De acordo com os últimos dados do INE, a
taxa de desemprego (oficial) dos jovens entre 15 e 24 anos atingiu os 34,8% em
2014 e os 15,5% entre os 25 e os 34 anos. A taxa média do país (média de todas
as idades foi 13,9%). Em 2011, ano em que este governo tomou posse, estas taxas
eram, respectivamente, 30,3%, 14,1% e 12,7%
Estas percentagens correspondiam a 131,4
mil jovens desempregados até aos 25 anos e 173, 7 mil entre os 25 e os 34 anos,
num total de 305,1 mil de jovens desempregados entre os 15 e os 34 anos.
A este número há que juntar os 101,1 mil
desencorajados, os 84,6 mil subempregados a tempo parcial, os 12,2 mil
inactivos que procuram emprego mas não estão disponíveis para trabalhar.
Assim, o número real de jovens desempregados
e subocupados entre os 15 e os 34 anos no nosso país é de 502,9 milhares, o que
corresponde a uma taxa real de desemprego e subocupação de 31,2% entre os 15 e
os 34 anos (sendo de 51,6% até aos 25 anos e 23,4% entre os 25 e os 34 anos).
Há também vários milhares de jovens desempregados
abrangidos por contratos emprego-inserção e estágios em promovidos pelo IEFP
que o INE conta como empregados, mas que na realidade estão a ser usados pelo
Governo e pelas empresas para impedir a criação de emprego estável e com
salários dignos.
Desde que este governo tomou posse que a
situação do emprego se vem degradando. Os poucos empregos criados mais
recentemente não são suficientes para esconder que emprego caiu 240,6 milhares
relativamente a 2011, quebra que atingiu quer a agricultura e pescas (- 95
milhares) quer a indústria, construção, energia e água (-199,4 milhares) e
atingiu sobretudo os mais jovens (mais de 213 mil empregos destruídos neste
período entre os jovens dos 15 aos 34 anos, ou seja, 87% do total).
Estes números só não são mais elevados
devido ao aumento da emigração que atingiu mais de 400 mil trabalhadores entre
2011 e 2014 (na sua maioria jovens até aos 35 anos), uma estimativa que peca
por defeito e porque muitos milhares de desempregados passaram à inactividade.
A precariedade manteve-se num nível muito
elevado, embora estes dados só estimem 774,5 mil contratos não permanentes,
correspondendo a 21,4% dos trabalhadores por conta de outrem e afectando
sobretudo os mais jovens. Segundo estes dados, em 2014 63% dos jovens até aos
25 anos tinham contratos não permanentes e a percentagem era de 31,5% entre os
25 e os 34 anos.(Fonte CGTP)
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