenvolvimento baseado nas potencialidades de cada região. A política de solidariedade nacional deverá ser fomentada com a sediação do rendimento onde ele se produz e não nas sedes das grandes empresas sediadas em Lisboa.

7. Promovam uma política internacional de paz, cooperação e de independência dos povos, apostando forte na regulação e democratização das instituições internacionais, promovendo as relações comerciais justas e o desenvolvimento dos povos.

8. Promovam uma política na UE que reforce a sua dimensão social e democrática e de grande força humanista no mundo.

Finalmente que as reformas a conduzir na próxima legislatura tornem consequente o principio da subordinação dos interesses de grupos e direitos adquiridos aos interesses do País (bem comum), ou seja que o principio não se aplique apenas aos trabalhadores. Será necessário que o mesmo principio se aplique aos grupos económicos e financeiros, a políticos e gestores quer públicos quer privados.

A BASE – FUT apela assim a uma ampla mobilização cívica e política dos trabalhadores para se ultrapassar a crise actual lançando as bases essenciais para um futuro melhor para todos que só é possível promovendo a dignidade da pessoa, a justiça social e o futuro do planeta onde todos vivemos.

Ferragudo, 4 de Outubro de 2009

DA DEMOCRACIA POLÍTICA À DEMOCRACIA ECONÓMICA"


CONFERENCIA NA GULBENKIAN EM LISBOA


DIA 20 DE OUTUBRO


PROF.LADISLAU DOWBOR

Programa

 Palavras de abertura: Alfredo Bruto da Costa, Presidente da CNJP


 Apresentação do orador: Prof. Mário Murteira


 Conferencista: Prof. Doutor Ladislau Dowbor


Interpeladores: Doutor José da Silva Lopes, Prof. João Rodrigues


Moderadora: Manuela Silva

Entrada Livre

Nota curricular do conferencista

Ladislau Dowbor é formado em Economia Política pela Universidade de Lausanne;Doutor em Ciências Económicas pela Escola Central de Planeamento e Estatística deVarsóvia (1976). Actualmente é professor titular no departamento de pós-graduação daPontifícia Universidade Católica de São Paulo, nas áreas de Economia e Administração.Continua com o trabalho de consultadoria para diversas agências das Nações Unidas,governos e municípios. Actua como Conselheiro na Fundação Abrinq, Instituto Polis eoutras instituições.Ultimamente tem trabalhado no desenvolvimento de sistemas descentralizados degestão, particularmente no quadro de administrações municipais, envolvendo sistemasde informação para a gestão, políticas municipais de emprego, políticas integradas paracrianças em risco e gestão ambiental.Publicou mais de meia centena de livros e artigos. Textos técnicos disponíveis na homepagehttp://dowbor.org/

JOVENS CATÓLICOS RURAIS PROMOVEM INTERCAMBIO!


A JARC-Juventude Agrária e Rural Católica promove intercambio Norte/SUL de jovens nos dias 16,17 e 18 deste mês.A ideia é ainda participarem na Festa das Colheitas a realizar no dia 18, Domingo, e promovida pela CASA DO OESTE/Fundação João XXIII.

A inscrição é até ao dia 9 de Outubro (as vagas são limitadas) e pagar metade da inscrição (15€). Contacta o Secretariado da JARC (telm. 968337385 ou jarc.nacional@gmail.com) ou o teu animador.

Secretariado JARCAv.Sidónio Pais, 20 4º.Dt.1050-215 LisboaTelm.: 968337385/ Fax: 213146524

ver site do Movimento Mundial de Jovens Rurais

COMPROMISSO À ESQUERDA!

O resultado das eleições legislativas permite afirmar com clareza que os portugueses recusaram a hegemonia neo-liberal, dando o seu voto maioritariamente à esquerda. É por isso legítimo esperar que o futuro governo do País acolha novas políticas solidárias,relançando a prosperidade e a esperança no futuro.

A 27 de Setembro os eleitores revelaram uma inquestionável vontade de entendimento entre os partidos de esquerda. As votações alcançadas pelo Partido Socialista, pelo Bloco de Esquerda e pela Coligação Democrática Unitária são o resultado das fortes movimentações sociais ocorridas na legislatura passada, tendo contribuído decisivamente para gerar uma nova solução pluripartidária susceptível de encontrar respostas aos factores de crise e desigualdade social.Ver texto


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