SINDICALISMO CORPORATIVO?


Algumas pessoas acusam os nossos sindicatos de pensarem apenas nos seus associados e nas
reivindicações da sua classe profissional!Chegam ao ponto de afirmarem que do Movimento Sindical não se esperam transformações nem propostas para a sociedade.Sem negar que efectivamente existem sindicatos muito virados  para os problemas da sua classe profissional não podemos concordar, porém, com a generalização desta ideia ou prática.
Efetivamente a maioria dos sindicatos e federações sindicais apresentam propostas para os respetivos setores económicos, em particular no domínio laboral como lhes compete.Por outro lado, as Confederações sindicais,nomeadamente a CGTP,apontam propostas fundamentadas sobre fiscalidade, salários, segurança social, formação e educação, etc.
O Movimento Sindical é um dos mais importantes movimentos cívicos e sociais das nossas sociedades, o mais bem estruturado, mais dinamico e participativo nas transformações sociais.Quem pretenda avançar com propostas para a sociedade portuguesa sem ter em conta as inúmeras propostas dos sindicatos vai governar apenas para uma parte da sociedade.Esta reflexão é importante porque mesmo em alguns setores tradicionalmente não hostis ao Movimento sindical aparecem críticas injustas ao trabalho dos sindicatos nesta matéria.Todavia, se em algo o Movimento Sindical Português não pode ser criticado é o de ser excessivamente corporativo e não apresentar propostas, nomeadamente na Comissão de Concertação Social, na Comunicação social, ao Governo e a outras entidades.Tanto a CGTP como a UGT, os Sindicatos e federações de setor como do setor financeiro, educação, Função Pública e outros.
Por outro lado não podemos criticar um sindicato por defender em primeiro lugar os seus associados.O sindicato tem como primeira obrigação defender os direitos e interesses dos seus associados.Há quem veja aqui uma limitação mas é uma limitação própria de uma organização sindical.Uma limitação que é também uma força.São os associados que financiam o sindicato através das suas quotas,Solidariamente as conquistas alcançadas pelo sindicato estendem-se a todos os trabalhadores abrangidos.Isto não acontece com qualquer outra organização social,

Informação Laboral

BASE-FUT EM SEMINÁRIO INTERNO PARA DEFINIR FUTURO

Os dirigentes nacionais da BASE_FUT participam em seminário interno, em Coimbra, nos dias 24/25
de março,para debaterem os objetivos políticos e organizativos para a próxima década.O programa prevê debate e trabalhos de grupos com conclusões ou linhas de força que servirão para eleborar plano de ação a curto e médio prazo.
Segundo testemunho de um dos dirigentes trata-se de pensar a BASE para os próximos tempos de modo a conseguir um rejuvenescimento sustentado e um alargamento a mais pessoas.Por outro lado, é necessário encontrar os meios necessários para, mesmo em regime de voluntariado,se realizarem os objetivos traçados.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

A Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) em Portugal associou-se à
celebração do Dia Internacional da Mulher, denunciando a exploração, falta de dignidade e liberdade a que são sujeitas.A BASE-FUT Associa-se à comemoração deste Dia em sinal do muito que há para fazer e em regozijo pelas lutas travadas em particular pelas mulheres trabalhadoras!
“Em muitos cantos do mundo, ainda hoje, há mulheres que são exploradas, excluídas, violentadas, vítimas de tráfico, de exploração sexual, de trabalho escravo e mortas”, denuncia o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC).VER TEXTO COMPLETO

ROSA LUXEMBURG-Uma lutadora esquecida!



A 5 de março de 1871 nasceu na Polónia Rosa Luxemburg.Não devemos esquecer esta mulher militante, inteligente e humana que tanto lutou por uma democracia de base na Alemanha.Ela foi militante no primeiro partido socialista alemão (PSD), partido proibido durante 12 anos por Bismarck.Depois de ser reconhecido , o partido cresceu muito e veio a ter influência na parlamento mas deixou de ser revolucionário.Rosa Luxemburg criticou isto, analisando o sistema capitalista na Alemanha.A sua obra mais conhecida é «Reforma Social ou Revolução» (1889) onde ela defende que os trabalhadores devem continuar a lutar contra o sistema capitalista e onde critica os sindicatos que «choram pateticamente por pseudo – direitos».Ela era também uma notória defensora das greves gerais e criticava os «ditadores» dentro dos sindicatos e partidos políticos.
Mais tarde criticou a posição do PSD pois este partido era a favor da grande guerra de 1914.Foi ela ela (e não Lenin como é geralmente pensado) quem elaborou a teoria sobre o imperialismo pois via que o capitalismo alemão estava-se a expandir.Em 1918 participava na criação do Partido Comunista Alemão.
Por tudo isto passou anos e anos na prisão, onde era colocada sucessivamente por diferentes partidos.Dentro da prisão escreveu muitas cartas a amigos e algumas destas cartas foram recolhidas e publicadas em português no livro«Cartas de Prisão» da Editora Assírio e Alvim (1975).Lendo estas cartas, vê-se que esta mulher militante, corajosa, inteligente sabia e sentia muito bem porque lutava.A esperança, a ternura das suas cartas estão em contraste enorme com a sua morte violenta que as autoridades acharam necessária: ao sair da prisão em 1919, ela e Karl Leibknecht foram atacados à paulada e aos pontapés por soldados reaccionários. O seu corpo foi jogado num canal e Leibknecht morto a tiro.E esta mulher, que sabia que seria assassinada escreve as primaveras que vê chegar através da pequena janela na sua cela..
Helena Berends in Autonomia Sindical nº 5, Abril/Junho de 1982.

