O sindicalismo
de classe é uma conceção da ação e filosofia sindical que visa a defesa dos
interesses próprios e autónomos das classes trabalhadoras. Opõe-se ao
sindicalismo colaboracionista, que considera que patrões e trabalhadores têm os
mesmos interesses e que o trabalho é um mero fator económico e o trabalhador um
instrumento.
O
sindicalismo de classe considera que os trabalhadores podem produzir uma
ideologia própria, ou seja, uma visão do mundo autónoma! Hoje há quem sustente
que já não existe uma classe operária com capacidade de produzir essa cultura e
que comporte valores e alternativas sociais e políticas próprias!
Todavia,
enquanto existir uma economia capitalista e o trabalho assalariado for
dominante existe uma classe trabalhadora que tem interesses comuns e pode ter
uma consciência de si, uma identidade própria e formas de organização laboral e
política.
Formas de luta autónomas!
O
sindicalismo de classe desenvolve formas de luta autónomas, negociando sempre que
necessário e avançando para formas de luta, incluindo a greve, quando estão em
causa direitos e interesses dos trabalhadores. Este sindicalismo defende que a
nível nacional e internacional o poder dos trabalhadores deve ser decisivo na
definição dos modelos de sociedade. Não deve ser o capital e os sistemas financeiros
a definirem o coração das sociedades como acontece na atualidade. Ou seja, este
sindicalismo não se contenta com as migalhas do sistema mas quer ser o ator
principal das transformações sociais, económicas e políticas! Daí que o
sindicalismo de classe defende a organização dos trabalhadores desde o nível
local até ao nível mundial, bem como a globalização dos direitos e interesses
dos trabalhadores que são a maioria da população. Em Portugal a CGTP defende o
sindicalismo de classe, embora com diferenças substanciais no seu interior! A
BASE-FUT defende o sindicalismo de classe sem subordinação estratégica a
qualquer partido!INFORMAÇÃO LABORAL!
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