SINDICATOS ASSUMEM CONVERGÊNCIA!

 
No próximo dia 5 de Abril na Escola Camões, em Lisboa, 19 sindicatos da UGT e CGTP reúnem para aprofundarem e debaterem a segurança social pública. A BASE-FUT foi convidada e estará certamente presente apoiando uma iniciativa sindical de convergência na defesa de uma das mais importantes conquistas da Revolução de Abril. Naturalmente que a iniciativa vai proporcionar especulação política e provocar reações mais ou menos defensivas em vários setores partidários! Todavia, compete aos sindicalistas de todos os campos tomarem iniciativas autónomas de convergência, respondendo assim aos apelos de unidade que nascem na base, ou seja nos locais de trabalho! Iniciativas que terão êxito junto dos trabalhadores e serão eficazes na defesa dos seus interesses se apontarem para um novo sindicalismo autónomo, ultrapassando as lutas pela hegemonia partidária do movimento sindical! A experiencia dos últimos anos mostra que temos pouco tempo para arrepiar caminho. O movimento sindical está quase reduzido á estrutura, ou seja, os ativistas sindicais mais alguns elementos que exercem o sindicalismo por militância partidária! Ora, o sindicato é uma organização vocacionada para todos os trabalhadores, qualquer que seja a sua política, partido ou religião!

RESISTIU A SALAZAR E FICOU POBRE!

Coimbra vai evocar Aristides de Sousa Mendes, em 3 de Abril, 5ª feira, no dia do 60º Aniversário da sua morte. No decurso da II Guerra Mundial vários diplomatas portugueses atravessaram a linha limite que lhes foi fixada pela ditadura nacional. Entre todos, talvez o que tenha ganho maior prestigio Aristides de Sousa Mendes, eternizado como o cônsul em Bordéus. A wikipédia relata a sua vida com apaixonante pormenor. O seu prestigio fora de Portugal é reconhecido, particularmente em Israel, nos Estados Unidos da América, em numerosas comunidades judaicas, entre os republicanos espanhóis. Existe, activa, uma Fundação com o seu nome, www.fundaçãoaristidesousamendes.com Vários filmes e livros se lhe referem. Estudou e licenciou-se na Faculdade de Direito da nossa Universidade e aqui viveu no inicio do séc. XX. Porque desobedeceu ao ditador Salazar foi demitido e perseguido. Teve 14 filhos. Morreu na miséria. A II República reconheceu-lhe o mérito e condecorou-o com a Ordem da Liberdade e a Militar de Cristo. Nos 40 anos do 25 de Abril, 45 anos da Crise Académica de Coimbra, Centenário da Grande Guerra, merece ser evocado. Se entender divulgar esta iniciativa e nela participar fico-lhe grato Cidadão José Dias

DEBATE SOBRE A SAÚDE!

BASE-FUT de Lisboa promove, no próximo sábado, dia 29 de março, na sede nacional em Lisboa, um debate sobre a situação da saúde em Portugal. O debate, que será animado pela enfermeira mestre Olívia de Matos, dirigente da BASE, pretende fazer o ponto da situação do estado da arte na saúde e os custos que sofrem os portugueses numa área tão sensível para a qualidade de vida das pessoas.O debate terminará com uma merenda e um pequeno convívio entre os participantes.

Estranhamente o País gasta pouco mais de 2% dos gastos com a saúde na prevenção .Ao investir muito mais na cura e reparação os grandes ganhadores são as empresas farmaceuticas.

FAMÍLIAS SEM ÁGUA E LUZ EM SETÚBAL!

