ACORDO USA-UE : uma espada na nossa cabeça!

Passando por cima das cabeças da maioria dos europeus prepara-se um acordo, quase secreto, de comércio entre os Estados Unidos da América e a União Europeia. Negoceia – se um acordo por onde, sob a capa de um alto conteúdo técnico, poderão passar políticas que vão condicionar a vida dos trabalhadores e consumidores europeus!
 Políticas que poderão degradar ainda mais as condições de trabalho na Europa e baixar os rendimentos do trabalho! Trata-se da Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento que, segundo a propaganda oficial das agências de marketing ligados aos grupos económicos e financeiros vai facilitar a vida de milhões de europeus, bem como o comércio livre e o investimento! Porém, o que a Confederação Europeia de Sindicatos (CES) e outras organizações populares nos dizem não é bem assim! Tudo depende da forma como decorrerem as negociações e de como forem salvaguardados alguns aspetos fundamentais no referido Acordo.
Entre esses aspetos estarão as necessárias cláusulas que garantam o trabalho digno, nomeadamente as principais convenções da OIT, o ambiente e os serviços públicos. Sabemos que por vontade das multinacionais americanas e europeias o acordo visa facilitar o livre comércio e investimento para eles, apostando onde os salários forem mais baixos e os Estados mais fracos, onde existirem menores exigências no domínio do ambiente e de segurança e saúde no trabalho!
 Sabemos que, em particular os negociadores americanos, querem passar por cima dos parlamentos Estados e instituições de controlo popular! Querem impor a lei do mais forte, a lei do capital! Querem um acordo que pode esvaziar e sabotar a democracia ainda mais, colocando os Estados fora das grandes decisões e, perante possíveis investimentos, enfrentarem o dilema de aceitar emprego sem qualidade, sem direitos e a destruição territorial e ambiental Com um acordo destes mal negociado, sem conteúdos no domínio ambiental e do trabalho digno a Europa corre o risco de acentuar o retrocesso civilizacional ao nível dos direitos sociais e relações laborais! Convém estar atento acompanhando este processo, procurar informação nomeadamente nos sites das organizações sindicais mundiais e ongs.

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