No
sábado, em Ribamar da Lourinhã, mais de 70 amigos se juntaram à volta da economia solidária, que se alarga e bebe
nas fontes da sociedade em rede, hoje, também movimento dos bens comuns colaborativos. Nesse dia, o
que fizemos, foi ver e ouvir, pensar,
aprofundar… e dispôrmo-nos a agir, de modo novo.
Entrámos
no terreno das experiências, com o Manel, de Miro (Penacova), uma
aldeia de homens, mulheres e crianças, centrada na produção, na partilha, na
persistência, nas parcerias (fixa, amigo,
as palavras - pessoas, produção, partilha, parceria…) Depois, a Fernanda
(da ActivarLousã)
confirmou que é possível activar mesmo a Lousã e aldeias vizinhas, e continuar
o desafio de há 17 anos… como, também, os compartes dos Baldios da Vale da Trave,
vai para mais de 10 anos.
Com isto,
percebemos que a ideia dos comuns, sendo complexa, à primeira
vista, pensando um pouco, torna-se mais clara. Descobrimos que somos a pessoa
comum que existe e troca, dá e recebe, semeia e partilha bens comuns - pensamentos e ideias, pontos de vista e afectos,
questões e experiências, descobertas e sugestões de acção… tendo como
referência a aldeia, os baldios, o bairro, a vila, a cidade - o território largo da mãe terra, com
todos os recursos inesgotáveis que são de todos os vivos. Só que, temos que
fazer por isso…
Empreendemos
uma redefinição de conceitos que vão além do que aprendemos e da mentalidade
materialista que sobressai, centrando-nos na energia e na consciência que nos
movem, como respiração que nos mantêm vivos, despertos, criativos e inovadores…
“Se
continuamos a sonhar, é porque a criação ainda não terminou”. Estamos
apostados em ir por aí, sabendo, de antemão, que os obstáculos estão logo
adiante.
Com essa
energia recebida / transmitida, alargamos a onda da economia solidária,
na perspectiva do bem comum colaborativo e do trabalho cooperativo solidário de
que todos podemos usufruir.
Sendo
assim, queremos - vamos - continuar a
trilhar novo caminho.
Avelino Pinto (Abril.
2017)
Sem comentários:
Enviar um comentário