  Padre Constantino denuncia situação em bairro de lata no concelho de Setúbal.Uma situação inaceitável que afeta dezenas de familias,incluindo crianças.
. «...Irmãos nossos da Vila Maria continuam em grande sofrimento. Estão já sem electricidade há 12 noites consecutivas. E mais ainda, a coberto da noite e numa madrugada foram lá e cortaram os tubos da água. Que impiedade! São cerca de 35 famílias e umas 40 crianças. Não podem conservar os alimentos no frigorífico nem as crianças andarem assustadas, não poderem ver televisão ou fazer os deveres da escola. 
Pergunta-se: porque é que isto acontece? As pessoas querem pagar os consumos de electricidade e água, mas como as casas são clandestinas a EDP e as Águas do Sado não fazem contratos nestas condições. Porque foram para lá estas famílias? A maior parte está desempregada ou em trabalhos precários e, por isso, não conseguem dinheiro para arrendar casa. Haverá lá pessoas por outras razões? Há outro tipo de problemas? Cabe a quem de direito estudar a situação e intervir. Não pague é o justo pelo pecador. Já passou mais de ano e meio desde que os poderes políticos se comprometeram em reunião, a resolverem definitivamente o problema com as respostas mais adequadas.
 Mas o resultado foi que, como nada fizeram, o problema se agravou com a construção de mais casas. A Igreja tem estado muito empenhada neste processo para que se encontrem soluções rápidas para as necessidades vitais e se estudem as definitivas. A Caritas diocesana, o nosso Bispo e eu próprio temos feito o nosso melhor. Conseguiu-se que a Câmara Municipal, a Segurança Social e o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social se reunissem na quarta-feira passada. Os resultados foram estes: estão a estudar medidas e soluções para transferir famílias para outros locais. Mas quando? Só no dia 8 de Abril vão voltar a reunir!... E depois vão-se seguir mais reuniões e reuniões, sabemos como isso é… E até encontrarem uma solução definitiva? 
As pessoas vão continuar privadas deste bem essencial à vida de hoje, a electricidade! Será isto humano e cristão? Como fazia Jesus, prometia que ia estudar os assuntos… ou intervinha de imediato? Há soluções possíveis e fáceis. Está nas mãos dos poderes políticos locais, nomeadamente a Câmara e a Segurança Social. Assim o queiram fazer. Quando há tragédias e calamidades são necessárias soluções de emergência e rápidas. Isto não é uma tragédia? 
A Comunidade cristã deve mostrar a sua compaixão, a sua compreensão, a sua solidariedade e o seu empenhamento relativamente a estes irmãos. E as autoridades têm de se converter, mudar as suas atitudes, cuidar das necessidades da população. Não permitamos que se humilhem as pessoas e se esmague a sua dignidade pois como escreve o Papa Francisco, o silêncio perante as injustiças torna-nos cúmplices e as nossas mãos ficam manchadas de sangue. Quaresma é tempo de conversão ao amor a Deus e aos irmãos. 2014/03/23 Constantino Alves

QUALIDADE DA FORMAÇÃO:coordenador da BASE em reunião na Alemanha

O Coordenador Nacional da BASE-FUT e diretor do Centro de Formação e Tempos Livres (CFTL), Joao Paulo Branco, participa hoje e amanhã numa reunião do EZA (Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores) na Alemanha, onde se vai avaliar a qualidade dos seminários e projetos desta rede europeia de quase 70 Centros de formação de trabalhadores.
As ações de formação apoiadas pelo EZA são, regra geral, financiadas pela Comissão Europeia e obedecem a critérios rigorosos de qualidade. Joao Paulo Branco, quadro de uma multinacional do setor automóvel, pertence também ao conselho de administração do EZA.

É FUNDAMENTAL CRIAR ALTERNATIVAS!

A Comissão Política Nacional da BASE-FUT reuniu este fim de semana,22 e 23 de março, em Coimbra para avaliar atividade e situação social e política nacional e internacional.
Para aquele órgão nacional da BASE-FUT «existe o perigo real desta maioria política(CDS/PSD se consolidar no poder no contexto de uma União Europeia cativa de forças e interesses conservadores, e, em alguns casos até de extrema direita, que estão fazendo a restruturação económica e a competitividade á custa da desvalorização do trabalho, empobrecimento dos trabalhadores e desmantelamento do estado social»
Para a BASE-FUT é fundamental encontrar alternativas sociais e políticas que possam aprofundar a democracia, criar emprego e promover um verdadeiro combate á pobreza e às desigualdades.Alternativas a nível nacional e europeu.As próximas eleições europeias devem ser uma oportunidade para esclarecer, debater essas alternativas que possam dar esperança aos cidadãos europeus .
A Comissão Política Nacional  vai animar a preparação de uma Convenção Nacional, a realizar  a 31 de maio e 1 de junho ,sobre a temática da democracia de base e participação dos cidadãos ,desde o local até ao nível europeu, passando pelo local de trabalho, pelo poder local e associativismo, como elementos essenciais do regime democrático.As mesas da Convenção serão compostas por pessoas da BASE-FUT e de outras organizações e associações das diferentes regiões que desenvolvem atividades de base, no tecido social,nomeadamente do mundo do trabalho.A democracia representativa  é um dos elementos do sistema democrático em articulação com um outro elemento de participação direta dos cidadãos  nos sindicatos,movimentos sociais, associações, autarquias.

