Caríssimo Virgílio,
Boa noite meu fraterno amigo. Foi um grande prazer te ter ouvido pela última vez, creio que no dia 7 deste mês de Setembro 2009. Contactaste-me para saber se iríamos enquanto membros da Cooperativa ao encontro que teria lugar em S. Brás de Alportel, terra que tinhas um carinho especial. Agora que já não temos hipótese de conversar, ao telefone ou nas cavaqueias de reuniões nacionais, decidi prolongar as nossas cavaqueias escrevendo-te uma palavrinha de amigo a amigo. Estou convicto que tu ouvirás esta minha (nossa) mensagem, quiçá de todos aqueles que te queriam dizer, que foi bom te ter por amigo, de te ter encontrado nesta passagem, de ter vivido bons momentos no nosso colectivo. E foram muitos e bons.
Sabes, tu estavas lá naquela repleta Igreja Matriz de Loulé (a tua bonita fotografia em cima da urna queria significar que tu continuavas connosco). O teu espírito continua bem presente nas nossas mentes de amigos de todas as idades, crenças, classes sociais, teus colegas de escola, militantes da Base, e certamente de alguns partidos políticos. Todos lá nos encontrávamos porque tu mantinhas uma grande e genuína amizade com os presentes e com muitos mais que não souberam da tua passagem para a outra margem do caminho, ou que não puderam vir ao teu encontro.
Dizia eu que a tua amizade, a tua maneira de ser, o teu carinho, o teu sorriso espontâneo, a tua pronta camaradagem, a tua maneira brincalhona, o teu espírito puro, a tua dedicação às causas nobres, as tuas antevisões, as tuas atrevidas leituras da vida, o teu espírito altruísta, o teu inconformismo, a tua maneira rebelde de não aceitares as injustiças sociais, a todos nos marcou, de uma maneira ou de outra.
A bonita celebração de acção de graças a Deus por tu teres aceite o desafio de seres seu apóstolo, neste país, constituiu um hino de louvor que os presentes quiseram te prestar. Foi a nossa derradeira homenagem, com a tua presença física inamovível, silenciosa.
O celebrante conhecia-te certamente bem para ter proferido palavras elogiosas sobre a tua pessoa. Começou por dizer que queria salientar primeiramente duas coisas: uma o que nos reúne nesta assembleia é amizade que todos nós temos para contigo, a amizade que conseguites cativar em cada um de nós (dos presentes e dos ausentes), como a de Saint-Exupéry, no Petit Prince. A outra, é a esperança na fé que esta comunidade de crentes tem, na qual tu te integravas e integras.
Na homilia o mesmo celebrante referiu-se às tuas linhas de força enquanto pai de família, sempre cumpridor dos teus deveres, enquanto profissional, o rigor e exigência para com os alunos e o companheirismo diante dos colegas; como interveniente pelas causas da justiça, enquanto cidadão pelo teu empenho sem modelagem, mas com elevado sentido crítico de intervenção social. O Virgílio foi um puro de espírito, um homem bom, disse ainda o sacerdote. A leitura do Evangelho sobre as bem-aventuranças foi um texto que reflectiu bem aquilo que fostes enquanto estivestes em nossa companhia.
Boa noite meu fraterno amigo. Foi um grande prazer te ter ouvido pela última vez, creio que no dia 7 deste mês de Setembro 2009. Contactaste-me para saber se iríamos enquanto membros da Cooperativa ao encontro que teria lugar em S. Brás de Alportel, terra que tinhas um carinho especial. Agora que já não temos hipótese de conversar, ao telefone ou nas cavaqueias de reuniões nacionais, decidi prolongar as nossas cavaqueias escrevendo-te uma palavrinha de amigo a amigo. Estou convicto que tu ouvirás esta minha (nossa) mensagem, quiçá de todos aqueles que te queriam dizer, que foi bom te ter por amigo, de te ter encontrado nesta passagem, de ter vivido bons momentos no nosso colectivo. E foram muitos e bons.
Sabes, tu estavas lá naquela repleta Igreja Matriz de Loulé (a tua bonita fotografia em cima da urna queria significar que tu continuavas connosco). O teu espírito continua bem presente nas nossas mentes de amigos de todas as idades, crenças, classes sociais, teus colegas de escola, militantes da Base, e certamente de alguns partidos políticos. Todos lá nos encontrávamos porque tu mantinhas uma grande e genuína amizade com os presentes e com muitos mais que não souberam da tua passagem para a outra margem do caminho, ou que não puderam vir ao teu encontro.
Dizia eu que a tua amizade, a tua maneira de ser, o teu carinho, o teu sorriso espontâneo, a tua pronta camaradagem, a tua maneira brincalhona, o teu espírito puro, a tua dedicação às causas nobres, as tuas antevisões, as tuas atrevidas leituras da vida, o teu espírito altruísta, o teu inconformismo, a tua maneira rebelde de não aceitares as injustiças sociais, a todos nos marcou, de uma maneira ou de outra.
A bonita celebração de acção de graças a Deus por tu teres aceite o desafio de seres seu apóstolo, neste país, constituiu um hino de louvor que os presentes quiseram te prestar. Foi a nossa derradeira homenagem, com a tua presença física inamovível, silenciosa.
O celebrante conhecia-te certamente bem para ter proferido palavras elogiosas sobre a tua pessoa. Começou por dizer que queria salientar primeiramente duas coisas: uma o que nos reúne nesta assembleia é amizade que todos nós temos para contigo, a amizade que conseguites cativar em cada um de nós (dos presentes e dos ausentes), como a de Saint-Exupéry, no Petit Prince. A outra, é a esperança na fé que esta comunidade de crentes tem, na qual tu te integravas e integras.
Na homilia o mesmo celebrante referiu-se às tuas linhas de força enquanto pai de família, sempre cumpridor dos teus deveres, enquanto profissional, o rigor e exigência para com os alunos e o companheirismo diante dos colegas; como interveniente pelas causas da justiça, enquanto cidadão pelo teu empenho sem modelagem, mas com elevado sentido crítico de intervenção social. O Virgílio foi um puro de espírito, um homem bom, disse ainda o sacerdote. A leitura do Evangelho sobre as bem-aventuranças foi um texto que reflectiu bem aquilo que fostes enquanto estivestes em nossa companhia.
José Vieira (sociólogo e militante da Base)
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