“A Encíclica “Laudato Si”, do
Papa Francisco, reúne o que de melhor há na pesquisa científica
sobre a realidade ecológica e representa o melhor
contributo que a Igreja Católica podia dar para encorajar cientistas e
políticos de todo o mundo para a urgência de salvar o Planeta e a vida das
populações mais ameaçadas” - Sublinhou Francisco
Ferreira, conhecido fundador da QUERCUS e seu ex-presidente, na conferência que
teve lugar na Covilhã, dia 9 de Abril, na sala principal do Centro Paroquial de
S. José, promovida pela LOC/ Movimento
de Trabalhadores Cristãos e pela organização Base-Frente Unitária de
Trabalhadores.
O que representa para a Igreja e para
a Humanidade a Encíclica sobre o Cuidar da Casa Comum. O que está em causa para
a sustentabilidade do Planeta e das populações mais pobres e fragilizadas. Foram
pontos centrais da conferência que contou com a participação de 60 pessoas de
todas as idades.
Engenheiro
do Ambiente e presidente da Associação Ambientalista ZERO, partilhou o seu
estudo aprofundado da Encíclica e explicou porque considera a “Laudato Si” - publicada em Maio
de 2015, precisamente no ano em que as Nações Unidas realizavam a Cimeira sobre
o Desenvolvimento Sustentável e a Cimeira sobre o Clima - “um documento notável e de uma
extraordinária actualidade para entender (Ver) o que está em causa, confrontar
com os ensinamentos dos princípios cristãos (Julgar) e encontrar sinais de
esperança no acção e nas respostas que cabem a todos (Agir).”
Francisco
Ferreira que participou como perito português na referida Cimeira do
Clima, em Dezembro último, falou
detalhadamente dos objectivos, das metas e dos compromissos assumidos no
“Acordo de Paris” para travar o aquecimento global do Planeta. E salientou:
“Na segunda metade do nosso século
o recurso aos combustíveis fósseis deverá ser substituído por energias
renováveis e alternativas, ou cidades inteiras ficarão submersas, segundo as
previsões da comunidade científica que participou na maior Cimeira de sempre
das Nações Unidas sobre o Clima em Paris, com a participação de chefes de
Estado e de Governo dos 195 países representados na ONU.”
Na
parte final, o conferencista respondendo a perguntas e interpelações, falou de
exemplos, de atitudes e acções que podem estar ao alcance do cidadão comum,
sublinhando que não se pode amar a Deus esquecendo a responsabilidade que todos
temos em contribuir para deixar às gerações vindouras a nossa Casa Comum sem os
perigos que ameaçam a vida de tantas populações...
Com a sua comunicação pedagógica e próxima, Francisco
Ferreira, também professor universitário, cativou os participantes na
conferência e ao fim de cerca de três horas ninguém tinha pressa de terminar,
não fora a exigência do regresso de comboio a Lisboa.
José Manuel Duarte
(O autor escreve
dispensando o Novo Acordo Ortográfico)
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