BASE-FUT DO NORTE PREPARA AÇÃO PARA 2014!

A BASE-FUT do Norte vai realizar no Porto um Encontro alargado de militantes no próximo sábado, dia 30 de Novembro, para debater plano de ação para 2014 e a situação social e política. O Encontro, que tem lanche partilhado, debaterá também a participação da região no seminário internacional sobre a precariedade e coesão social na União Europeia a ter lugar de 13 a 16 do próximo mês de Fevereiro. Este evento promovido pelo Centro de Formação da BASE (CFTL) tem o apoio do EZA e da Comissão Europeia.

DEBATE INTERNACIONAL SOBRE PRECARIEDADE NO TRABALHO!

A BASE-FUT vai realizar em Fevereiro próximo um seminário Internacional sobre a precariedade
no trabalho na União Europeia com o apoio do EZA e da Comissão Europeia.Do projeto salientamos algumas das razões para este debate internacional :

«Temos constatado que nos últimos anos a precariedade laboral tem progredido em Portugal de modo particularmente acentuada, em simultâneo com o desemprego, atingindo os 50% em alguns setores como a hotelaria, agricultura e construção. No emprego jovem o contrato a termo tornou-se normal sendo, juntamente com o desemprego, um dos mais graves problemas do mercado laboral português.
 Esta situação não é boa para as empresas nem para os trabalhadores. Estes, em particular os jovens, sentem-se instáveis e com grandes dificuldades para gizarem um projeto de vida familiar. As empresas ao utilizarem trabalhadores precários em grandes quantidades também não têm pessoas que «vistam a camisola» se empenhem e participem nos objetivos da organização. 
Entretanto, as empresas de trabalho temporário vão aumentando, algumas clandestinas, e a contratação coletiva sofre uma importante erosão diminuindo assim a qualidade do trabalho e a coesão social em Portugal. Torna-se deste modo importante aprofundar os efeitos económicos e sociais da precariedade no mercado laboral português. 
Efeitos na vida das empresas e na qualidade de vida e de trabalho dos trabalhadores portugueses. Efeitos, nomeadamente na segurança e saúde dos trabalhadores dado que existem estudos que demonstram uma relação entre degradação da saúde dos trabalhadores e precariedade no trabalho. É importante, por outro lado, confrontar esta situação com a política da União Europeia sobre a flexisegurança. Pode a política de flexisegurança contrariar a precariedade ou pelo contrário a estará a alimentar no caso português?
 A reflexão sobre estas questões e as respetivas conclusões devem contribuir para o debate mais alargado sobre a evolução das reformas laborais na UE e o papel do diálogo social e, em particular, da participação dos parceiros sociais na construção europeia. Flexisegurança passou de moda? 
A reflexão sobre a flexisegurança ficou, de algum modo, marginalizada com o acentuar da crise do euro e, em geral, da crise do projeto europeu que nos está afetando.Com a crise financeira e social, em particular nos países sob controlo da Troika (FMI,BCE e CE), caso de Portugal, o debate ficou centrado nas reformas laborais que integram o memorando assinado pelo respetivo governo e com pouca decisão/participação dos parceiros sociais.
 Impõem-se medidas para facilitar a vida das empresas numa perspetiva única em que os grandes penalizados são os trabalhadores. Segundo vários especialistas de direito do trabalho mais do que flexisegurança o Memorando da Troika para Portugal impõe desregulação das relações de trabalho!
 Urge assim debater a precariedade laboral no contexto português e no quadro das medidas negociadas no memorando da Troika. A questão central a saber será: caminhamos em Portugal para um modelo de relações laborais de inspiração europeia, ou seja, democrático e de coesão social ou, pelo contrário, para um modelo de «exceção», de baixos salários e precário? O combate ao desemprego, particularmente alto em Portugal (16%) e na EU (11%) obriga a abandonar o combate pela qualidade do trabalho?»

BISPOS QUEREM TRABALHO COM DIREITOS!

Um dos problemas mais graves que hoje atingem o nosso País diz respeito à situação do mundo do trabalho. Para muitos, o problema consiste no desemprego; para outros, no trabalho precário ou mal remunerado; para outros ainda, tem sido a necessidade de cargas suplementares de esforço na procura da sobrevivência das suas empresas. Sobressai a elevada taxa de desemprego dos jovens, muitos dos quais escolheram a emigração como forma de obterem o que não encontram no seu País. Também muitas pessoas de meia-idade vivem situações complicadas de adaptação laboral num período repleto de encargos económicos, devendo merecer uma solicitude particular por parte da sociedade e do Estado. Muitos outros têm também sido duramente atingidos pela crise e pelas medidas tomadas para a combater. Neste contexto, entendemos ser particularmente oportuno afirmar a mensagem nuclear da Igreja sobre o trabalho humano. Verhttp://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=97721

EM CAUSA C0NQUISTAS CIVILIZACI0NAIS!