SINDICALISTA ESCREVE ROMANCE!

O sindicalista e ex-dirigente nacional da CGTP Florival Lança vai apresentar o seu romance «O MATO MATA» no próximo dia 27, pelas 18 horas, na Associação 25 de Abril. Após se retirar da ação sindical concreta, depois de ter desempenhado vários cargos na CGTP, nomeadamente o de responsável pelas relações internacionais, o Lança tem dedicado mais tempo a escrever, afinal uma das suas paixões que a vida de sindicalista não permitiu desenvolver. Retirado da vida sindical, que não de cidadão participativo politicamente, Florival tem dado a sua contribuição a várias associações e correntes de opinião da esquerda, nomeadamente à BASE-FUT.A sua larga experiencia sindical e política, em particular das questões internacionais, também o ajudaram na literatura. Felicitações ! Estamos curiosos por ler o teu romance!

RENDIMENTOS DO TRABALHO: um direito inalienável!

«...O rendimento do trabalho é o principal mecanismo para aceder ao consumo, pode-se dizer que estão um para o outro, porque associam-se e dependem mutuamente. São mesmo fundamentais para o desenvolvimento equilibrado e para o exercício da plena cidadania, que é um direito humano em qualquer sociedade. A cidadania como um direito só existe quando é praticada com garantia e sustentabilidade. Em Portugal, para haver sustentabilidade é necessário que haja um rendimento compatível em valor acima do limiar da pobreza que é de “416” euros mensais mínimos. Sem este valor não existe cidadania. 
Constata-se e confirma-se, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística de 2011, que 17,9% da população vivia com rendimentos bem abaixo da linha de pobreza os tais “416” euros mensais. Entre a população empregada a taxa de pobreza cifrava-se nos 9,8%, entre os desempregados cifrava-se nos 38,3%, entre os reformados e pensionistas 15,8% e os inativos e as pessoas que já tinham perdido a esperança 29,2%. A Constituição da República Portuguesa consagra a todos os cidadãos o inalienável direito de acesso ao trabalho/emprego e por essa via obter pelo menos um rendimento mínimo. É um direito complementar mas efetivo de ser um cidadão do país. 
Assim o país tem a obrigação de proporcionar a efetivação desse direito a todos os cidadãos, porque se trata do futuro e da sua própria subsistência alargada a toda a sua própria família. O papel do salário mínimo é o de exigir um rendimento mínimo fixo garantido por lei para o trabalhador. A sua primeira missão está centrada como um rendimento que serve de padrão para reduzir a pobreza e fomentar a justiça social. Permite ainda fazer aumentar as receitas da segurança social, criar mais emprego e melhorar o acesso ao consumo e no contribuir para a melhoria do bem-estar promovendo mais justiça social e mais crescimento económico....(Extraído de uma intervenção do sindicalista João Lourenço no Encontro da CGTP sobre desenvolvimento sustentável )

CONSELHO DE CONCERTAÇÃO TERRITORIAL MARGINALIZA ORGANIZAÇÔES!

