AÇÃO INTERNACIONAL DO SINDICALISMO PORTUGUES!

Carlos Manuel Trindade, dirigente sindical da CGTP, defendeu recentemente a sua tese de mestrado no Departamento de História do ISCTE subordinada ao tema «A ação internacional das organizações sindicais portuguesas- do marcelismo até 2006» Um trabalho tão aprofundado e completo sobre a matéria ainda não tinha sido feito no nosso País.
O autor entrevistou dirigentes e militantes históricos do movimento sindical nacional e internacional e conseguiu informações sobre a história do nosso sindicalismo que são autênticas revelações pois ainda nenhum investigador as tinha obtido ou, se as tinha, preferiu ignorá-las. Um trabalho digno de relevo e que merece ser publicado para ser acessível a todos os interessados nesta matéria!Voltaremos ainda a este assunto com outros depoimentos!

Resumo:

«A presente dissertação pretende estudar qual tem sido a importância que o movimento sindical português atribui às atividades e relações internacionais e, consequentemente, as que realizou durante o período que se inicia com a governação de Marcelo Caetano, vulgo “marcelismo, em 1969, até Novembro de 2006, data da fundação da CSI – Confederação Sindical Internacional. Neste sentido, estudar-se-á a forma como se realizavam as atividades e relações internacionais antes e depois da Revolução do 25 de Abril e, em especial, qual o papel que tiveram na cisão de 1975/76, que levou à constituição da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, CGTP-IN1 e à fundação da União Geral dos Trabalhadores, de Portugal, UGT/P2.

Estudar-se-á, em particular, como é que a questão da filiação sindical internacional foi abordada e decidida por cada uma destas confederações sindicais. O estudo abordará também a relevância dos valores da solidariedade enquanto elemento identitário do sindicalismo, acompanhando as formas da sua efetivação durante o período do regime ditatorial derrubado no 25 de Abril e após a implantação da liberdade e da democracia, palavras símbolo capazes de mobilizar grandes massas de cidadãos.

No contexto de Portugal, neste período, considerar-se-á, em especial, no nível internacional, o grande impulso do atual processo de globalização (económica, comunicativa e cultual) iniciado na década de oitenta do século XX e ao fim da Guerra-fria, a partir da queda do Muro de Berlim, em1989 e, no nível nacional, o governo do bloco central dirigido por Mário Soares e Mota Pinto que preparou a reta final de adesão à CEE, em 1 de Janeiro de 1986, procurando entender as suas causas e quais foram as consequências que tiveram para as estratégias sindicais.»

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