Não se pode, portanto, contrapor a greve à negociação. Ambas fazem parte da ação sindical! Compete aos trabalhadores e seus representantes eleitos a decisão de ir diretamente para a negociação ou fazer uma greve antes da negociação! Sabemos que a UGT tem a matriz da negociação! Por vezes, tem a tentação da negociação pela negociação e comete erros tremendos para as lutas dos trabalhadores como o último acordo de concertação com este governo, admitindo alterações legislativas no Código do Trabalho que viriam a ser tornadas inconstitucionais pelo próprio Tribunal constitucional! Toda a gente viu, inclusive organizações da UGT, que esta Central fez mais um grande frete ao governo de Passos/Portas. Por outro lado, sabemos que alguns sindicatos da CGTP exageram na greve banalizando-a e desgastando as organizações e cansando a população utente! Uma estratégia de desgaste do poder político! Carlos Silva entrou na UGT com uma outra linguagem e anunciando uma outra prática sindical. Claro que na linha reformista da UGT. Ninguém estava á espera que não atuasse numa linha mais negociadora do que de rua! Mas, passados uns meses parece que alguém lhe deu um raspanete e mudou as agulhas! Não é com afirmações destas que ganha credibilidade sindical! Pode abrir-lhe as portas do governo. Um governo que nem o salário mínimo foi capaz de aumentar num contexto de crise tremenda para os trabalhadores mais pobres! Um governo que não negoceia, apenas faz de conta que ouve e consulta!Valerá a pena por um prato de lentilhas?
AS GREVES NÃO RESOLVEM NADA?
Não é com greves que se resolvem os problemas-diz Carlos Silva da UGT! Esta afirmação, seja em que contexto for, não é de um sindicalista! Todos sabemos que uma greve é uma arma de recurso para tentar resolver um conflito laboral, defender um direito ou um interesse! Todos sabemos que negociar é, no fundo, o objetivo da greve. Negociar com algum equilíbrio numa relação quase sempre desigual entre a empresa e os trabalhadores!
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