OPOSIÇÃO CATÓLICA AO ESTADO NOVO!


Foi editada recentemente a obra «A OPOSIÇÃO CATÓLICA AO ESTADO NOVO» do historiador João Miguel Almeida, com prefácio de Fernando Rosas.

Uma obra «que estuda os homens e mulheres que integraram a oposição católica ao Estado Novo, as suas ideias, formas de acção e organização, aspirações e expectativas, permite compreender a contestação de alguns sectores da Igreja Católica portuguesa ao regime autoritário que governou os destinos de Portugal durante 48 anos...»

A obra tem a vantagem de dar uma panorâmica da oposição católica mas é bastante insuficiente no que respeita aos sectores operários católicos, o que tem sido uma constante na investigação sobre esta temática.Sobre a oposição dos católicos á guerra o autor também poderia ir mais longe na medida em que já existe alguma investigação, nomeadamente a tese do sociólogo José Vieira que investigou os católicos e a guerra no Marcelismo.

«Em 1967, o CCO (Centro de Cultura Operária) inicia a publicação de uma série de documentos que se tornaram emblemáticos desta organização, os Cadernos de Cultura Operária.No final da década de 60 do século XX, duas perspectivas se confrontam no Centro:a de que se deviam criar sindicatos cristãos em Portugal, de que um dos defensores é Alfredo Morgado, e a de recusar a cosntituição de sindicatos ou partidos confessionais.Fernando Abreu é u m dos rostos desta posição.O dilema é discutido em Friburgo, na Suíça, numa reunião de formação de sindicalistas clandestinos organizada pela Federação Internacional de Sindicatos Cristãos e apoiada pela Comissão de Liberdade Sindical da OIT.
Na reunião participam além de animadores portugueses do CCO, activistas sindicais espanhóis.Esta clivagem manifesta-se de novo no 1º Conselho Geral do CCO em 15 e 16 de Junho de 1967.No ano seguinte dá-se a ruptura com a saída de Alfredo Morgado dos cargos de permanente e Secretário Geral.Sucede-lhe Fernando Abreu então vice-Presidente da Direcção Geral da LOC.Vinga a tese de que a intervenção sindical dos emmbros do CCO devia realizar-se juntamente com a dos trabalhadores não-cristãos»(da obra referida).

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