Paulo Caetano é o Coordenador Regional da BASE -FUT das Beiras e também Presidente do Centro de Formação e Tempos Livres. É ainda vereador do Município de Seia e desenvolve diversas atividades eclesiais como cristão empenhado na igreja local. Casado e pai de dois filhos o Paulo está sempre disponível para os outros e para a comunidade! Publicamos uma pequena entrevista para o conhecermos melhor.
1ª Em poucas palavras como avalias a tua experiência de autarca e como a articulas com outras atividades políticas, nomeadamente na BASE-FUT? Podemos dizer que é um trabalho de base?
Tem sido uma experiência enriquecedora, que me tem munido de competências e capacidades para uma intervenção mais séria e sólida na vida politica, económico-social e familiar. Ser autarca tem-me permitido conhecer e estar próximo das pessoas, fazendo uso da política para tomar algumas decisões que melhorem a vida das pessoas. Esta experiência têm-me permitido formar opinião pessoal e expressar de uma forma mais autónoma e consciente sobre a realidade que se vai passando à minha volta, fazendo um trabalho de base, uma intervenção mais real, fecunda e cívica. E é neste contexto que eu situo a BASE-FUT, ou seja, nesta plataforma de vida que integra o socio, profissional e familiar, partindo de um trabalho de base e proporcionando uma intervenção cívica.
2ª Atualmente quais são na tua opinião as maiores dificuldades para conciliares a tua vida profissional e militante com a vida familiar?
Eu diria que são 3 as maiores dificuldades para conciliar a vida familiar, militante (voluntária) e profissional. Primeiro a exigência que o mundo profissional está a colocar nos trabalhadores, nãos e excluindo aqui os autarcas, pois desde cedo entendi que estava para servir e não ser servido! Depois, a necessidades de dar resposta às pessoas, resultante da sua cada vez maior exigência. Em terceiro lugar, diria que é a nossa incapacidade de sermos nós próprias e aproveitar as coisas boas que a vida tem. Claro que para exercer as minhas funções, muitas vezes a família ficou prejudicada, pois a exigência e o levar a sério as minhas funções, não permitiu que eu desse mais tempo e dedicação. Resumindo, o mais difícil tem sido o equilíbrio destes três fatores, que ora traz alegrias e outras nem por isso!
3ª A tua atividade política é alimentada pelas tuas convições de cristão? De que maneira?
Ser cristão hoje em dia é uma tarefa tão exigente como ser politico ou carpinteiro. Aplicar os princípios de cristão na politica, tem sido em muitos momentos, contrariar as regras já existentes e dar oportunidades a quem ainda não as tinhas. E fascina esta oportunidade de ajudar as pessoas mais simples, que não têm mais ninguém a quem recorrer. Ser bom, à maneira de Cristo, não me pode deixar de tomar as decisões, por mais difíceis que possam ser, aplicando as regras da justiça e igualdade. No fundo, é ser uma pessoa dedicada, fiel aos princípios e colocar a minha função e os outros em primeiro lugar.
4ª Como aprecias este Governo PS com apoio das esquerdas? É preciso ir mais longe e é possível?
Eu vejo a política como uma arte nobre que está ao serviço dos outros, neste caso ao serviço dos cidadãos. Para mim a política permite tomar decisões, legitimadas pelo voto e pelos normativos legais. Tendo em vista os recursos disponíveis, as decisões políticas são a arte do possível e da pluralidade dos resultados. Este governo tem-me surpreendido pela positiva, nomeadamente pela capacidade de equilíbrios, de consensos e, sobretudo, de ser capaz de fazer as prioridades assentes nas pessoas. É sempre possível ir mais longe. Mas, a diversidade e diferença dos partidos e seus líderes, que sustenta parlamentarmente o governo, pode ditar
o fim desta experiencia política, que tem sido olhada atentamente pela europa e, que em muitos casos, é dada como uma ensaio político interessante e positivo. E por outro lado, veio mostrar que a política e o respetivo poder de influência pode atrair até mesmo aqueles que gostam muito de só fazer oposição.
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