BASE-FUT E A SITUAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA!

A situação social e política do país é preocupante para todos os portugueses.O Secretariado da Comissão Executiva Nacional da BASE-FUT decidiu tomar posição sobre o momento que se vive, animar o debate político e incentivar a participação dos militantes nas ações de cidadania.

«1. As recentes medidas de austeridade para 2013 avançadas pelo Governo de Passos Coelho são profundamente iníquas, em particular os aumentos para a Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações, pois significam o aprofundamento dos cortes salariais dos trabalhadores portugueses e um maior empobrecimento da sociedade em geral.

2. Estas medidas são mais um importante passo de rutura do modelo social e laboral constitucional e europeu, estando subjacente uma perigosa ideologia que põe em pé de igualdade aquilo que no mundo económico é profundamente desigual: empresas e trabalhadores.

3. Este governo, em nome do setor exportador e do combate ao deficit, pretende baixar ainda mais os salários dos trabalhadores, sendo indiferente ao cavar das desigualdades sociais e à rutura dos serviços públicos;

4. É uma governação da direita radical que faz do diálogo social uma caricatura e agride toda a sociedade portuguesa, inclusive alguns setores da «democracia cristã» à partida apoiantes desta coligação, como se tem constatado aliás por testemunhos recentes;

5. A resposta a esta governação suicida é a mobilização das organizações de trabalhadores e uma maior participação de todos os cidadãos. As recentes manifestações populares mostram ao governo que deve arrepiar caminho. Mas também mostram que estamos a entrar numa nova fase do regime democrático, com novos atores sociais para além dos partidos políticos e do movimento sindical. Uma nova fase do regime que exige maior participação dos cidadãos nas decisões da governação, para além das tradicionais instituições de participação.

6. Finalmente é muito importante para o futuro da democracia no nosso país que a mobilização dos cidadãos se faça num quadro de liberdade e dos renovados ideais de Abril!

Lisboa, 20 de Setembro de 2012

 O Secretariado da Base-Frente Unitária de Trabalhadores»



SEIS MEDIDAS PARA UMA ALTERNATIVA!

Artigo de José Reis

Há em Portugal ideias responsáveis que servem para fazer regressar a vida a uma economia ferida de morte e a uma sociedade ameaçada por uma longa e sombria “nova idade média”.


É possível dizer que os que se comprazem com o empobrecimento, porque julgam que só assim podemos existir, estão profundamente errados, para além de estarem perdidos no mundo fictício que criaram e nos querem impor.

É preciso dizer que cada decisão tomada por estes ideólogos é uma fonte cruel de problemas, uma nulidade como solução.VER



ORGANIZAÇÃO SINDICAL DE BASE!

«O reforço da organização sindical de base, o que pressupõe um empenhamento acrescido na concretização da Campanha de Sindicalização em curso e no controlo e recolha regular da quotização, na eleição e renovação de delegados sindicais e comissões sindicais, bem como na eleição de mais representantes para a saúde e segurança no trabalho. O reforço da organização implica, ainda,que não seja subestimada a importância da informação e propaganda sindical e que se dê especial atenção à participação dos jovens e das mulheres.»Eis uma das principais conclusões do Encontro de quadros sindicais promovido pela CGTP no dia 15 do presente mês de Setembro.
A importancia que a Resolução final do referido Encontro dá á organização de base mostra bem que os quadros sindicais têm consciencia da grande fragilidade que afeta o sindicalismo neste momento.Todavia, uma organização sindical de base forte exige abertura e pedagogia política para se tecerem as alianças necessárias com os trabalhadores na sua pluralidade ideológica.O setarismo tem que ser combatido bem como o oportunismo.Ver

CONTRIBUIR PARA O CONGRESSO!