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2014, de 5 de Março de 2014, criou o Conselho de Concertação Territorial (CCT) para “debater assuntos com dimensão territorial, analisar matérias que exijam a articulação entre diferentes níveis de administração do território ou regulem a atuação de entidades políticas infraestaduais, acompanhar estratégias políticas e programas com incidência no desenvolvimento territorial e debater estratégias de cooperação entre os diferentes níveis de administração do território”. 
A Direcção da Animar (rede nacional de associações de desenvolvimento local) considera que a criação de um Conselho de Concertação Territorial (CCT) seria de saudar enquanto instrumento fundamental de articulação entre as entidades apostadas no desenvolvimento dos territórios. Não é caso. Nos termos em que foi concebido, o CCT afasta as organizações da sociedade civil dos processos de governança dos territórios. A globalização e a profunda crise económica, social, ambiental e de valores que vivemos torna urgente a consolidação de estratégias de desenvolvimento territorial que preservem e contribuam para o equilíbrio dos ecossistemas e o bem-estar das populações. Estratégias essas que obrigatoriamente tem de assentar na participação dos cidadãos e das suas organizações locais, regionais e nacionais.
O Estado não se pode arrogar a ser o único a determinar as políticas para os territórios. Ao contrário, deve dialogar, procurar os consensos e a concertação, articulando-se com as populações e com as organizações que trabalham em prol dos direitos laborais, cívicos e sociais, do desenvolvimento e da sustentabilidade dos territórios. Porque o Desenvolvimento Territorial é multidimensional, se faz em diversas escalas e vertentes, e com as pessoas, a criação de um Conselho de Concertação Territorial deveria, como já acontece com outras estruturas governamentais, envolver as redes sócio-territoriais e demais organizações da sociedade civil que, de alguma forma, já contribuem para o sustento e execução das politicas publicas nos territórios. 
A Direção da ANIMAR lamenta que o governo da República Portuguesa continue a olhar para a concertação territorial como algo acessório, desvalorizando assim a participação e colaboração dos actores locais na definição e avaliação das medidas e programas de desenvolvimento territorial. 
Em anexo, o texto integral com a posição da rede Animar Contacto: via e-mail (direccao.animar@animar-dl.pt) ou telefone (91 406 8887) Com os nossos cumprimentos O Presidente da Direção da Animar Eduardo Figueira

DÍVIDA PÚBLICA -Estado continuará enredado!

«Sem reestruturação da dívida, o Estado continuará enredado e tolhido na vã tentativa de resolver os problemas do défice orçamental e da dívida pública pela única via da austeridade. Deste modo, em vez de os ver resolvidos, assistiremos muito provavelmente ao seu agravamento em paralelo com a acentuada degradação dos serviços e prestações provisionados pelo sector público. Subsistirá o desemprego a níveis inaceitáveis, agravar-se-á a precariedade do trabalho, desvitalizar-se-á o país em consequência da emigração de jovens qualificados, crescerão os elevados custos humanos da crise, multiplicar-se-ão as desigualdades, de tudo resultando considerável reforço dos riscos de instabilidade política e de conflitualidade social, com os inerentes custos para todos os portugueses...»( Do manifesto dos 70)

ATELIER DE ESCRITA CRIATIVA LUSO FRANCÊS 2014!

O Atelier de escrita criativa Luso Francês de 2014 promovido pelo Centro de Formação e Tempos Livres e pela Associação francesa de educação popular Culture et Liberté vai ter lugar em Avintes a poucos quilómetros da cidade do Porto. Dirigentes das duas associações deslocaram-se recentemente àquela localidade para contactarem representantes associativos locais e verem in loco as estruturas existentes para acolherem os participantes. Agora está em preparação o programa do atelier que deve contar com a participação e contributos do associativismo de Avintes. Os ateliers de escrita criativa luso– franceses têm proporcionado a participação de dezenas de pessoas. Muitas delas descobriram aqui o prazer da escrita .

