No
último post fizemos algumas considerações sobre o sindicalismo de base,
contrapondo-o ao sindicalismo de cúpula e dirigista, sem a participação dos
trabalhadores, e ao basismo inoperante e sectário!
Podemos
agora abordar o significado de um sindicalismo de massas. Todo o sindicalismo
deve ser de massas, isto é, está aberto à participação de todos os
trabalhadores e deve organizar, pelo menos, dois terços da classe. O
sindicalismo de massas investe na informação, formação e mobilização dos
trabalhadores como elementos essenciais, verdadeiramente estratégicos para a
ação sindical! Este sindicalismo é democrático e, ao contrário do que a palavra
pode dar a entender, não é massificado. No sindicato de massas o poder não está
nos «chefes» mas sim nos trabalhadores. São distribuídas responsabilidades,
grupos de trabalho e tarefas para todos. É anti corporativo pois não se fecha
na sua classe profissional, estando solidário com o conjunto dos trabalhadores.
O sindicalismo de massas é constituído por trabalhadores conscientes do seu
poder. O sindicalismo de massas contrapõe-se ao sindicalismo de gabinete, onde
os dirigentes ou os assessores sindicais são protagonistas e fazem acordos que
os associados por vezes desconhecem!
Como é
evidente no atual momento o sindicalismo sofre uma grande erosão e
progressivamente deixa de ser um sindicalismo de massas e passa quase a ser um
sindicalismo de sindicalistas, de quadros! O sindicalismo de massas em Portugal
é fundamentalmente defendido pela CGTP embora numa perspetiva de subordinação
estratégica ao partido. No entanto, mesmo numa situação destas é importante
manter a filosofia do sindicalismo de massas.A BASE-FUT defende um sindicalismo de massas!
INFORMAÇÃO LABORAL!
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