João Lourenço é natural de Lisboa (1951), filho de pais de origem modesta e camponesa da Serra de Sicó (Coimbra), o pai polícia em Lisboa e a mãe dedicada à vida doméstica. Com a 4ª. classe entra numa farmácia, faz várias experiências laborais (vendedor de perfumes, fotógrafo de casamentos, trabalha no Grupo Desportivo e Cultural da C. N. de Navegação, em oficinas de gente ligada ao fado amador, como polidor de móveis, carpinteiro, estofador, pintor dourador, serralheiro civil). Mais tarde, na busca de uma especialização, entra num curso profissional de soldadura e metalurgia do IEFP, obtém pleno aproveitamento nos conhecimentos práticos e profissionais, e aos 18 anos entra na Lisnave, onde esteve, durante 40 anos.
Muito cedo entrou em associações cívicas (aos 9 anos entra nos Escuteiros de Portugal) estreitando amizades com jovens problemáticos de bairros pobres, iniciando-se no teatro amador, num grupo que dirigiu e ensaiou. Foi membro ativo e cofundador do grupo Coral Públia Hortência, com gravações diretas na rádio e participação em programa televisivo pedido pelos ouvintes, com a audácia de cantar intercaladamente canções então proibidas de Fernando Lopes Graça, de Zeca Afonso e outros. Um grande compromisso veio do contacto com a JOC (1968), no grupo informal ARCO IRIS, que reunia nas tardes de domingo, composto por jovens, empregadas domésticas, empregados no comércio de bairro, e operários.
Nestes encontros, com o apoio da JOC e do seu assistente, aprendeu o método de revisão de vida - uma fórmula para a tomada de consciência da exploração de que os jovens eram vítimas, e de como atuar face aos abusos praticados por muitas entidades patronais. Este importante mecanismo era também um espaço seguro para intervir clandestinamente, por não motivar desconfianças, onde se falava do 1º de Maio e praticava um convívio salutar, cativando jovens para as causas que defendia. Destaca - se a dinamização duma ação coletiva - um abaixo -assinado de âmbito nacional que levou à integração de todos os profissionais do serviço doméstico na Segurança Social - coisa até aí negada. A amizade com o médico Fernando Namora e a partilha do jornal matinal levou-o à consciência da injustiça da guerra colonial, ao conceito da democracia e da participação cívica e política não partidária, e a aderir a Movimentos cívicos e políticos: a BASE-F.U.T. e o C.F.T.L, de que é cofundador; o M.U.P. – Movimento de Unidade Popular (GDUPs), de que saiu por desacordo com os objetivos alterados no seu trajeto; o MAD (Movimento de Aprofundamento da Democracia), de Maria de Lurdes Pintasilgo: o Movimento Nacional ATTAC, e o Grupo Economia e Sociedade, coordenado pela Drª. Manuela Silva.
A paixão pelo Sindicalismo iniciou-se no Grupo ARCO IRIS, e na excelente preparação de uma rede de quadros que proporcionou a criação do Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal, após o 25 de Abril. A seguir ao 25 de Abril de 1974 (ausente da Lisnave por estar no serviço militar obrigatório), participou ativamente na luta sindical interna, nos plenários e assembleias-gerais, como delegado sindical eleito pelos trabalhadores, nas listas da CGTP-IN e no Sindicato da Metalurgia do Sul. Fora da empresa, foi membro do Conselho Nacional da Federação, dirigente da União dos Sindicatos de Setúbal, do Conselho Nacional da CGTP-IN e da presidência da Mesa do Plenário de Sindicatos da CGTP-IN. Exerceu a atividade sindical ativa e dirigente na empresa durante 22 anos, participou na Comissão de Trabalhadores da Lisnave, a tempo inteiro, de alma e coração, em momentos muito difíceis e muito gratificantes.
Neste grande desafio enfrentado por qualquer dirigente numa grande unidade fabril, as responsabilidades exigiram grande dedicação e preparação, cuidados e saberes, como ao dirigir uma Assembleia Geral, sempre difícil pelo número de trabalhadores e pelos assuntos tratados, e nas muitas negociações com a administração e governo (reestruturações, processos de despedimentos coletivos…) Foi membro da Comissão Coordenadora das CTs. da Indústria Naval, e da Comissão Executiva Nacional da CGTP-IN (três mandatos consecutivos), nas áreas do desenvolvimento sustentável, do meio - ambiente e ecologia, defesa dos consumidores e economia social, elevando a intervenção sindical ao bem-estar social e à participação cívica dos trabalhadores. Nestes 12 anos, participou em foros de âmbito nacional e internacional, sempre no sentido de melhorar a consciência e a mobilização para o bem-estar social e os novos empregos. São de realçar iniciativas sobre o direito dos consumidores, os empregos verdes e a nova economia que crescerá no futuro, em que o sindicalismo tem algo a dizer e a fazer.
