Por Avelino Pinto*
Há um mês -
no sábado, 30 de Maio - um rio passou pela CASA DO OESTE (Ribamar), o rio do Desenvolvimento
Local, da Economia Solidária, do Associativismo e da Mudança Social, que
trouxe ideias, experiências e práticas inovadoras, aos quase 60 participantes que entraram nele para debater, descobrir e
partilhar.
A jornada,
insere-se num movimento mais largo e promissor com décadas de existência, que
vai erguendo e sustentando uma economia solidária, de desenvolvimento do
local, de capacitação de pessoas, grupos e comunidades, de cooperativas assentes
na democracia participativa como motor de transformação diária.
Esta
economia de partilha e dádiva, tem vindo a enraizar-se no terreno - de
Serreleis (Viana do Castelo) a S. Isidoro ( Mafra), de Covide (Gerês) a Couto
de Esteve (Sever do Vouga), de Miro (Cantanhede), Landal (Rio Maior) a Chãos de
Alcobertas (onde há mais de 30 anos se conjugam verbos como tecer, pastorear,
cuidar do ambiente…) e outros lugares, bairros e escolas do centro do País,
para mencionar apenas as experiências que foram debatidas.
O movimento
alarga-se, constrói-se aqui e ali, sempre na perspectiva de “tira o nó da
cabeça e põe o nó na gravata”, que é como quem diz: tu podes tanto quanto mais
ousares, na feliz expressão de S. Tomás de Aquino.
O rio vem
transbordando para mais movimentos, associações, parcerias e redes, sustentado
na inovação, na criação de valor e nas organizações que olham a situação como
Bunker Roi: “No início, eles riem-se de ti. Depois, ignoram-te. A seguir, atacam-te.
No fim, tu vences.”
Fica
atento, amigo, que o rio está a passar à tua porta…para poderes entrar nele.
* Professor Universitário e Formador Social
Sem comentários:
Enviar um comentário