Giorgio Casula -
Departamento para o Desenvolvimento Sustentável da CGTP
Comunicação no Encontro do Centro de Estudos Sociais de Coimbra sobre «TRABALHO, CAPITAL,
AQUECIMENTO GLOBAL
Mercados de
Carbono versus Emprego Climático
Dia 10 de março de 2016
Introdução
Algumas notas: O que apresento aqui são reflexões que representam em
parte posições da CGTP-IN, mas também questionamentos do nosso Departamento
para o Desenvolvimento Sustentável interpelações que, como assessor, tenho a
função de colocar para contribuir na reflexão e orientação da central. Para
começar, lembro-me que nos anos 70 e 80, quando eu era um jovem militante
operário, não se acreditava na veracidade e importância do que defendiam os
ecologistas que na altura achávamos utopistas. Mesmo se partilhávamos a luta
contra o nuclear e pela paz, muita gente se ria das pequenas eólicas e a forma
de vida respeitando o ambiente, criando a agricultura bio...etc. Podemos ver
agora o quanto tinham razão e como as ideias deles foram agora recuperadas pelo
sistema capitalista e transformadas em business!
Por fim, quando preparei esta intervenção li que alguém, crítico da
chamada economia verde, escreveu em 2012 que o que começou na Conferência
Internacional de RIO em 1992 e que se reforçou nas conferências seguintes mais
não é que uma “nova fase” do Capitalismo[1],
porque conseguiu centrar sempre os acordos sobre a economia sem interromper a
ideia de crescimento ilimitado, admitindo questões que para os capitalistas são
secundárias como o ambiente, a pobreza, a fome ou os direitos sociais! Podemos
perguntar-nos se não será verdade! VER
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