PENSAR AS FORMAS DE TRABALHO FUTURO SEM DESCURAR O PRESENTE!

Os sindicatos devem pensar as mudanças que ocorrem ou que vão ocorrer no trabalho, nomeadamente
com a introdução das novas tecnologias e da robótica, sem descurar o presente feito de realidades de salários em atraso, precariedade ,trabalho clandestino e despedimentos.Esta é uma das conclusões que se pode tirar do debate promovido hoje, dia 3 de março, pela BASE-FUT de Lisboa e animado pelo dirigente sindical da CGTP e da Liga Operária Católica Américo Monteiro.Pensar o futuro para antecipar as mudanças em curso e encontrar formas de mobilizar os trabalhadores mais jovens para a ação e participação sindical, bem como para a defesa dos seus interesses!
As mudanças tecnológicas sempre estiveram presentes na história do movimento operário e sindical, desde a introdução da maquinaria nos finais do século XIX e que teve como consequência grandes mudanças nas formas de trabalho e nas relações de trabalho.
Américo Monteiro desafiou os presentes,muitos deles membros de organizações de trabalhadores, a trabalharem em conjunto, nomeadamente a pensarem propostas no domínio do trabalho para apresentar aos grupos parlamentares e às centrais sindicais.A Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-FUT, onde Américo Monteiro também participa, é uma dessas plataformas de reflexão,apoio à ação e de proposição.Espaços destes são absolutamente necessários nos dias de hoje, dado o ativismo exigente dos sindicalistas e a importância de pensar o futuro.

QUE PROJETOS PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOS!



 DEBATE PROMOVIDO PELOS «AMIGOS DE APRENDER»

Face aos incêndios, à seca, à poluição dos rios, à desertificação humana do interior, o sofrimento dos pobres e dos idosos, às desigualdades gritantes, impõe-se a prática de um modelo colaborativo que garanta a participação cívica e a sustentabilidade ao País.
Para dar um salto em frente, responder aos desafios, encontrar soluções possíveis e agir em rede, trazemos a debate quatro projectos a 10 anos. Com eles, queremos abrir caminhos e dar sentido à vida.

ENCONTRO ABERTO - 5.  Março. 2018
 PROJECTOS / DESAFIOS A 10 ANOS. Uma proposta
·        O milagre económico: por onde é que ele tem de passar?
·        A duplicação de licenciados e de jovens com o 12ºano - urge.
·        A reforma da gestão da floresta e da água - agora, amanhã, depois.
  • O rejuvenescimento da população, a começar por nós.
- Que prioridades? Que oportunidades? Que compromissos?
Animador – Artur Lemos (dirigente na área do social)
 - Sala da BASE. Rua Maria, 15 (Aos Anjos, Metro do Intendente)



JOVENS SEM FUTURO?-relatório da Cáritas!

A Cáritas Portuguesa apresentou nos finais de fevereiro um relatório sobre a pobreza e exclusão dos
jovens.O documento descreve os principais desafios relacionados com a pobreza e a exclusão social dos jovens portugueses e apresenta recomendações às autoridades e decisores políticos para darem resposta aos referidos desafios que são:durante a crise diminuíram as oportunidades de emprego;a precariedade aumentou e não são criados empregos de qualidade;os custos com a educação são insuportáveis para as famílias mais pobres;conseguir uma habitação própria é muito difícil.
Os trabalhadores jovens, entre os 18 e 24 anos, recebiam em 2015, em média, menos 346 euros do que os trabalhadores entre os 35 e 44 anos.Ver Relatório

FUTURO DA SEGURANÇA SOCIAL!

O Conselho Económico e Social publicou um livro intitulado «Segurança Social-modelos e
desafios» onde podemos encontrar alguns artigos sobre os diferentes modelos de pensões nos países europeus e da OCDE e ainda as posições de alguns parceiros sociais como a CGTP, CIP e UGT.
 A segurança social é um debate permanente e exige uma informação rigorosa porque existem muitos interesses privados envolvidos neste debate.Interesses que apresentam teses aparentemente salvadoras da segurança social mas que acabam por ser« lobos vestidos com pele de cordeiro»!VER LIVRO