TRABALHO DIGNO E CRESCIMENTO!



"A BASE-FUT foi convidada pela ANIMAR para participar num grupo de trabalho dedicado ao tema "Trabalho Digno e Crescimento". Este grupo de trabalho é parte do projeto "Roteiro para a Cidadania em Portugal", coordenado pela ANIMAR e patrocinado pela Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade. Dado que a promoção trabalho digno é um elemento crucial da missão da BASE-FUT, decidimos aceitar este desafio.

A primeira reunião deste grupo de trabalho decorreu no passado dia 22 de Abril, em Lisboa. Para além da BASE-FUT - representada por Pedro Estêvão, membro da Comissão Executiva e da Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-FUT - estiveram presentes representantes da UGT e de várias organizações de solidariedade e de economia social. Foi acordada um agenda de trabalho, devendo o grupo de trabalho produzir um documento com recomendações a ser entregue à Secretária de Estado até ao final de Junho de 2017.

PRECARIEDADE E MEDO NO TRABALHO!

Caras/os amigas/os
Estão convidados para um encontro animado pelo Dr. Avelino Pinto, no Sábado, dia 6 de Maio, no salão da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, perto do Marques de Pombal em lisboa. 0 tema  é« precariedade e medo no mundo do trabalho. Denúncia e combate».
Este encontro insere-se no trabalho que a LOC-MTC tem vindo a refletir sobre os medos, mais concretamente os relacionados com o mundo do trabalho destacando-se os relacionados com o desemprego e a precaridade.
Vale a pena falarmos destas realidades.
Contamos convosco
Pela Equipa Diocesana da LOC-MTC de Lisboa
António Soares
Coordenador Diocesano

1º DE MAIO JUNTOS!

Companheiro/a
Aproxima-se o 1º de Maio! – o Dia do Trabalhador! Óptimo DIA para convivermos!!!Assim pensámos em fazer um almoço partilhado na nossa Sede. Alinhas? Espero que sim.
A nossa proposta é a seguinte – encontrarmo-nos na nossa Sede no dia 1 de Maio – segunda-feira, pelas 12 horas. Cada pessoa traz o seu “farnel”, incluindo alguma coisa de sobremesa. Na BASE teremos pão, bebidas e salada para todos. Posto tudo em comum, comemos e bebemos, em agradável convívio. Por volta das 15 horas terminamos, para que possamos ir participar nas Manifestações do 1º de Maio.
Estás numa de dizer PRESENTE! ? Aguardamos a tua inscrição até dia 24 de Abril.
Até lá um abraço Amigo


Maria Manuela Varela
Coordenadora da Comissão Regional de Lisboa

POEMA SOBRE O 1º DE MAIO!

ELOGIO DA DIALÉCTICA

A injustiça avança hoje a passo firme.
Os tiranos fazem planos para dez mil anos.
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são.
Nenhuma voz além da dos que mandam.
E em todos os mercados proclama a exploração: isto é
apenas o começo.

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem:
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos.
Quem ainda está vivo nunca diga: nunca.
O que é seguro não é seguro.
As coisas não continuarão a ser como são.
Depois de falarem os dominantes.
Falarão os dominados.

Quem pois ousa dizer: nunca?
De quem depende que a opressão prossiga? De nós.
De quem depende que ela acabe? Também de nós.
O que é esmagado, que se levante!
O que está perdido, lute!

O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha?
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
E nunca será: ainda hoje.


BERTOLT BRECHT (1898-1956)
(do livro «Beltolt Brecht – Poemas», Editorial Presença, Janeiro de 1976)
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BASE-FUT COMEMORA A LIBERDADE!



