ENCONTRO DE SINDICALISTAS NO VATICANO!





Convocada pelo Discatério (Ministério) para o Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano
decorreu entre 23 e 25 de Novembro a Conferência Internacional na qual participaram dirigentes sindicais de vários países e continentes e de diferentes correntes sindicais, o Movimento Mundial de Trabalhadores (MMTC), representado pela co-Presidente, a portuguesa Fátima Almeida, o Diretor da Organização Internacional do Trabalho, e representantes da Confederação Europeia de Sindicatos e da Confederação Sindical Internacional.

O debate centrou-se sobre “O trabalho e os movimentos dos trabalhadores no centro do desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário”, e teve por objetivo refletir sobre o modo como os sindicatos e os movimentos de trabalhadores podem lançar iniciativas conjuntas que favoreçam a construção de sociedades que coloquem no centro da Agenda Social as pessoas e a sua dignidade nos aspetos materiais e espirituais.
Pode-se avaliar do interesse e oportunidade do debate havido sobre a discussão dos Temas centrais, dos quais destacamos: O Património da Doutrina Social da Igreja sobre O Trabalho, Análise das Realidades Sociais emergentes, Apresentação de experiências positivas, Apresentação de Propostas de Ação, cujas Conclusões serão, assim desejamos, oportunamente divulgadas.
Este Encontro insere-se na reconhecida preocupação do Papa Francisco pelo respeito da dignidade dos trabalhadores, dos desempregados, dos mais pobres, dos sem casa, dos sem terra.
Na Encíclica “Laudato si” o Papa Francisco recorda que o trabalho é uma necessidade porque dá sentido à vida nesta terra e garante o desenvolvimento humano sustentável e integral, que, no contexto da sociedade capitalista em que vivemos, não é realizável, pelo que “deveríamos indignar-nos, sobretudo com as enormes desigualdades que existem entre nós, porque continuamos a tolerar que enquanto uns se arrestam numa miséria degradante enquanto noutros mão sabem sequer o que têm”.
Na Carta que endereçou aos participantes e que foi lida no final do Encontro, o Papa Francisco (que devido aos preparativos da sua ida a Myanmar não esteve presente), expressa um exigente incentivo à ação cultural, social e política das Organizações Sindicais e dos Movimentos dos Trabalhadores, ao dizer que “devemos colocar em discussão as estruturas que prejudicam ou exploram as pessoas, as famílias, as sociedades e a nossa terra”, “para mostrar ao mundo que “não queremos um sistema de desenvolvimento económico que fomente gente desempregada, sem teto e sem terra”.
 
Fernando Abreu, sindicalista e fundador da BASE-FUT

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