ASSISTENTES SOCIAIS ELEGEM DIREÇÃO E FAZEM PROPOSTAS PARA A CLASSE!

O Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) nesta reentré vai ter eleições antecipadas no dia 5 de outubro 2017.
Da lista única aos Órgãos Sociais Teresa Fernandes e Luís Matias, Secretária-Geral e Presidente, respetivamente, são candidatos a liderar o SNAS em conjunto com uma Direção Nacional composta por colegas representantes de todos os distritos de Portugal.
Lídia Cristina Oliveira é a candidata a Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar de uma lista com mais de trinta dirigentes.
No Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) n.º 33 de 8/9/2017 foi publicado a alteração aos Estatutos do SNAS que com as modificações se assemelha agora mais a uma associação sindical.
Surge, por exemplo, a figura do Secretário-Geral a liderar o secretariado Executivo também composto por cinco secretários-gerais adjuntos e o presidente.
O dossier da candidatura, que contém a lista candidata aos Órgãos Sociais do SNAS, subscrita por 10% dos associados, os termos de aceitação, e o Programa de Ação "Sindicalismo do século XXI na balança que pesa o imensurável desejo de lutar pelo futuro dos assistentes sociais" cumpre com os requisitos estatutários.
As linhas mestras do programa são a luta pela regulação (processo de criação da Ordem dos Assistentes Sociais) e ou a regulamentação (legislação da profissão com a criação do Estatuto do Assistente Social) desta profissão secular; maior participação num dos pelouros importantes a negociação coletiva em que se pretende que o SNAS melhore a contratação coletiva já outorgada e venha a outorgar toda a contratação, onde estejam colegas, e trabalhar para criar a inexistente no terceiro sector privado; Melhorar substancialmente o apoio jurídico e a sindicalização cuja meta são os mil associados; dar os passos certos rumo a criar o projeto da Casa do Assistente Social (estrutura residencial para pessoas idosas – ERPI).
Para a classe é urgente regular ou regulamentar a profissão porque atualmente a sensação que temos é que não existimos no País.
O processo da criação da Ordem dos Assistentes Sociais já tem uma longa história. Há vinte anos, desde 1997, que a Associação dos Profissionais de Serviço Social (APSS) persiste na criação da Ordem com diversas peripécias inclusive terminar uma legislatura e ter de recomeçar o processo.
Na última legislatura o processo chegou à votação sendo que a criação da Ordem foi chumbada pela maioria dos partidos de direita. Causou-nos espanto o posicionamento do CDS - Partido Popular (CDS-PP) que nos diálogos ocorridos tinha posição favorável. Mas enfim engolimos os sapos com as justificações que os grupos parlamentares do Partido Social-Democrata (PSD) e CDS-PP nos transmitiram: a troika, que não queria mais ordens profissionais, e do timing do processo colocado pelo grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) tinha sido perto do fim da legislatura e sem o devido tempo para estudar o dossier!
A Ordem profissional foi uma promessa do Sr. Primeiro-Ministro e desejamos sinceramente que surja nesta legislatura a regulação ou a regulamentação da profissão. Se nenhuma das duas ocorrer não nos resta alternativa do que criar um partido com essa missão. Estima-se que sejamos 18000 assistentes sociais, em Portugal, muitos colegas gerem processos de milhares de utentes, ora para criar um partido são necessárias 7500 assinaturas. Não obriguem os assistentes sociais a fundar um partido!
Compreendemos que possa não haver vontade política para criar mais uma Ordem aliás como é o posicionamento do Partido Comunista Português (PCP), que se absteve, mas é importante que um dos grupos parlamentares proponha a regulamentação via legislação que inclua o Estatuto do Assistente Social se a criação da Ordem cair de novo.
O PS (exceto dois deputados) e o Bloco de Esquerda (BE) votaram a favor mas também nesta legislatura os votos dos seus deputados são insuficientes para que a Ordem se crie.

A profissão merece reconhecimento e dignidade do poder político.

Do programa de ação consta ainda uma maior participação na UGT – União Geral de Trabalhadores, central sindical, que o SNAS integra e cujo presidente é membro do secretariado nacional; a dinamização do lazer dos colegas via a melhoria dos protocolos com entidades parceiras; intensificar o relacionamento com os grupos parlamentares; erradicação da precariedade; lutar pelos estatutos do diretor técnico e do cuidador; entre outros objectivos.

Luís M. Matias
Presidente do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS)



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