PRIMEIRO DE MAIO DE 1886!



Havia um grupo de homens em várias fábricas.
Eles eram poucos.
Tinham nomes comuns de trabalhadores:
Luis, Vicente, Jorge, Alberto, Óscar,
Adolfo, Miguel.
Eram poucos
Mas eram filhos de uma classe numerosa:
A classe operária.
Viviam nos Estados Unidos,
Numa cidade cheia de fábricas chamada Chicago.

Naquele tempo, nos Estados Unidos,
Os operários lutavam
Para não trabalhar mais de oito horas por dia.
Eles trabalhavam doze,
às vezes até dezasseis horas por dia.
Os operários queriam diminuir as horas
De trabalho,
Mas o patrão não aceitava isso de jeito
Nenhum.
Tinha de ficar tudo como estava.
Mas a situação dos trabalhadores
Não dava para aguentar mais.
O salário não dava para matar a
Fome aos filhos.
Então pouco a pouco,
Com muita paciência, foram-se organizando.
Criando comissões, associações,
Criando movimentos,
Criando sindicatos,
Fortalecendo a união da classe.
Depois de muitos anos de luta,
Os trabalhadores conseguiram organizar
Uma greve geral,
Exigindo oito horas de trabalho.

A greve foi marcada para o dia
1º de Maio de 1886,
Em Chicago.
Os patrões não ficaram quietos.
Os tubarões nunca ficam de braços cruzados
Quando os pobres lutam contra a exploração.
Enquanto os trabalhadores organizavam a greve,
Os patrões chamaram a polícia
Para reprimir com a força das armas,
Os comícios dos operários.
Nesses comícios, os trabalhadores explicavam ao
Povo os motivos da sua luta
E defendiam os seus interesses.
A polícia cercou
E atirou contra os operários na praça.
Matou muitos trabalhadores
E levou outros para a cadeia.
Ma eles não esmoreceram
E continuaram a luta.
A polícia também continuou a prender e a matar.
Por ordem dos patrões…

No mês de Novembro do ano de 1887,
Oos operários Vicente, Jorge,Alberto e Adolfo
Que dirigiam a luta e estavam presos,
Foram enforcados na praça pública.
Mas outros companheiros
Continuaram a luta que eles tinham começado.
Até que um dia conseguiram alcançar o seu objectivo:
A jornada de oito horas
De trabalho por dia.
Para disfrutar deste direito,
A classe trabalhadora perdeu muitos dos seus filhos.
(Transcrito com ligeiras adaptações do Boletim 1º de Maio:Lutas e Vitórias da Classe Trabalhadora, nº 2, Abril de 1980,GOIANA, BRASIL)

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