Lia Tiriba, investigadora brasileira, aprofunda neste pequeno artigo as relações da cultura do trabalho, a autogestão e a formação dos trabalhadores associados na produção.A Lia,doutora em ciencias políticas e sociologia,esteve em Portugal a pesquisar sobre esta temátia no contexto da Revolução de Abril.
«Em diversos momentos da história do capitalismo, os trabalhadores tomaram para si os meios de produção, organizando – eles mesmos – o processo de trabalho. Como estratégia de sobrevivência ou estratégia de ruptura com as relações capitalistas de produção, como um paliativo à crise estrutural do capital ou como uma instância dos processos mais amplos de construção de uma nova sociedade, os trabalhadores associados têm tentado, à sua maneira, “governar” a si mesmos e/ou o mundo do trabalho. Nos diferentes espaços e tempos históricos, como aqueles que foram expulsos ou mesmo nunca ingressaram no mercado (capitalista) de trabalho organizam a produção? Como concebem as relações de convivência? No processo de produzir a vida social, como se dão as relações entre trabalho e educação? O que entendem por autogestão? Que concepções de trabalho e de sociedade fundamentam seus projetos educativos? Quais os nexos entre processo de trabalho, processo educativo e projeto societário? Em que medida o cotidiano da produção associada reproduz uma cultura do trabalho inspirada na organização capitalista do trabalho?....»Ver artigo
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