SAÚDE NO TRABALHO E AS MULHERES!

«...A apresentação dos resultados de um inquérito a mais de 400 mulheres realizado pela CSC, sindicato cristão belga, e a crítica aos estereótipos ainda existentes sobre o trabalho das mulheres foram das temáticas mais interessantes do seminário, ambas apresentadas por Rebecca Peters, responsável daquela central sindical, organização com uma longa experiência de trabalho nesta matéria.
O inquérito revela que as mulheres trabalhadoras têm uma vida difícil e que os problemas aumentam com a idade. O levantamento de pesos e os ritmos de trabalho e a posição do corpo são alguns dos problemas do foro músculo-esquelético. Constatou-se que há muitas mulheres a trabalhar mais do que 35 horas. Mas, os ritmos de trabalho revelaram-se como o grande problema para as mulheres entrevistadas, o que os mais recentes dados do último inquérito europeu da EUROFOUND sobre as condições de trabalho vieram confirmar. Segundo o inquérito da CSC as mulheres mais idosas têm mais problemas com as mudanças no trabalho; por outro lado as cargas físicas são mais difíceis de suportar do que as psicológicas. As trabalhadoras em geral não estavam conscientes dos riscos a que estavam expostas nos locais de trabalho.
A responsável da CSC referiu ainda os estereótipos que abundam na sociedade sobre o trabalho das mulheres e que têm as suas raízes na cultura dominante e na educação das crianças. Constata-se que as mulheres estão frequentemente nos trabalhos menos prestigiantes e de pouca visibilidade. As mulheres ainda ganham salários menores do que os homens e têm mais dificuldade que estes em aceder aos lugares superiores da hierarquia das empresas;....»(Do relatório do seminário a «promoção da segurança e saúde no trabalho numa perspetiva do género» promovido pela Organização alemã NBH e o sindicato macedónio UNASM em Ohrid, Macedónia)

Em alguns países há muitas mulheres nos sindicatos pelo que estas questões de género têm condições para progredir de forma mais rápida.

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