A BASE-FUT no Porto vai celebrar este ano a noite de 24 de Abril num novo
espaço onde irá funcionar a partir de agora a nova sede REGIONAL.
«É um espaço arrendado mais pequeno que aquele que tivemos durante 42 anos, mas será o suficiente para se poder continuar a atividade Regional, com autonomia, possibilitando parcerias, estabelecer pontes e desenvolver ações de caráter politico-cultural, sindical, cívica  e de intervenção concretas-Diz-nos Carolina Fonseca, atual Coordenadora Regional da BASE-FUT.
«Ficará sempre em aberto a possibilidade de melhorar um dia o espaço, caso as nossas atividades assim o justifiquem, ou a conjuntura associativa da cidade do Porto assim o permita, desde que haja vontade política para isso -acrescenta aquela dirigente.
As comemorações constam de um convívio com jantar partilhado seguido de poesia e canto, que já faz parte da tradição da BASE na Região nesta noite desde Abril de 1974, e seguir-se-á a participação nas festividades populares que se realizam anualmente na Avenida dos Aliados.
«Vamos por isso reabrir a Nova Sede no próximo dia 24 de Abril que se localiza na Travessa de Salgueiros,79, à Lapa, bem no centro da cidade do Porto.Será esta celebração o cravo no topo do bolo, reinício de uma nova etapa, que esperamos próspera» afirma Carolina Fonseca.

NÃO! NÃO TENHO QUE TRABALHAR DOENTE!

Hoje são muitos os trabalhadores que vão para os seus locais de trabalho adoentados ou com algum grau de incapacidade!Muitos deles calam as suas mazelas porque precisam do salário ao fim do mês sem qualquer corte.Esta questão é muitas vezes uma fonte de conflitos e mal estar entre os trabalhadores e as chefias.Estas, pressionadas pelos objetivos do serviço, desvalorizam as queixas e doenças dos trabalhadores.Aqueles porque não querem perder dinheiro e ficar mal vistos vão calando aquilo que não conviria calar!
Vários estudos revelam que são muitos os trabalhadores que fazem «presentismo» em vez de absentismo por doença, ou seja, vão para o trabalho doentes com risco de piorarem e de transmitirem a doença aos colegas de trabalho.A necessidade obriga!
Com salários baixos e com a previsível perda salarial de uma baixa por doença os trabalhadores fazem «das tripas coração» como diz o ditado popular!Embora sendo compreensível, este comportamento tem riscos para o trabalhador, para a empresa ou serviço e para a sociedade.
A legislação portuguesa, nomeadamente a lei 102/2009 que estabelece o regime legal da prevenção e segurança no trabalho, define claramente que o trabalhador em caso de risco para a sua segurança e saúde, ou dos seus colegas pode recusar  uma determinada tarefa perigosa.É fundamental nestes casos avisar a respetiva chefia ou os serviços de pessoal ou de segurança e saúde no trabalho da empresa.Por outro lado o trabalhador deve recorrer ao médico do trabalho ou  ao médico de família sempre que não se sente em boas condições de saúde.
Trabalhar adoentado ou incapacitado tem consequências graves para o próprio trabalhador a curto ou médio prazo.Tem consequências para os colegas que podem ficar também afetados pela doença do trabalhador ou trabalhadora e para a sociedade na medida em que o agravamento da doença vai comportar mais custos para os sistemas de segurança social e de saúde do país.Aliás, acontece que, por vezes, são os próprios trabalhadores que não ajudam ao desenvolverem uma cultura negativista desconfiando das queixas dos outros como se as mesmas não tivessem fundamento!É importante que tanto a gestão como os colegas valorizem as queixas dos trabalhadores, combatendo a cultura laboral «machista»de que quem se queixa é um  fraco!Mesmo as queixas dos colegas que, porventura, consideramos «uns queixinhas»podem ter fundamento, quer físico, quer psicológico!
Assim é um direito e um dever zelar pela nossa saúde e o bem estar do coletivo laboral.0s trabalhadores saudáveis são mais produtivos pois diminui o absentismo e aumenta a satisfação no trabalho!
Informação laboral

PARECER SOBRE ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

A Plataforma Contra o Bullying no Trabalho apresentou recentemente um Parecer sobre a prevenção e combate ao assédio moral nos locais de trabalho à Comissão de Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República.
O documento, de 29 páginas e muito bem fundamentado, faz uma breve apresentação da Plataforma, elogia o facto de todos os partidos da esquerda parlamentar apresentarem os seus projetos de diploma, realça os aspetos mais significativos de cada um comparando-os com as propostas da própria Plataforma.
O ideal, segundo os proponentes, é aproveitarem o melhor de cada projeto e avançarem com uma proposta conjunta capaz de prevenir e combater eficazmente este risco profissional em Portugal.
O Parecer da Plataforma informa que as situações de assédio moral mais frequentes em Portugal são a intimidação com 48%, e a perseguição profissional com 46,5%.
Para além de medidas de prevenção e combate deste risco profissional nas empresas o Parecer da Plataforma apela à criminalização destas práticas , à proteção da vítimas e  testemunhas e à implementação de ações dos organismos do Estado, nomeadamente da ACT, para punir tais práticas de atentado à dignidade dos trabalhadores e destruição da saúde dos mesmos!VER PARECER

CONDIÇÕES DE TRABALHO EM PORTUGAL, COMO É?