Estão em causa conquistas civilizacionais em Portugal e na Europa com a aplicação das políticas
da austeridade -eis uma das conclusões dodebate »Trabalho Digno/Reforma Digna»realizado em Coimbra, no CFTL,no âmbito do 39º Aniversário da BASE-FUT que teve lugar este fim de semana.
No debate, animado pelo sindicalista Florival Lança e Maria do Rosário Gama da APRE reafirmou-se a necessidade de enfrentar esta situação de subversão do Estado social levado a cabo pelas políticas deste governo PSD/CDS e pela Troika.A crise é fundamentalmente uma grande transferencia de rendimentos dos mais pobres para os mais ricos, sendo os trabalhadores e os reformados os que estão a ser mais esmagados!Há falta de esperança em muita gente, resignação e conformismo!E não podemos esperar que outros resolvam os nossos problemas!Temos que ser nós a tomar conta dos destinos do nosso país com mais participação e luta pois claro!Não deixemos que tomem conta das nossas mentes!

RELATÓRIO DA OIT SOBRE PORTUGAL!Desemprego mata futuro do país!

Portugal enfrenta a situação económica e social mais crítica da sua história económica recente. Desde o início da crise global, em 2008, perdeu-se um em cada sete empregos – a mais significativa deterioração do mercado de trabalho entre os países europeus, depois da Grécia e de Espanha. A taxa de desemprego atingiu um máximo histórico de mais de 17 por cento.
 Os trabalhadores jovens e as famílias com crianças de tenra idade têm sido afetados desproporcionadamente pela contração económica. O mercado de trabalho não registou qualquer melhoria desde o lançamento do programa de assistência financeira acordado com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, em 2011. De facto, a tendência de desemprego crescente intensificou-se nos últimos dois anos – embora com alguns sinais de redução nos meses mais recentes. Alguns desenvolvimentos podem produzir efeitos de longo prazo que dificultarão a manutenção dos níveis de vida atuais. 
O volume do investimento produtivo foi reduzido em mais de um terço desde 2008 – tendo-se verificado grande parte deste declínio nos dois últimos anos –, provocando uma erosão nos ganhos de produtividade e prejudicando uma prosperidade futura. Os mais de 56 por cento de desempregados que estão sem trabalho há mais de um ano estão a perder competências e motivação, e terão acrescida dificuldade em participar numa retoma económica futura caso não lhes seja prestado um apoio adequado.
 Muitos trabalhadores, incluindo parte dos jovens mais talentosos e qualificados, têm vindo a ser empurrados para a emigraração. De facto, quase 20 por cento da população gostaria de se mudar permanentemente para o estrangeiro, caso surgisse a oportunidade para tal. As últimas projeções do Fundo Monetário Internacional apontam para uma recuperação económica em 2014. 
De facto, alguns sinais encorajadores de uma atividade renovada têm sido registados recentemente, nomeadamente graças a um aumento das exportações. Porém, à luz das atuais tendências, a recuperação esperada revelar-se-á demasiado insipiente para provocar qualquer efeito positivo no desemprego. … o que reflete as condições macroeconómicas excecionalmente apertadas.Ver Relatório

BASE-FUT COMEMORA 39º ANIVERSÁRIO! É 0BRA!

A BASE-FUT vai comemorar em Coimbra, no fim de semana de 9/10 de Novembro, o seu 39º aniversário.0s militantes, amigos e familiares estão convidados a participar nestas comemorações festivas.No sábado está prevista na cidade de Coimbra uma conferencia sobre «TRABALH0 DIGN0/REF0RMA DIGNA com a participação de Florival Lança, Sindicalista e da Presidente da Associação APRE Maria do Rosário Gama.Á noite haverá sessão de teatro sobre a atualidade com Teatro Sem Cortes. No Domingo os participantes irão a Lousã visitar uma experiencia de produção de mel e fazer a respetiva prova.As festividades acabarão com almoço de anversário no Centro de Formação e Tempos Livres em Casal do Lobo junto á Mata Nacional Vale de Canas.
A BASE-FUT  foi criada em 1974, alguns meses após a Revolução do 25 de Abril, num 1º Plenário de militantes reunidos no INATEL da Costa de Caparica.A maioria dos fundadores eram militantes do Centro de Cultura Operária, CC0, organismo criado por militantes operários católicos que trabalhavam por um sindicalismo livre e pela democracia contra a ditadura.A BASE-FUT defende um sindicalismo autónomo, de classe, de massas, e de base, bem como uma sociedade de natureza autogestionária.Não é um partido nem um sindicato, mas uma associação cívica global de formação política e de intervenção social.