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Na Marinha Grande tomou-se o poder politico-administrativo, e os vidreiros foram a ponta de lança do movimento. Em Almada, Silves e outras localidades organizaram-se greves e sabotagens. Foram três dias de luta e ansiedade para muitos militantes operários espalhados pelo país!
Na margem sul a movimentação grevista foi intensa, região operária por excelência naquela altura! Corticeiros e ferroviários estavam na vanguarda da luta! Mais a sul em Silves foram igualmente os ferroviários e corticeiros que avançaram nas ações de sabotagem dando início ao movimento grevista. Na capital, Lisboa, as coisas pouco mexeram e muito do planeado não eclodiu conforme se tinha combinado.
As amarguras e cisões existentes no movimento operário da época avolumaram-se com o fracasso da greve que pretendia impedir aquilo que veio a acontecer: o fortalecimento da ditadura e a liquidação do movimento sindical livre! A maioria dos dirigentes operários foi presa e alguns acabaram por morrer no Tarrafal, colónia penal brutal do salazarismo! Mais do que glorificar acriticamente o 18 de janeiro importa perceber as causas do fracasso! Foram muitas as razões! Sabemos, porém, que os dirigentes sindicais, mais do que os trabalhadores, estavam divididos e não conseguiram encontrar formas de unidade na diversidade!
1 comentário:
Queria agradecer ao autor do blog o apontamento a propósito do 18 de Janeiro. Claro que a realidade actual não é a de 1934,mas é bem oportuno refrescar a memória e lembrar as causas dos fracassos de outros tempos. Agora, as formas de repressão são outras e as estratégias dos poderes são mais sofisticadas...
Sublinho do texto: "As amarguras e cisões existentes no movimemto operário da época avolumaram-se com o fracasso da greve que pretendia impedir aquilo que veio a acontecer: o fortalecimento da ditadura e a liquidação do movimento sindical livre".
José Manuel Duarte - Covilhã
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