ATIVAR A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA!

Acompanhando os desafios para um futuro mais participado e democratizado torna-se necessário ativar a mobilização das populações. É neste sentido que vai a necessidade de um novo impulso que projete todos os Movimentos e as Associações ligadas à cidadania participativa e ativa para que estas junto das populações possam, através da mobilização, lutar e contribuir para resolução de muitos dos seus problemas.

É preciso acompanhar as preocupações do Movimento da Democracia Participativa, sabemos que as causas justas têm dificuldade em se apresentarem, porque são omitidas e desprezadas pela comunicação social o que impede que o seu papel não seja conhecido da população em geral. Também é preocupante o facto de haver forças que se sentem representativas e estão há muito instaladas que por interesses de vária ordem empurram sempre no sentido contrário à da participação real e ativa das populações.

Para contrariar isto, as associações e os movimentos políticos e cívicos defensores da democracia ativa e participativa, preocupam-se com a construção de um mundo novo integrando a participação cidadã na causa do aprofundamento da democracia.

A luta passa por mobilizar as pessoas, e identificar onde estão os nossos maiores problemas e desafios face às chagas contraídas pelas politicas da economia capitalista globalizada, dos especuladores e das deslocalizações de empresas para os chamados paraísos fiscais e ambientais.

É preciso desmontar a hipocrisia existente através do devoto esquecimento dado por quem nos tem governado quase sem qualquer apoio, mas também por outras entidades responsáveis que por omissão, abandono ou desprezo abominam a participação da cidadania ativa praticada pelos seus concidadãos.

Assim, também é o que devemos fazer com a economia social, porquanto e por vezes pela sua boa imagem os poderes a usam em seu proveito pois só olham para ela quando esta lhes está a ajudar a tapar os buracos sociais por si abertos, sobretudo através do voluntariado e da assistência benéfica e solidária que esta presta.

Queremos mais democracia participativa, para exigir de todos os poderes, mesmo dos parlamentos e dos governos, que com honestidade cumpram todos os legítimos direitos que se comprometeram e são as aspirações das populações.

Queremos mais participação para lutar contra as desigualdades na repartição dos rendimentos, contra a pobreza e a exclusão. Para isto mobilizaremos com empenho mais cidadãos exigindo mais coesão social que nos prometeram.

Afirmar que há valores chave como é o caso do já praticado na maioria da economia social democrática e interventiva onde cada pessoa vale pela sua presença e pelo seu voto. Por exemplo nas cooperativas e em muitas associações são familiares os debates sobre questões de cidadania como o desenvolvimento nacional e local, mas também de desenvolvimento sustentável como da economia verde ou mesmo de todo o meio ambiente, causas que precisam de ser ampliadas para melhor conhecimento e intervenção de todos os cidadãos e cidadãs.

Há consciência que se deve continuar a desenvolver os conhecimentos coletivos em relação ás preocupações ambientais a fim de que, e de forma ativa, as populações proponham medidas governativas com soluções. Mas esta preocupação não pode ficar por aqui, urge que os cidadãos e as cidadãs adiram a esta causa que será fundamental para garantir envolvimento correto quer coletivo quer individual.

A democracia não se esgota nos deveres cívicos convencionais, são mais amplos e exigentes connosco próprios. É pois preciso contribuirmos com a nossa participação responsável para com o nosso futuro e dos nossos familiares e concidadãos.

João Lourenço-sindicalista

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