ESTE GOVERNO CONTINUA ATAQUE AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES-DIZ BASE-FUT


«Governo insiste na subversão das relações laborais e no ataque aos direitos sociais Notícias recentes apontam para novas alterações às leis laborais propostas pelo governo e que visam dar continuidade á estratégia de precarização do trabalho e desvalorização salarial no país»-diz comunicado da Comissão Executiva Nacional da BASE_FUT que reuniu no passado dia 8. E continua aquele documento:
«Integram-se nesta estratégia as propostas de redução das indemnizações por despedimento ilegal, os novos critérios para o despedimento por justa causa, recentemente aprovados pelo Conselho de Ministros, e as limitações impostas á contratação colectiva, visando nomeadamente a redução das compensações por trabalho extraordinário.
Tais propostas visam claramente a subversão das relações laborais sustentadas constitucionalmente e caracterizadas pelo equilíbrio das partes num quadro de protecção do trabalhador, o elo mais fraco da relação de trabalho. Um dos objectivos das recentes alterações é, sem dúvida, alterar esse mesmo equilíbrio a favor da entidade patronal, recompensar a ilegalidade, reduzindo simultaneamente os custos do trabalho.
Estas propostas do governo são mais uma etapa da sua política e confirmam que um dos grandes objectivos do programa de ajustamento imposto a Portugal pelas instituições internacionais (FMI,BCE,CE) é a desvalorização do trabalho, a desregulação do mercado de trabalho e o congelamento da negociação colectiva.
Estas propostas são contrárias à promoção do trabalho digno, sendo patrocinadas por um ministro do trabalho que se diz pertencer à área do «pensamento social cristão» que historicamente defende a dignidade do trabalhador e a prevalência do trabalho face ao capital.
Para a BASE-F.U.T. tais propostas lesam a nossa constituição e contradizem as políticas sociais da União Europeia, plasmadas na Carta Social dos Direitos Fundamentais dos Trabalhadores Europeus, com destaque para a segurança no emprego, justa remuneração e direito á negociação colectiva no quadro mais amplo do diálogo social, pilar estruturante do projecto europeu.
 Estas políticas de ataque aos direitos sociais dos trabalhadores contradizem igualmente na prática o discurso das instituições comunitárias, criando assim condições para a descredibilização das mesmas. Não nos admiramos assim, que recentes sondagens de opinião mostrem um crescente divórcio dos portugueses relativamente à União Europeia, certamente com consequências negativas no nível de participação dos cidadãos e em particular dos trabalhadores, nas próximas eleições para o Parlamento Europeu.
Neste quadro considera a BASE-F.U.T. que é legítimo e necessário o incremento das lutas sociais, bem como a mobilização e informação dos cidadãos porque é neles que reside toda a soberania num regime democrático.
Lisboa, 08 de Março de 2014

SINDICALISTA PORTUGUÊS INTERVÉM EM 1º de MAIO ALEMÃO!


Américo Monteiro dirigente nacional da CGTP e militante da Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos vai intervir em dois comícios no 1º de Maio na região alemã de Aachen a convite de organizações católicas alemãs (KAB) e DGB local.
O sindicalista português tem por missão falar da difícil situação dos trabalhadores portugueses no contexto mais amplo da Europa e de como a nossa situação também afeta os trabalhadores alemães. Ainda recentemente num seminário internacional da BASE-FUT dirigentes do KAB alemão disseram que na Alemanha também a crise se faz sentir, aumentando a precariedade no trabalho, a contenção salarial e a pobreza. Américo Monteiro é um sindicalista do sindicato dos Serviços e Comércio de Braga e foi coordenador da Pastoral Operária, organismo da Igreja Católica Portuguesa. Na CGTP é membro da Comissão Executiva e responsável da formação sindical entre outras funções.

SINDICAT0S PR0M0VEM DEBATE S0BRE SEGURANÇA S0CIAL NUM QUADR0 DE UNIDADE!

