NÃO! NÃO TENHO QUE TRABALHAR DOENTE!

Hoje são muitos os trabalhadores que vão para os seus locais de trabalho adoentados ou com algum grau de incapacidade!Muitos deles calam as suas mazelas porque precisam do salário ao fim do mês sem qualquer corte.Esta questão é muitas vezes uma fonte de conflitos e mal estar entre os trabalhadores e as chefias.Estas, pressionadas pelos objetivos do serviço, desvalorizam as queixas e doenças dos trabalhadores.Aqueles porque não querem perder dinheiro e ficar mal vistos vão calando aquilo que não conviria calar!
Vários estudos revelam que são muitos os trabalhadores que fazem «presentismo» em vez de absentismo por doença, ou seja, vão para o trabalho doentes com risco de piorarem e de transmitirem a doença aos colegas de trabalho.A necessidade obriga!
Com salários baixos e com a previsível perda salarial de uma baixa por doença os trabalhadores fazem «das tripas coração» como diz o ditado popular!Embora sendo compreensível, este comportamento tem riscos para o trabalhador, para a empresa ou serviço e para a sociedade.
A legislação portuguesa, nomeadamente a lei 102/2009 que estabelece o regime legal da prevenção e segurança no trabalho, define claramente que o trabalhador em caso de risco para a sua segurança e saúde, ou dos seus colegas pode recusar  uma determinada tarefa perigosa.É fundamental nestes casos avisar a respetiva chefia ou os serviços de pessoal ou de segurança e saúde no trabalho da empresa.Por outro lado o trabalhador deve recorrer ao médico do trabalho ou  ao médico de família sempre que não se sente em boas condições de saúde.
Trabalhar adoentado ou incapacitado tem consequências graves para o próprio trabalhador a curto ou médio prazo.Tem consequências para os colegas que podem ficar também afetados pela doença do trabalhador ou trabalhadora e para a sociedade na medida em que o agravamento da doença vai comportar mais custos para os sistemas de segurança social e de saúde do país.Aliás, acontece que, por vezes, são os próprios trabalhadores que não ajudam ao desenvolverem uma cultura negativista desconfiando das queixas dos outros como se as mesmas não tivessem fundamento!É importante que tanto a gestão como os colegas valorizem as queixas dos trabalhadores, combatendo a cultura laboral «machista»de que quem se queixa é um  fraco!Mesmo as queixas dos colegas que, porventura, consideramos «uns queixinhas»podem ter fundamento, quer físico, quer psicológico!
Assim é um direito e um dever zelar pela nossa saúde e o bem estar do coletivo laboral.0s trabalhadores saudáveis são mais produtivos pois diminui o absentismo e aumenta a satisfação no trabalho!
Informação laboral

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