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) apresentou ontem, dia 7 de abril, no Centro
Cultural Casapiano, em Belém, o Inquéritos às Condições de Trabalho em Portugal Continental, realizado pelo CESIS- Centro de Estudos para a Intervenção Social e promovido pela ACT.

Nesta sessão as investigadoras do CESIS, Heloísa Perista, coordenadora deste projeto, Ana Cardoso e Paula Carrilho, e o Diretor de Serviços para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da ACT, Carlos Jorge Pereira, apresentaram os resultados dos questionários aplicados as entidades empregadoras e aos trabalhadores.
O inquérito às entidades empregadoras revela que mais de um quinto das 1004 entidades empregadoras inquiridas indica que nelas se realizam atividades ou trabalhos de risco elevado, das quais se destacam o trabalho em obras de construção (11,4%) e trabalhos em altura (10,7%). Este estudo revela também que aproximadamente 44% das entidades empregadoras referem dispor de um programa de promoção e vigilância da saúde. Destas, uma ampla maioria (88,5%) faz exames periódicos (anuais ou bianuais) e mais de metade faz exames de admissão (52,3%).
Os dados referentes ao inquérito realizado aos trabalhadores revela que a maior parte dos/as trabalhadores/as mantém boas relações no trabalho. Cerca de 81% afirmam concordar com a frase ‘tenho muito bons amigos e/ou boas amigas no trabalho’. Por outro lado, 72,6% dizem sentir-se ‘em casa’ na organização onde trabalham. De um modo geral, o inquérito mostra que a grande maioria das pessoas inquiridas (89,9%) sente-se satisfeita com o seu trabalho, não havendo diferenças, a este nível, entre mulheres e homens.VER

EM UM DE ABRIL,EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS, MIL...






No sábado, em Ribamar da Lourinhã, mais de 70 amigos se juntaram à volta da economia solidária, que se alarga e bebe nas fontes da sociedade em rede, hoje, também movimento dos bens comuns colaborativos. Nesse dia, o que fizemos, foi ver e ouvir, pensar, aprofundar… e dispôrmo-nos a agir, de modo novo.

Entrámos no terreno das experiências, com o Manel, de Miro (Penacova), uma aldeia de homens, mulheres e crianças, centrada na produção, na partilha, na persistência, nas parcerias (fixa, amigo, as palavras - pessoas, produção, partilha, parceria…) Depois, a Fernanda (da ActivarLousã) confirmou que é possível activar mesmo a Lousã e aldeias vizinhas, e continuar o desafio de há 17 anos… como, também, os compartes dos Baldios da Vale da Trave, vai para mais de 10 anos.

Com isto, percebemos que a ideia dos comuns, sendo complexa, à primeira vista, pensando um pouco, torna-se mais clara. Descobrimos que somos a pessoa comum que existe e troca, dá e recebe, semeia e partilha bens comuns - pensamentos e ideias, pontos de vista e afectos, questões e experiências, descobertas e sugestões de acção… tendo como referência a aldeia, os baldios, o bairro, a vila, a cidade - o território largo da mãe terra, com todos os recursos inesgotáveis que são de todos os vivos. Só que, temos que fazer por isso…
Empreendemos uma redefinição de conceitos que vão além do que aprendemos e da mentalidade materialista que sobressai, centrando-nos na energia e na consciência que nos movem, como respiração que nos mantêm vivos, despertos, criativos e inovadores…

“Se continuamos a sonhar, é porque a criação ainda não terminou”. Estamos apostados em ir por aí, sabendo, de antemão, que os obstáculos estão logo adiante.
Com essa energia recebida / transmitida, alargamos a onda da economia solidária, na perspectiva do bem comum colaborativo e do trabalho cooperativo solidário de que todos podemos usufruir.
Sendo assim, queremos - vamos  - continuar a trilhar novo caminho.

Avelino Pinto (Abril. 2017)