Entre os Gregos havia formas de democracia directa, quer dizer de eleição para o povo, em função e através do povo, directo, e não a democracia indirecta, que é aquela se raliza através dos “representantes” do povo. Entre os Gregos o voto era directo, quer dizer, as votações eram peblescitos a respeito de qualquer problema ou pessoa. E hoje em dia o peblescito é considerado uma coisa perigosa.
O voto directo é evitado nas nossas democracias, que pretendem ser democracias apesar disso, mas no fundo são aristocracias dirigidas por “eleitos” pelo povo, mas só eleitos indirectamente. A nossa democracia é uma democracia indirecta, ao passo que a dos Gregos era uma democracia directa, como de resto as democracias guerreiras dos Germanos também o eram – as decisões eram tomadas pelo povo dos guerreiros reunido. Essas democracas eram, portanto, directas; a nossa é uma democracia indirecta, dirigida actualmente em Portugal por dois partidos, que apenas respondem perante os seus dirigentes. Quem decide não é o povo, mas a classe política.
Essas democracias eram limitadas ao povo da cidade ou grupo social, mas não aos membros dos partidos. As chamadas democracias ocidentais são na realidade aristocracias, tanto políticas como economicas, porque o poder é realmente desempenhado por indivíduos que se fazem eleger, e fazem eleger-se deputados do povo não directamente pelo povo, mas pelos partidos, o que é uma coisa diferente. E os chefes dos partidos são indivíduos que se preparam para isso e que conquistam esse lugar. E depois exercem o poder através dos governos, que, em teoria são emanações dos deputados. A ideia de democracia é, portanto, um bocado ilusória. E as democracias dos Gregos e dos Germanos eram democracias baseadas no voto directo.
José Luis Félix-Tertúlia Liberdade
1 comentário:
Para os gregos a governação era sorteada e nisso viam a igualdade já que casa um poderia ser. Sócrates opôs a que o Armador fosse governado pelo estivador e por isso foi condenado à morte.
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