Está na hora da esquerda portuguesa pensar numa nova etapa de governação que não sirva apenas para reverter medidas dos governos de direita, mas capaz de estruturar uma melhoria dos serviços públicos, uma segurança social pública capaz de enfrentar o envelhecimento da população, uma justiça respeitada pelo povo e relações laborais que reponham dignidade e equilíbrio no trabalho.Esta é uma das principais conclusões da reunião da Comissão Executiva Nacional da BASE-FUT realizada no passado sábado, dia 24 de fevereiro em Lisboa.
Por outro lado, na reunião foram também abordadas algumas lutas laborais com destaque para o processo dos CTT e recente greve naquela empresa privada de serviço público.Uma greve, que para além da guerra dos números, sempre presente nestes momento,deve merecer alguma reflexão nomeadamente quantos aos resultados para os trabalhadores.
Dos objetivos da greve parece que nenhum foi alcançado.Até agora a empresa não foi obrigada a anular os despedimentos previstos, nem a não fechar os balcões previstos e muito menos obrigar o governo a reverter a privatização ou a renacionalizar a empresa.Assim , não admira que nas próximas greves ainda adiram menos trabalhadores ao processo e se manifestem apenas os delegados e dirigentes sindicais. Por outro lado, é muito duvidoso que a renacionalização, reivindicação central dos sindicatos, seja a mais mobilizadora dos trabalhadores neste momento pois identifica-se claramente como uma reivindicação apenas de dois partidos da esquerda.Uma greve é sempre um momento importante de mobilização, de consciencialização política e sindical, bem como de agitação.Todavia, não pode ficar apenas por aí.Ela deve ter resultados palpáveis para os trabalhadores.Resultados salariais,de condições de trabalho, de estabilidade e, neste caso, de melhoria do serviços aos cidadãos.Caso contrário a maioria dos trabalhadores questiona-se se valerá a pena fazer greve!
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