LUTAS SOCIAIS NO BRASIL!

Claudio Nasdcimento,investigador e militante brasileiro da autogestão e economia social foi
resistente á ditaduta brasileira nos anos oitenta, torturado e exilado durante vários anos, colaborador da CUT.A nosso pedido enviou um conjunto de primeiras impressões/reflexões sobre as lutas sociais que emergem com grande força no Brasil! 


«Alguns elementos em relação a um processo com muito ineditismo:

É um movimimento com inedistismo e muito forte, no sentido de profundidade e no de amplitude.

Iniciou de forma isolada, numa ou noutra capital.Depois, em muitas capitais.Ontem, dia 20, foram mais de 100 cidades com milhares de pessoas.Sobretudo, o movimento, a ‘onda de participação’ ,foi pro interior, o que vem ocorrendo desde 2ª feira, dia 17.


Na 5ª feira da semana passada, a policia foi super violenta em SP.

A partir desse momento, a participação aumentou, tanto q no Rio na 2ª feira eram 100 mil nas ruas.

Ontem, em Recife mais de 50 mil, SP cerca de 100 mil, e no Rio umas 500 mil.

O movimento começou na luta pela tarifa de ônibus. Mas, após a 2ª feira, se ampliou e luta por muitas reivindicações.Não há lideranças e um Projeto claros.Um cilco se esgotou, de refluxo em termos de participação nas ruas e praças. O Governo Lula trouxe melhorias econômicas e sociais, mas houve carência em termos de organização popular-sindical e consciência politica em torno de um Projeto de Nação.Ficou reduzido ao pragmatismo politico com politicas ,fundamentais, de apoio as camadas mais pobres, contra a miséria.


Agora, PT, Cut e Governo federal estão perplexos com a nova conjuntura.


O Parlamento idem, aprova nessa conjuntura Leis anti-populares e contra a cidadania.A CUT e o PT só entraram ontem. Dilma essa manhã chamou reunião do Ministerio.A direita em todas suas formas, tenta se aproveitar em forma eleitoral para 2014 ,eleições presidenciais.Chega a falar em “golpe” , exibe na TV o processo que derrubou Collor, no empecheament de 1992.A direita tem um Partido : a Mdia ,como em toda America Latina.Suas bandeiras estão centradas em ‘contra a corrupção”, e buscando localiza-las no PT e Dilma (mensalão).

Perdeu o pé na historia e busca aproveitar a conjuntura em curso para vencer em 2014.A conjuntura econômica não é ruim, inflação há mas controlada; desemprego muito baixo.A Copa do Mundo ativou : Estadios caríssimos construídos em parte com recurso publico.Isso contrasta com situação social em muitos campo ainda muito precária.A desigualdade é parte da formação histórica do Brasil, não vai mudar em 15 anos.Há distribuição de renda , mas há uma enorme concentração de renda e desigualdade.As mazelas sociais e a violência ficam expostas ,às claras.Hospitais, escolas, mostram grandes carências.Transporte, por onde o movimento começou, com muitos problemas, tarifas altas, serviço ruim, transito lento.Em todos os campos, assim, as bandeiras são muitas e foram todas misturadas para as ruas.


Como em todo processo de mobilização de massas ,há também grupos extremistas, pequenos, a esquerda e a direita.A esquerda alguns partidos fazem a oposição pela oposição ao Governo e disputam com o PT.A direita, há provocadores da policia e grupos neonazistas. Atos violentos espantam a afastam as pessoas das ruas. E a Midia ,Globo, centra os noticiarios nesse aspecto.E há saqueadores, grupos que estão marginalizados, talvez traficantes,etc.A Midia só destaca a violência e vandalismo, depredações e saques.


O movimento tem um forte caráter ‘a-partidario” e anti Poder Publico.


Partidos e Parlamento e Governos ficaram parados em um pragmatismo politico.Estão centrados em eleições.O processo está em curso e aberto.O movimento social ainda não tem condições para ir além das reivindicações atuais.Por exemplo, como criar órgãos populares e democráticos de gestão das Cidades e do Estado, a partir de bairros,etc.Os Governos atendem algumas reivindicações, com a da tarifa que foi diminuída.Mas, e depois ?Faz tempo que na formação politica, na educação popular, estávamos nos preparando para um nvo ciclo de lutas.Ele chegou e com ineditismo.Não é como os anteriores, com hegemonia de trabalhadores de campo e cidade.Agora, começou com a juventude e setores populares da periferia.O processo está aberto, em disputa.Hoje mais manifestações.»

Abraços.

Claudio Nascimento

Autogestão



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