A 15 de Setembro, centenas de milhares de pessoas saíram à rua por todo o país para manifestar a sua indignação com o reforço das medidas de austeridade anunciadas nas últimas semanas. Cada vez mais portugueses e portuguesas concluem que a estratégia inscrita no Memorando de Entendimento, cuja implementação ultrapassou todos os limites do tolerável, é um caminho sem saída.

Manifestar a nossa indignação é uma obrigação democrática. Mas é preciso mais. É preciso ajudar a construir o futuro!

O Congresso Democrático das Alternativas, nos termos do texto que o convoca (que enviamos em anexo), propõe-se mobilizar as energias e identificar os denominadores comuns entre todos os que estão disponíveis para juntar forças e assumir a responsabilidade de resgatar o País.

Contribua para o sucesso do Congresso. Divulgue, colabore, participe (veja como pode fazê-lo no final desta mensagem).

Saudações democráticas,

A Comissão Organizadora


Como pode contribuir para o sucesso do Congresso

1. Envie um email ou contacte pessoalmente aqueles que possam rever-se nos propósitos da iniciativa, convidando-os à subscrição da Convocatória (o que pode ser feito em http://subscrever.congressoalternativas.org) e à participação no processo de construção do Congresso.

2. Divulgue o Congresso, o seu sítio web (http://www.congressoalternativas.org/) e a página do facebook(http://www.facebook.com/pages/Congresso-Democratico-das-Alternativas/320693794685218) junto dos teus contactos e redes sociais (via email, blogs, Facebook, Twitter, etc.).

3. Imprima cópias da Convocatória (que enviamos em anexo), do cartaz e do folheto do Congresso (disponíveis aqui http://www.congressoalternativas.org/p/materiais. colocando-os nos seus locais de trabalho e convívio, e distribuindo-os em todas as situações que lhe pareçam adequadas.

4. Contribua para a elaboração do Projecto de Declaração do Congresso, enviando textos da tua autoria que contribuam para o debate temático nas várias áreas (ver http://www.congressoalternativas.org/p/debates-tematicos.html) ou convidando outros a participarem com as suas ideias e propostas.

5. Contribua, na medida das suas possibilidades, para o suporte financeiro do Congresso, cuja organização depende exclusivamente do trabalho voluntário e do contributo dos seus apoiantes. Os donativos individuais podem ser feitos por transferência para a conta bancária constituída para o efeito com o NIB 0035 0081 00103231 030 49. Toda a informação sobre receitas e despesas do Congresso estará disponível do site (em http://www.congressoalternativas.org/p/donativos.html).

6. Marque a sua presença e participe activamente no Congresso no dia 5 de Outubro, que terá lugar durante todo o dia na Aula Magna da Universidade de Lisboa. Por motivos logísticos, a participação no dia 5 de Outubro está sujeita a inscrição prévia através do site do Congresso. O início das inscrições será brevemente anunciado.


CONGRESSO DEMOCRÁTICO DAS ALTERNATIVAS

Resgatar Portugal para um Futuro Decente

5 de outubro - Aula Magna - Lisboa

UM CONGRESSO PARA AS ALTERNATIVAS!

CONGRESSO DEMOCRÁTICO DAS ALTERNATIVAS


POR UMA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA- UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Estamos perante o início de uma era nova, desafio mundial a que urge começar a responder pois o meio ambiente e a vida assim obriga. É altura de se delinearem intervenções e pensamentos modernos na busca de outras saídas para o presente e preparar um futuro melhor e promissor.

Um Congresso é sempre uma oportunidade para pensar em novas alternativas, partir para a ação seguindo os princípios democráticos e iniciar o que ainda hoje é somente um sonho, um futuro diferente que queremos. Para isso é necessário que todos ajudem contribuindo para uma política nova, mais justa e participada que terá que ser ativa e combativa, sobretudo contra as injustiças e a pobreza, procurando fazê-lo através de propostas inovadoras discutidas pelos próprios cidadãos num novo modelo baseado no desenvolvimento sustentado.

