PRECÁRIOS GANHAM MENOS!

REMUNERAÇÕES Em Portugal, os trabalhadores a prazo ou sem um contrato formal ganham cerca de 60% do que aufere um trabalhador permanente. Já os que trabalham por conta própria conseguem ganhar cerca de 75% dos "permanentes". Estes dados constam do relatório de 2015 sobre "Emprego no Mundo e perspetivas sociais", da Organização Internacional do Trabalho (OIT).  
 
O estudo mostra que, no conjunto da UE, a maioria das pessoas (três quartos) tem um contrato permanente  e cerca de dois terços trabalham em "full-time". No entanto, a nível global, os chamados empregos clássicos (permanentes, remunerados e a tempo completo) representam já menos de 40% e estão a perder terreno para as formas de trabalho informal, part-time e emprego por conta própria. E a tendência é para que esta situação continue a acentuar-se, levando a OIT a alertar que "o modelo de emprego clássico é cada vez menos representativo".  
 
Esta é uma das consequências da prolongada crise que fez com que a nível mundial se contassem 201 milhões de desempregados no final de 2014 - um número que supera em 30 milhões o universo de pessoas sem trabalho em 2008. A OIT dá ainda conta das dificuldades que se têm observado a nível global para absorver os 40 milhões de pessoas que entram no mercado todos os anos. De acordo com o estudo, a UE registou uma subida do peso do emprego em part-time (que ganhou 2,1 milhões de trabalhadores entre 2009 e 2013), ao mesmo tempo que os empregos em "full-time" caíram 3,3 milhões. Tudo isto leva também a OIT a considerar a necessidade de os esquemas de proteção social cobrirem outras situações para além dos contratos sem termo. l.t.  
 

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