Na aprazível Mata Nacional de Vale de Canas, mais concretamente no Casal do Lobo, onde se localiza o Centro de Formação e Tempos Livres, teve lugar, entre 30 de Julho e 4 de Agosto, 2012, mais um intercâmbio intercultural, centrado no Atelier de Escrita Criativa, promovido pelo CFTL e por Culture et Liberté, de Garonne (Toulouse – França).
A intitulada semana de férias “loucas” decorreu muito agradavelmente entre os referidos parceiros. Participaram alguns habituais e igualmente os que vinham pela primeira vez para este tipo de formação informal, a partir de trocas, de textos nas duas línguas, de muita interacção, de palavras que na oficina incorporaram bonitas experiências de vida.
Do programa muito diversificado e dinâmico salienta-se: as caminhas pelas fresquinhas manhãs, de um grupo de corajosos caminheiros pela Mata de Vale de Canas; as sessões diárias de escrita livre e criativa; os serões nocturnos, a visita à cidade de Coimbra, para os que participavam pela primeira vez, para procurarem descobrir um pouco a “cité” universitária e o seu património urbano; a sessão de fados no café Stª Cruz; as curtas mas saborosas idas à praia fluvial de Torres do Mondego; à visita ao convento do Lorvão, com bandeiras pretas, a meia haste, a recordar a indignação pelo recente enceramento do hospital psiquiátrico; no piquenique na mata Vale de Canas; da presença do nosso companheiro e escritor José Vaz a se disponibilizar partilhar a sua magnifica experiência e intervenção nas escolas e associações da sua região nortenha. Enfim, belas coisas que serão coligidas num caderno que se encontra em preparação.
Porém, a grande novidade deste intercâmbio foi o facto de em cada dia haver a surpresa de ser um animador diferente, orientando a sua sessão específica, a partir do tema geral: a intervenção citadã no espaço público. Efectivamente as metodologias mistas empregues, inclusive uma sessão de pintura criativa, perspectivou-nos o desejo de criar e misturar novos métodos susceptíveis de abrir novos horizontes, neste caminhar aprender aprendendo com os outros.
Este tipo de formação reforça em nós portugueses e franceses a convicção de que podemos conjuntamente, não só passarmos excelentes momentos de lazer e de formação, (juntar o útil ao agradável) a partir da partilha, como recriar os laços entre pessoas e parceiros, onde as diferenças valorizam as nossas experiências e motivações individuais e entre colectivos.
José Manuel Vieira
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