Querer mais participação democrática é querer contrariar o falhanço do atual modelo da democracia representativa. Esta não dá espaço nem quer uma verdadeira participação dos cidadãos principalmente quando se trata de problemas trazidos pela manipulação ou omissão das causas que nos afligem. Ao analisar as razões desse porquê encontramos graves deficiências como melhorar o conhecimento e a participação cívica das pessoas. É preciso dar um espaço activo às mesmas e aos seus movimentos sociais representativos e alternativos, não só os partidários mas também aqueles nascidos de vontades populares. Só assim se fará face ao desencanto do atual modelo partidário em crise que é pouco representativo e distante, mas que nos rege.

É preciso lançar um modelo de desenvolvimento sustentável baseado precisamente na democracia participativa, onde todos os cidadãos são importantes e todas as atitudes são fundamentais. A proteção do meio ambiente, o ordenamento do território ou mesmo a educação/formação dos cidadãos, quer enquanto produtores quer ainda como simples consumidores.
De uma forma sintética vejamos o alcance que tem o iniciar uma nova era com mais aprofundamento temático, ainda com mais preocupação para com o desenvolvimento sustentado e apostando sempre numa maior participação cidadã em tudo o que nos diz respeito dando preferência ao social, à pobreza, ao emprego, ao meio ambiente, mas também ao lazer á saúde e a outras causas fundamentais que levem a um novo modelo de desenvolvimento de cidadania mais participativa.

A coesão social obriga a mais e melhor estado assim como uma melhor economia que seja verdadeiramente distribuidora da riqueza produzida. Só com as três componentes da economia em pleno funcionamento poderemos avançar para um novo desenvolvimento: a Economia Social, a Economia do Estado e a Privada, Isso exige apoios sólidos e consequentes, onde todos têm que respeitar o ser humano, razão pela qual devem de existir não só para o lucro pelo lucro, mas sim em primeira mão, servir para bem do povo.
Vamos pois iniciar um Congresso e discutir uma democracia representativa e activa, respeitadora da sustentabilidade social e ambiental sabendo que é por aqui que se encontrará uma nova sociedade mais humanizada e com boas perspectivas de futuro. A democracia representativa, não tem sido alvo de debate, pelo que urge encontrar as formas mobilizadoras de esclarecimento das principais questões em causa e dar capacidade para melhorar a pedagogia cívica a todos os que querem mudar como nós. Iniciamos dando um passo, mesmo que pequeno mas fecundo para o amanhã dos presentes e que certamente os vindouros continuarão.


João Lourenço













LUTAR PELO TRABALHO DIGNO E JUSTO!

«Trabalho Digno» é o tema do projeto desenvolvido pela Base, no âmbito das iniciativas apoiadas pela Comissão Europeia/EZA a realizar em 2012 e até 2014.No âmbito desta iniciativa já foram realizados encontros no Porto e na Marinha Grande sobre o tema, bem como recolhida diversa informação sindical e da OIT.

Ainda em 2012 está previsto a organização de um grupo de trabalho misto, com peritos e trabalhadores, para dinamizarem esta iniciativa e prepararem um estudo sobre a perceção que os trabalhadores de uma empresa privada, social e pública têm do trabalho digno!

Em Fevereiro de 2013 será realizado um seminário internacional sobre o tema e serão agregados mais três países europeus ao grupo de trabalho.

Entretanto, serão realizados contatos com movimentos e organizações que em Portugal e na EU lutam pelo trabalho digno.

Se estiveres interessado em organizares ou participares em debates sobre trabalho digno ou falares sobre as tuas condições de trabalho escreve para basefut@mail.telepac.pt

O célebre programa de ajustamento da Troica insiste na redução de salários, em mais tempo de trabalho e na flexibilização dos despedimentos, enfim, na perda de direitos laborais. É o caminho contrário do trabalho digno. A nossa luta, pelo contrário, é promover o trabalho digno e de qualidade!