«Trabalhadores e pensionistas estão entre os primeiros sacrificados desta austeridade sem fim conduzida pelo governo e pela troika. Em nome da competitividade e da dívida, desvalorizam-se
salários, agrava-se o desemprego e a precariedade, cortam-se reformas e pensões. Dizem-nos que temos de empobrecer e que os direitos sociais conquistados em democracia são insustentáveis. 
Os mercados e os credores são mais importantes que o trabalho e que as pessoas. Ofendem o contrato social consagrado na Constituição e sustentado pela solidariedade entre os que têm e os que não têm trabalho, entre os activos e os reformados, entre os mais jovens e os mais idosos. O resultado é mais pobreza, mais desigualdade, o enfraquecimento da confiança na democracia e nas instituições, o individualismo e a perda de coesão social.
Assim começa o texto convite para uma conferencia sobre segurana social a ter lugar a 5 de Abril  em Lisboa e promovido por vários sindicatos da UGT, CGTP e independentes . 0 texto continua:
 «É indispensável uma oposição esclarecida e informada a este discurso oficial que procura interiorizar na sociedade e dar como adquirido o desmantelamento do Estado Social, da Segurança Social pública e do seu sistema de pensões, a pretexto da sua insustentabilidade. Não recusamos o debate sobre a sustentabilidade do sistema construído e sobre as vias para o seu aperfeiçoamento e a garantia da sua continuidade, como conquistas civilizacionais e democráticas. Mas fá-lo-emos recusando o garrote da austeridade e das inevitabilidades que visam o seu desmantelamento e a sua submissão aos interesses económicos e aos mercados financeiros. 
A política do governo, como o “guião para a reforma do Estado” confirma, orienta-se nestas áreas para o corte de direitos sociais e o ataque prioritário ao sistema público de pensões. Tem como objectivo criar condições para a privatização parcial do sistema de pensões e a redução da segurança social pública, universalista e solidária, a um assistencialismo social reprodutor da pobreza e da dependência. Usa para isso os cortes nas pensões e noutras prestações sociais, a quebra sistemática do princípio da confiança e a criação de incerteza permanente sobre os direitos presentes e futuros. 
O Estado Social e o sistema público de pensões da Segurança Social não são um fardo para a sociedade, para o Estado e para as futuras gerações. São parte do contrato social de uma sociedade democrática apostada em assegurar a protecção dos cidadãos, a equidade e a redução da desigualdade e da pobreza. A intenção já anunciada pelo Governo de transformar em permanentes e definitivos, até ao final deste ano, os cortes já realizados nas pensões em nome da “convergência” e das “contribuições extraordinárias”, mais acentua a urgência de o conjunto do movimento sindical, todo o mundo do trabalho, jovens, reformados e pensionistas, juntarem forças em defesa do futuro deste contrato social e intergeracional que é o sistema público de pensões da Segurança Social. 
Os trabalhadores de hoje são os reformados de amanhã. O sistema público de pensões tem um papel central no sistema de protecção social, na organização da sociedade e do Estado. As pensões representam cerca de 14% do PIB e abrangem mais de 3 milhões de pensionistas. São um alvo apetecido do sistema financeiro. São também o principal factor de redução do risco de pobreza na sociedade portuguesa, que é elevado (18%), mas seria escandaloso (45%) se não fossem as pensões e demais prestações sociais.
 Os sindicatos signatários decidiram por estas razões promover uma conferência para debater o sistema de pensões na perspectiva da defesa da Segurança Social pública, e quais as políticas que podem assegurar o seu futuro no quadro da realização dos objectivos de protecção social, de confiança, de redução das desigualdades e da pobreza. Esta conferência é aberta à participação de sindicalistas e organizações sindicais, organizações de reformados e pensionistas e do precariado, activistas sociais, investigadores e técnicos e todos os interessados no debate dos caminhos e propostas para assegurar uma Segurança Social pública robusta e com futuro.
 Organizada por sindicatos filiados nas duas centrais sindicais e por sindicatos independentes, pretende também ser um testemunho da necessária unidade na acção, construída no debate de ideias e na convergência por objectivos comuns, para a defesa do Estado Social e do sistema público de pensões como componente essencial da democracia.»


REDES COLABORATIVAS-microiniciativas de base local!

Organizado pela Animar e pela Rede Colaborativa do Mondego,, o Encontro Temático “Redes Colaborativas – Valorizar microiniciativas económicas de base local” decorrerá no dia 6 de março 2014, no Auditório H1, na Escola Superior Agrária de Coimbra. Este é o segundo Encontro da Rede Colaborativa do Mondego. O anterior realizou-se em Dezembro na CCDRC.
 As Redes Colaborativas de Produção Local são uma maneira de nanoprodutores (tão pequenos que nem micro são) colaborarem entre si para a viabilizarem os seus negócios. Também colaboram de uma forma organizada com micro e médias empresas que, por vezes, proporcionam dimensão para as suas produções. As nanoproduções são de bens e serviços. Podem constituir Redes Colaborativas de Pordução Local agricultores, artesãos de produção alimentar e não alimentar, e prestadores de serviços como designers, estilistas, transportadores, programadores, contabilistas, economistas, juristas, etc.
 Os Encontros das Redes Colaborativas de Produção local têm um espaço de exposição e venda dos produtores, e momentos de reflexão, debate e decisão sobre o desenvolvimento da Rede. Neste segundo Encontro a ANINAR, que integrou na sua estratégia de actuação as Redes Colaborativas de Produção Local, participa com a organização do Encontro Temático "Redes Colaborativas - Valorizar microiniciativas económicas de base local". Para ilustrar e desafiar os participantes vão estar presentes projectos que têm contribuído, um pouco por todo o país, para estimular e apoiar inciativas económicas de cidadãos que criam e desenvolvem novos nanonegócios.
A Rede Colaborativa do Mondego tem sido uma maneira de produtores se articularem no sentido de, sobretudo, aumentarem as suas vendas colaborando mutúamente. Esta colaboração é concretizada através da compra e venda dos produtos entre si apoiando-se na distribuição.