Representou a BASE-FUT na Confederação Mundial do Trabalho (CMT) diversas vezes e participou nomeadamente no processo da criação da Confederação Sindical Internacional (CSI) A vida de ativista sindical e militante cívico, trouxe-lhe uma formação muito rica e conhecedora, pelas muitas participações, com largas centenas de horas, em Congressos, Conferências e Seminários, no âmbito nacional ou internacional, não se arrependendo da sua entrega, que quer continuar, pois o saber não ocupa lugar e nós contribuímos com informações e propostas todos os dias…
E assim, continua militante empenhado, interventivo, próximo dos que lutam por causas justas dedicando agora mais tempo ao grupo «Economia e Sociedade» equipa de reflexão próxima da Comissão Nacional Justiça e Paz. (Um dos perfis sindicais incluído no Livro dos 40 anos da BASE-FUT a publicar este ano)
Muito cedo entrou em associações cívicas (aos 9 anos entra nos Escuteiros de Portugal) estreitando amizades com jovens problemáticos de bairros pobres, iniciando-se no teatro amador, num grupo que dirigiu e ensaiou. Foi membro ativo e cofundador do grupo Coral Públia Hortência, com gravações diretas na rádio e participação em programa televisivo pedido pelos ouvintes, com a audácia de cantar intercaladamente canções então proibidas de Fernando Lopes Graça, de Zeca Afonso e outros. Um grande compromisso veio do contacto com a JOC (1968), no grupo informal ARCO IRIS, que reunia nas tardes de domingo, composto por jovens, empregadas domésticas, empregados no comércio de bairro, e operários.
Nestes encontros, com o apoio da JOC e do seu assistente, aprendeu o método de revisão de vida - uma fórmula para a tomada de consciência da exploração de que os jovens eram vítimas, e de como atuar face aos abusos praticados por muitas entidades patronais. Este importante mecanismo era também um espaço seguro para intervir clandestinamente, por não motivar desconfianças, onde se falava do 1º de Maio e praticava um convívio salutar, cativando jovens para as causas que defendia. Destaca - se a dinamização duma ação coletiva - um abaixo -assinado de âmbito nacional que levou à integração de todos os profissionais do serviço doméstico na Segurança Social - coisa até aí negada. A amizade com o médico Fernando Namora e a partilha do jornal matinal levou-o à consciência da injustiça da guerra colonial, ao conceito da democracia e da participação cívica e política não partidária, e a aderir a Movimentos cívicos e políticos: a BASE-F.U.T. e o C.F.T.L, de que é cofundador; o M.U.P. – Movimento de Unidade Popular (GDUPs), de que saiu por desacordo com os objetivos alterados no seu trajeto; o MAD (Movimento de Aprofundamento da Democracia), de Maria de Lurdes Pintasilgo: o Movimento Nacional ATTAC, e o Grupo Economia e Sociedade, coordenado pela Drª. Manuela Silva.
A paixão pelo Sindicalismo iniciou-se no Grupo ARCO IRIS, e na excelente preparação de uma rede de quadros que proporcionou a criação do Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal, após o 25 de Abril. A seguir ao 25 de Abril de 1974 (ausente da Lisnave por estar no serviço militar obrigatório), participou ativamente na luta sindical interna, nos plenários e assembleias-gerais, como delegado sindical eleito pelos trabalhadores, nas listas da CGTP-IN e no Sindicato da Metalurgia do Sul. Fora da empresa, foi membro do Conselho Nacional da Federação, dirigente da União dos Sindicatos de Setúbal, do Conselho Nacional da CGTP-IN e da presidência da Mesa do Plenário de Sindicatos da CGTP-IN. Exerceu a atividade sindical ativa e dirigente na empresa durante 22 anos, participou na Comissão de Trabalhadores da Lisnave, a tempo inteiro, de alma e coração, em momentos muito difíceis e muito gratificantes.
Neste grande desafio enfrentado por qualquer dirigente numa grande unidade fabril, as responsabilidades exigiram grande dedicação e preparação, cuidados e saberes, como ao dirigir uma Assembleia Geral, sempre difícil pelo número de trabalhadores e pelos assuntos tratados, e nas muitas negociações com a administração e governo (reestruturações, processos de despedimentos coletivos…) Foi membro da Comissão Coordenadora das CTs. da Indústria Naval, e da Comissão Executiva Nacional da CGTP-IN (três mandatos consecutivos), nas áreas do desenvolvimento sustentável, do meio - ambiente e ecologia, defesa dos consumidores e economia social, elevando a intervenção sindical ao bem-estar social e à participação cívica dos trabalhadores. Nestes 12 anos, participou em foros de âmbito nacional e internacional, sempre no sentido de melhorar a consciência e a mobilização para o bem-estar social e os novos empregos. São de realçar iniciativas sobre o direito dos consumidores, os empregos verdes e a nova economia que crescerá no futuro, em que o sindicalismo tem algo a dizer e a fazer.
Representou a BASE-FUT na Confederação Mundial do Trabalho (CMT) diversas vezes e participou nomeadamente no processo da criação da Confederação Sindical Internacional (CSI) A vida de ativista sindical e militante cívico, trouxe-lhe uma formação muito rica e conhecedora, pelas muitas participações, com largas centenas de horas, em Congressos, Conferências e Seminários, no âmbito nacional ou internacional, não se arrependendo da sua entrega, que quer continuar, pois o saber não ocupa lugar e nós contribuímos com informações e propostas todos os dias…
E assim, continua militante empenhado, interventivo, próximo dos que lutam por causas justas dedicando agora mais tempo ao grupo «Economia e Sociedade» equipa de reflexão próxima da Comissão Nacional Justiça e Paz. (Um dos perfis sindicais incluído no Livro dos 40 anos da BASE-FUT a publicar este ano)
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