COMO A INTERSINDICAL PASSOU PARA CGTP-IN!


«O congresso confirmou também o símbolo, desenhado e pintado pelo arquitecto Manuel Sebastião Barrão Nicolau, em que a chave representa os operários, a caneta os trabalhadores dos serviços e a espiga os operários agrícolas.

Nas palavras do arquitecto as figuras brancas e pretas bem como o pavimento de mosaicos pretos e brancos pretendem significar« um certo universalismo multirracial e o anticolonialismo, questões então muito vivas politicamente»

Contudo, foi a mudança do nome que simbolizou a assunção pelo congresso da herança histórica mais relevante.A designação CGTP-IN, ou seja, Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional, foi aprovada consensualmente por todas as correntes politico-ideológicas que coexistiam na CNOC (comissão organizadora do congresso), ao estarem de acordo em considerarem-se os legítimos herdeiros do sindicalismo anarquista e revolucionário da Primeira Republica, do sindicalismo unitário da resistência antifascista e do seu enriquecimento no processo revolucionário do 25 de Abril.

O novo nome aprovado no congresso aglomerava assim a designação da CGT -Confederação Geral do Trabalho-com a de Intersindical, com as suas raízes assentes na luta sindical da Primeira República, na luta antifascista durante 48 anos e na participação activa dos sindicatos na Revolução de Abril.

No livro «Contributos para a história do movimento operário e sindical-das raízes até 1977» apresentado pela CGTP no dia 28 de Janeiro em Lisboa, da autoria de vários sindicalistas e fundadores da Central Sindical.

Ver resolução da CGTP aprovada nas concentrações distritais desde 24 de Janeiro contra o desemprego, cortes salariais e mudanças na lei laboral.Ver

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