A participação é a essência do poder local democrático-esta é uma das ideias centrais da filosofia
política da BASE-FUT desde sempre! As Edições BASE editaram em tempos passados, (década de 80 do seculo passado um pequeno caderninho sobre esta matéria. Eram tempos ainda de grande participação popular nas comissões de moradores e nas autarquias. Pouco a pouco a participação popular para além do voto foi-se tornando anémica! Em breve começa o debate sobre as eleições autárquicas.Debate e não apenas escolha de nomes e de cargos!
A hegemonia partidária no sistema eleitoral é, sem dúvida, uma das responsáveis pela debilidade da participação popular. Pensava-se que alterando a legislação logo nasceriam inúmeras candidaturas independentes. Tal não aconteceu como é óbvio! A questão não é meramente legal. Hoje nas listas dos partidos continuam muitos cidadãos independentes. É importante que cidadãos com experiencia de base, no associativismo popular e no sindicalismo se candidatem em listas independentes ou em listas partidárias.Organizar candidadturas independentes não é fácil por falta de meios e de logística.
Em todas as candidaturas se deve lutar para que a participação popular seja o cerne do poder local democrático. Renovar as formas existentes de participação e inventar outras. Os executivos camarários não devem fazer como o governo. Por ser eleito faz o que quer durante quatro anos! O grande desafio é esse mesmo. Como mobilizar os cidadãos para cuidarem da sua comunidade, para autogerirem o poder, para se apoderarem do que é efetivamente deles. Sim, porque o poder é dos cidadãos que o delegam! Delegam-no, é verdade, mas eles são a fonte do poder democrático. Não existe poder democrático sem cidadãos.
Hoje assistimos em todo o mundo a importantes movimentações de cidadãos que reivindicam o poder de decisão, a participação a autogestão das suas vidas e sociedades! Esse é o futuro da humanidade pese os retrocessos, os impasses as calamidades!
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