MANIF NACIONAL DA FUNÇÃO PÚBLICA!


Entre 40 a 50 mil trabalhadores manifestaram-se ontem, em Lisboa, a convite da CGTP demonstrando a insatisfação generalizada que reina nos serviços públicos e contra o congelamento salarial decretado pelo Governo!
O desfile,embora aqui e ali com alguns elementos humorísticos, obedeceu ao estilo tradicional de uma manif portuguesa com palavras de ordem complicadas ou já muito usadas.

Os actores principais são como sempre (talvez mais agora) os trabalhadores pouco qualificados das autarquias e dos ministérios da educação e da saúde!São os trabalhadores que ganham menos de 1000 euros e que são pau para toda a colher!Recolhem o lixo das cidades, tratam do território e do saneamento e água,limpam as escolas e fazem de polícias nas mesmas, tratam dos aspectos menos agradáveis nos centros de saúde e hospitais!
No fim do mês, depois de bem explorados o Estado paga-lhes 500 e tal euros,quando muito, já velhos, paga-lhes 700 ou 800 euros!Estão fartos de fazerem manifestações...perdem algum dinheiro no dia de greve e manif mas também folgam as costas que os tempos vão duros, cada vez há menos gente nos serviços!Uns estão de baixa, outros já foram embora para a reforma e as entradas são a conta gotas ou estão congeladas!

As mulheres da educação e saúde estão em força nesta manif, depois dos homens das autarquias.Gritam bem alto os seus slogans:contra os salários baixos e contra o SIADAP o tal sistema burocrático de avaliação que é injusto e um entrave a subirem na carreira já tão limitada para estas mulheres!
No meio da Manif vão algumas centenas de professores a representarem a classe!É apenas uma pequena demonstração de solidariedade!Eles conseguiram levar o Governo a uma negociação séria!Os restantes funcionários...vão perdendo cada vez mais direitos e salário!É uma das consequencias da divisão sindical!Do cada um por si!

Mais do que nunca é necessária a unidade na luta para não se perder tudo!A situação exige unidade de todas as correntes numa plataforma sólida e estratégica e não apenas de ocasião!A situação exige um salto qualitativo na acção dos trabalhadores portugueses!

Sem comentários: