A actual crise económica e social , na qual os trabalhadores não têm responsabilidade, para além de estar a gerar um desemprego inaceitável, está também a degradar a qualidade do trabalho como nunca aconteceu nas últimas décadas do capitalismo.Esta foi uma das constatações do Encontro alargado da Comissão para os Assuntos do Trabalho (CAT) da BASE-FUT,que decorreu ontem, dia 09 no Centro de Formação e Tempos Livres, em Coimbra.
A degradação da qualidade do trabalho significa degradação da vida individual familiar e social dos trabalhadores bem como da sua saúde física e mental e está em grande medida relacionada com as novas formas de organização do trabalho, nomeadamente os ritmos de trabalho, desregulação dos horários de trabalho, baixas remunerações do pessoal não qualificado e assédio moral.As novas formas de organização obedecem em geral a estratégias de lucros a curto prazo e competitividade a qualquer preço.
Constata-se no entanto que existem empresas onde há satisfação no trabalho embora exista desregulação dos horários mais ou menos imposta, pressão e stress.
Perante as dificuldades e fragilidades detectadas nas empresas é hoje mais do que nunca necessário um sindicalismo eficaz, autónomo e independente, bem como uma inspecção do trabalho mais actuante e próxima dos trabalhadores!
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